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(__P.O.V: Autora__)

Uma lenda dizia que Davy Jones e a Rainha Mãe das sereias tiveram um breve caso de uma noite, e dessa união nasceu uma bela garota, que podia ser considerada uma deusa.

Todas as outras sereias sorriram ao nascimento da pequena bebê, mas o medo de que ela pudesse atrair a ira da deusa Calypso pairava sobre elas.

Quando todos a observavam, sorrindo em uma praia que pertencia ao simples país de Port Royal, uma criança apareceu. O choro da bebê chamou a atenção do menino, que a viu e, ficando sério, olhou em volta, procurando por alguém. Não encontrando ninguém, ele pegou a bebê com cuidado da cesta e a levou dali, determinado a fazê-la feliz. Os adultos que observaram a cena ficaram assustados.

─ Filho, onde você encontrou esse bebê? - perguntou a mãe, examinando a criança.

─ Achei à beira-mar, não havia ninguém cuidando dela - respondeu o menino, triste. - Mãe, ela foi abandonada?

─ Talvez sim, ou talvez tenha sido sequestrada, eu não sei - disse a mãe, séria.

Anos depois, ele me encarou e a todos os outros também. A menina havia crescido sob a vigilância constante de um irmão ciumento e protetor, e o nome que lhe foi dado era Daena Turner.

(__P.O.V: Daena__)

Quando eu era bebê, me disseram que fui adotada pela família Turner.

Todos me olhavam chocados e sorrindo. Eu era uma das moças mais bonitas de Port Royal e, talvez por isso, uma das mais cobiçadas. Todos me observavam surpresos, mas eu nunca prestava muita atenção.

─ Esse já é o terceiro que nos para para perguntar se você está prometida a casamento - disse Beth, séria, enquanto outro homem se aproximava.

─ Está prometida, doce Daena? - perguntou ele, sorrindo, e eu ri.

─ Com licença - pedi, e ele se desculpou antes de se afastar.

─ Quatro - falei, sorrindo, e Beth me olhou indignada.

─ O que você tem? Passaram mel em você antes de nascer? - perguntou, pasma, e eu ri novamente.

─ Não sei, Beth, mas eu já tenho minha paixão - respondi, sorrindo de leve.

Mais adiante, James Norrington conversava com o governador de Port Royal.

─ James, oi, pai - disse Beth, sorrindo, e ambos sorriram de volta.

─ Governador, Sr. Norrington - falei, me curvando levemente.

─ Oi, Daena, sabe me dizer se a espada que encomendei ficará pronta em breve? - perguntou ele, sorrindo.

─ Pelo esforço que meu irmão está fazendo, estará pronta amanhã de manhã - respondi, preocupada com o quanto Will estava se esforçando.

O governador assentiu com um sorriso e se afastou. James também sorriu antes de sair. Elizabeth me olhou com olhos pidões, e eu sorri. Fomos juntas até a praia.

Comecei a cantar para ela, como sempre fazia quando éramos crianças. Talvez não parecesse mais, mas eu e Elizabeth faríamos qualquer coisa uma pela outra. Mataríamos, e nos colocaríamos na frente de uma arma para salvar a outra. Só espero que, se isso acontecer, eu seja a que está na mira, e não ela.

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O mistério do Oceano - Jack Sparrow Onde histórias criam vida. Descubra agora