Never In The Dark (Sequela Da Never.H.S.)/ ( Concluída)

Never In The Dark - Capitulo 84

A Lucy tinha agora arranjado um namorado e eu e o Harry tivemos mais duas crianças. Duas gémeas. Carly e Jessie. Elas têm agora cinco anos, a Lucy tem dezoito anos e o Theo tem seis anos.

"Mama!" Eles todos gritaram.

"Sim?" Deitei o resto da farinha na bacia.

"O Cookie está a comer o nosso brinquedo!" Disse Theo.

Corri para o exterior da casa á procura do Cookie.

Estava debaixo da mesa de jardim.

"Cookie, dá-me isso, já!" Ordenei, mas ele continuava a trincar o brinquedo.

As crianças puseram-se debaixo da mesa como eu. Eu queria-me rir, eles estavam tão atentos ao que eu fazia.

Agarrei no focinho do Cookie e abri a sua boca á força tirando de lá de dentro o brinquedo.

"Mama! És a nossa heroína!" Disse Theo. Carly e Jessie bateram palmas, contentes com o meu salvamento ao pequeno brinquedo.

"Vou desinfeta-lo e depois dou-vos para brincarem."

Harry está no estúdio, a compor e a gravar músicas. O seu sucesso já não é o mesmo mas ainda é grande.

Lucy, preferiu o teatro, ela representa maravilhosamente.

Por falar nisso, onde se meteu?

Deve de estar com o Charlie, o seu namorado. Eu não gosto muito dele, mas não sou eu que tenho de gostar é ela. Desde que não a magoe e a leva para caminhos apertados, tudo bem.

"Toma, ide brincar!" Deu-lhes o brinquedo e eles abraçaram-me.

"Gostamos muito de ti mama!" Eles disseram em conjunto.

"Eu também vos amo." Dou um beijo a cada um na testa.

Eles correram para o jardim.

Amanha as gémeas fazem anos. Eu estou agora a fazer as sobremesas.

Ouço a porta a fechar. Alguém chegou! Continuo a bater as natas e vou até á entrada ver quem é.

Lucy.

"Olá, Lucy!" Dei-lhe um sorriso.

"Olá, Mãe!" Dá-me um beijo na bochecha.

"O que andaste a fazer?"

"A comprar as prendas. O Charlie quer-lhes dar uma só dele, então fui ajuda-lo."

"Hummm..." Disse e olhei para as natas. Reparei que a Lucy percorreu os seus olhos pelo meu corpo todo.

"O pai?"

"Está no estúdio."

"Ele agora vai passar lá a vida!?"

"Lucy! Não fales assim do teu pai. Ele está só a fazer o seu trabalho. A manter esta família!" Protegi-o. Ela não se tem dado bem com o Harry, ainda não percebi porque...acho que é por ambos não passaram muito tempo em casa e não estão juntos.

"Protegi-o! Protege!" Mandou-me um olhar de raiva.

"Porque não havia de o proteger?"

"Porque ele não se importa connosco!"

"Importa-se sim!" Gritei e bati com a bacia das natas na mesa ao lado da porta.

As crianças apareceram a correr, com cara de assustadas e abraçaram as minhas pernas.

"Mamã!" Disse Carly.

"Está tudo bem, podem ir brincar." Encorajei-os.

"Não, nós queremos ficar contigo!" Disse Jessie.

"Mas está tudo bem. Ide brincar." Eles deram um olhar de medo á Lucy e foram brincar para o jardim.

Lucy estava a olhar para o vazio.

"Assustamos as crianças!" Disse.

"Vou para o meu quarto."

"E ajudares nos preparativos!?"

"O pai quando vier ajuda, agora estou com sono."

"Sono? É de tarde. Tu saíste hoje de manhã. Há duas horas atrás e não estavas com esse aspeto." Aproximei-me dela, mas esta deu três passos para trás.

"Lucy, o que se passa?"

Deu três passos rápidos e largos para lhe agarrar o braço.

Puxei-a contra mim e o cheiro a álcool invadiu as minhas narinas.

"Andaste a beber?"

"Não!" Ela arrancou o seu braço das minhas mãos.

"Lucy, diz-me a verdade!"

Ela queria subir as escadas mas não conseguia. Só reparei agora no seu andar.

"O que é que aquele sujeito anda a fazer contigo!" Lágrimas rasgaram o meu rosto.

"Tu nunca mais vais sair com ele, ouviste!?"

"Sim, sim."

Pôs o seu braço por cima dos meus ombros e arrastei-a até á cozinha.

Sentei-a numa cadeira e nesse momento ouço a porta a fechar e passos. Os passos estavam cada vez mais perto.

"Olá, meus am-" Não acaba a frase depois de me ver e á Lucy que estava a dormir sentada.

"O que se passa?" Ele pergunta preocupado.

Deixa a pasta de trabalho em cima da mesa da cozinha e dá-me um beijo na testa. As crianças apareceram.

"Ela está bêbeda." Disse-lhe ao ouvido para que as crianças não percebessem.

"O que?" Ele grita. As crianças encolhem-se.

"Fala baixo!" Ordenei.