Never In The Dark - Capitulo 85

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Never In The Dark



"Está tudo bem, meus amores, ide brincar. Já vos chamo para comerem."

"O que é que a mana tem?" Pergunta a Carly.

"Meus amores, não se preocupem. É só uma dor de cabeça. Ide! Ide!" Disse-lhes. Harry andava de um lado para o outro na cozinha e a Lucy estava a ressonar.

"O que é bêbeda?" Perguntou Jessie. Fiz um sinal com o dedo ao Theo, ele aproximou-se. Colei os meus lábios na sua orelha e sussurrei.

"Leva as tuas irmãs para o jardim, eu e o papa estamos a tentar tratar da Lucy que não se sente muito bem. Fazes isso por mim, docinho? Depois dou-vos uma goma." Tudo nele se iluminou depois de ouvir a palavra 'goma'. Uma palavra tão preciosa para as crianças.

"Manas, vamos brincar!" Ele disse e deu-lhes a mão e arrastou-as até o jardim.

"Penny, o que vamos fazer?"

"Harry...eu não sei."

"Isto não pode ser assim. Mas espera isto não vai ser mais assim." Ele sorriu.

"Como assim?"

"Eu vi hoje uma coisa fantástica e sei que vais gostar da ideia, porque me lembro que sempre foi um dos teus sonhos." Ele sentou-se á minha frente e agarrou-me nas mãos.

"Fala!" Estava a stressar.

"Eu lembro-me de uma vez me teres dito que gostavas de decorar, acariciar e criar a tua própria casa. Sempre disseste que para teres uma casa própria, tinhas de ser tu a construi-la, cria-la, dar lhe carinho, pinta-la, decorar á tua maneira. E hoje quando estava a dar uma volta com o Smith vi uma casa, velha, mas perfeita. Para a nossa família. E pensei no que disseste. Não é muito longe daqui...fica a uma hora da nossa casa e quinze minutos para o estúdio. Está abandonada, tem uma vegetação incrível. E é solitária, sem vizinhos, sem cafés, sem fotógrafos, quer dizer, menos fotógrafos, menos barulho. O que achas? A Lucy ficaria mais longe do ambiente onde nasceu e até mudar um pouco."

Na verdade, acho maravilhoso. Mas eu já criei um carinho por esta casa, mas na verdade...eu sempre tive o sonho de construir a minha própria casa. Vê-la a ser reconstruida com os meus filhos a dizerem as cores que queriam que ela ficasse. A escolher os móveis,...Acho que será bom para todos.

"Acho amável...mas e esta casa?"

Como eu estava a pensar ela poderia ficar para a Lucy, quando tiver o seu trabalho na cidade, porque pelo que o Harry me disse aquilo é uma quinta.

"Vendemo-la!"

"Prefiro que se mantenha para a Lucy quando trabalhar, se for nesta cidade se não for, vendemo-la."

"Acordo fechado!"

"Podíamos ir ver a casa!" Disse o Harry entusiasmado.

"Lucy, está pedrada!"

"Então quando acordar. Ela é formidável!"

De tarde, estivemos apreciar a casa. Ela de facto, e adorável.

As crianças também gostaram muito, mas vi na Lucy que não gostou da ideia.

"Então o que acham?"

"Papa, eu quero esta casa grande." Disse o Theo empolgado.

"Vamos ver se vimos para aqui."

"Espera lá o que?" Entrevi-o a Lucy.

"Se decidirmos viremos para esta casa." Ripostou o Harry.

"Mas vir para o meio do mato. E os meus amigos? E a nossa casa? E a cidade?"

"Tudo ficará para trás, aqui e sossegado, calmo, relaxante, sem fotógrafos." Disse.

"Mas Mãe, isto é mato! Não tem nada!"

"Tens a tua família e a tua nova casa, não te chega?" Gritei.

Ela virou-me a cara e entrou no carro fechando a porta demasiado de força.

"Papá, mamã, eu quero esta casa!" Disse Carly.

"Vamos ver...e que ficarmos com ela, seremos nós a reconstrui-la."

Eles bateram palmas e deram as mãos fazendo um círculo e começaram a saltar e a cantar.

"Eu fiz uma nova música." Disse-me Harry com um brilho nos olhos.

"Isso é fantástico e tem uma surpresa para vocês." Elevei uma sobrancelha.

"Ok." Eu não sou curiosa mas desta vez estava e portanto a minha resposta foi seca.

"Não sejas seca, sei que estas a remoer ai dentro. Tu queres saber." Ele agarrou na minha cintura e encostou-me ao seu peito. Riu.

"Não estou nada." Disfarço um sorriso.

"Eu conheço-te. Se não conhece-se eu sabia que não estavas curiosa, mas estas."

Eu vou fazer anos daqui a dois dias.

"Eu faço anos daqui a dois dias, podias-me dar essa surpresa como presente."

"Bem, pensado!" Ele diz.

Ele aproximou a sua cara da minha e beijou-me. Já não sentia os seus lábios assim colados aos meus á algum tempo.

Uma apitadela, assustamos.

Lucy!

Olhamos para ela e esta com um cara divertida e feia.

"Ela não achou muita piada"

"Pois não!" Rimos.

Ela estava a disfarçar para não se rir. Apesar de tudo, ela continua a ser a nossa bebé.

"Meninas e menino, vamos! Entrem no carro!"

Eles entraram e começaram a fazer perguntas á Lucy sobre a casa.

Mas Lucy não lhes respondia só ignorava. E no caminho para casa acabou por adormecer com a ressaca que estava. 


Never In The Dark (Sequela Da Never.H.S.)/ ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora