Never In The Dark - Capitulo 81

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Never In The Dark


"Harry!" Penny grita.

Acordo atrapalhado e senti de imediato a cama molhada. Oh merda! Oh não! Agora não, estava a dormir! Porra!

Olhei para o lado e vi a Penny com a respiração acelerada e a segurar na barriga gigante.

"Calma, Penny. Vou só vestir uma t-shirt e umas calças rápido e vamos para o hospital!" Apreso-me a fazer o sucedido.

"Rápido, Harry! Não aguento por muito tempo. Ahhhhh!" Ela grita, depois começa a fazer qualquer coisa com a boca para se acalmar.

Depois de vestido pôs as malas na bagagem. Levei a Lucy para o carro e depois fui buscar a minha mulher, peguei-a como um marido pega na noiva depois de se casarem.

Eu conduzi rápido, já tinha passado três sinas vermelhos e ouvimos muitas apitadelas. Lucy estava encostada ao banco, com os olhos arregalados e agarrar o cinto de segurança tão de força que os seus dedos estavam brancos.

"Conduz mais devagar! Não quero morrer hoje!" Ela avisou.

"Está tudo bem, Lucy."

A Penny tentava controlar a respiração. Estacionei tão desesperadamente que o carro abanou muito e a Lucy bateu com a cabeça no vidro.

"Pai!" Ela resmungou.

"Vamos!" Abri a porta á Penny e pôs o seu braço por cima dos meus ombros.

Quando o Harry entrou no hospital começou a gritar. "Mulher grávida! Mulher grávida! Alguém me ajude!" E algumas pessoas e para ai...vinte médico correram até nós. A Lucy estava assustada.

"Pai, a mãe não vai morrer, ok?" A Lucy agora andava com estas respostas de adolescente que eu odiava.

"Lucy!" Gritei. Ela pegou no seu telemóvel e começou a namoriscar com ele. Adolescentes.

Ela tinha treze anos neste momento e iria ter um irmão. O Theo.  É em homenagem ao Theo, o filho que eu tive quando estava a viver com o monstro, Tom. Ele era meu filho, apesar do seu pai asqueroso. E eu dera-lhe o nome mais bonito e então este meu filho iria ter esse nome.

Lucy também concordava, o Harry já não porque era um nome do passado, da escuridão, mas na verdade ele também gostava do nome.

Ele era para ser Edward, mas Theo é mais fofo.

Meteram-me numa cadeira de rodas e levaram-me para um quarto onde vesti uma bata e depois puseram-me numa maca. Harry ia atravessando connosco os corredores, enquanto eu agarrava na sua mão com força, devido às dores.

"Tu vais conseguir." Ele incentivava.

"Nós vamos conseguir!" Corrigi. E quando ele olhou para mim vi o brilho nos seus olhos, foi o mesmo olhar que fez quando disse que o amava.

"Amo-te!" Ele disse e deu um ligeiro aperto na minha mão.

"Amo-te!" Disse e dei-lhe um meu sorriso e depois um grito devido às dores.

"Ele não gosta que me ames!" Rimos.

"A Lucy está com quem?"

"Todos os rapazes!" Riu o Harry.

"Deseja ver o parto?" Perguntou um médico assim que paramos.

"Claro."

"Tome, vista essa bata e entre."

"Eu já vou ter contigo!" Disse Harry e beijou-me.

Naquele momento fiquei com medo, pôs estava sozinha e não tinha o conforto do Harry.

"Deseja epidural?" Pergunta uma médica, vestida de azul, com uma touca branca.

"Se for cesariana, sim desejo. Se for parto normal, não."

"Como queira." Vi o Harry a entrar.

Começaram a pôr-me fios e a posicionar-me.

Harry estava a falar com um médico.

"Como é que ela est-?" Foi a única coisa que ouvi.

Não ouvi mais nada. Viram que estava com falta de oxigénio e puseram-me uma mascara de oxigénio.

Harry vem para a minha beira e agarra na minha mão e começa a fazer caricias.

"Vai tudo correr bem."

"Está pronta?" Engoli em seco, respirei fundo e ganhei coragem. 

"Sempre!" A típica resposta que a Penny e a Lucy davam.

Penny apertava a minha mão tão de força que pensava que ma ia arrancar.

"Ahhhh! Uff! Uff! Sai, seu canalha!" Ela gritava, comecei a rir-me tal como a parteira.

Penny estava vermelha e cansada. Coitada das mulheres.

"Theo! Sai de mim! Agora! Ahhhh! Uff! Uff!"

"Respire fundo! Descanse!"

"Agora!" A parteira gritou.

Penny fez força.

"A cabeça já saiu, só mais um pouco! Dei-nos o seu filho, mãe!"

"Sai, seu avestruz!" E assim foi. O Theo saiu da Penny a gritar, para empurrar o ar para os seus pulmõeszinhos pequeninos.

Eu estava a chorar tal como a Penny. Beijei-lhe os lábios.

"És uma guerreira!"

"Nós conseguimos!" Ela disse com orgulho a esbordar-lhe pelos olhos.

Uma enfermeira enrolou-o numa manta e entregou-o á Penny. Penny roçou o seu nariz no narizinho do Theo. E olhou para mim com os olhos brilhantes, eu sorri. Um sorriso de pai, de orgulhos, felicidade e vida.

Beijei a sua testa.

"Tão lindo, não é, Harry?"

"Ele é perfeito!" Sugeri um nome mais profundo.  

Never In The Dark (Sequela Da Never.H.S.)/ ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora