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Revisado
(__P.o.v - Daena__)
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Depois de cuidar do ferimento de Elizabeth, eu encarava a Ilha de la Muerte. Ao longe, vejo um barco se aproximando rapidamente.

Corro até Anamaria, que estava ao lado de Elizabeth.

— Anamaria, aquele barco... — digo, apontando, e ela imediatamente fica séria ao reconhecê-lo.

— Pérola Negra... estão nos seguindo! — grita, alarmada, e o caos começa a se instaurar no navio.

Fomos pegos, e Will ficou no barco que explodiu. Eu e Elizabeth choramos alto ao ver a explosão, e Jack me segurava enquanto eu lamentava a suposta morte de meu irmão.

— Não, Jack, ele é meu irmão! — grito, chorando, e ele acaricia meu cabelo, tentando me acalmar.

— Shhh... eu sei, calma... — diz ele suavemente.

Depois que Will impediu alguns dos planos dos piratas, fomos capturados. Eu, Elizabeth e Jack fomos lançados ao mar, perto de uma ilha deserta.

— Seu trapaceiro! Você mentiu! — Will gritou para Jack, irritado, mas logo olhou para mim e Elizabeth, preocupado. — E você, pare de brincar! — disse, olhando para mim.

— Não dá... — respondo, rindo baixinho, enquanto me aproximo de Elizabeth. — Você vai primeiro.

— Ah, Daena, você nada melhor do que eu! — ela retruca, irritada, e eu apenas sorrio.

— Por isso, se você se afogar, eu te salvo — brinco, e todos me olham intrigados.

— Por isso você é chamada de Sereia de Port Royal... — começa a dizer Jack, mas interrompe-se ao perceber algo atrás de mim.

— Ui, essa foi feia! — rio, percebendo que Elizabeth estava emburrada. Olho para a água, ainda rindo. — Olhem atrás de vocês — digo, e todos se viram para ver um tubarão.

— Ai, meu Deus, socorro, Daena! — grita Elizabeth, desesperada, e então eu pulo em cima do tubarão.

— Daena! — grita Will, alarmado.

Subo à superfície, acariciando o tubarão e me apoiando nele, enquanto encaro todos com um olhar nada amigável.

— Se meu irmão ou qualquer um de nós tiver um arranhão sequer, vocês vão descobrir por que sou chamada de Sereia de Port Royal. Agora, pulem logo! Jack, vem, Elizabeth — ordeno, puxando-a enquanto o tubarão nos leva até a ilha.

Algum tempo depois, já na ilha, encaro Jack, que pegou uma garrafa de rum e me ofereceu. Aceitei, e Elizabeth também.

Bebemos e dançamos, rindo enquanto eu, bêbada, tentava pegar um coqueiro.

— Posso te contar algo? — Jack pergunta, olhando para Elizabeth.

— Hum, pode — ela responde, curiosa.

— Eu amo aquela menina... largaria até a pirataria por ela — Jack confessa, e Elizabeth arregala os olhos, surpresa.

— Uau... — diz Elizabeth, chocada.

Enquanto Elizabeth e Jack dormiam, eu fiquei à beira do mar, mexendo na água e olhando séria para a direção da Ilha de la Muerte.

Quando voltei pela manhã, ri ao ver a cena do capitão e de Elizabeth, que haviam acabado com todo o rum.

Sentei-me, observando quando o navio da Marinha Real chegou. Sorri nervosa.

Quando o governador entrou, não precisei que ele dissesse nada. Fui até James, mostrando meus pulsos.

Todos ficaram boquiabertos, especialmente com o olhar que lancei, o que deixou alguns apavorados.

— Pai, por favor, ela e Will vieram me salvar! Will precisa ser salvo! — Elizabeth implorou, mas ele negou.

— Governador de Port Royal, com medo de eliminar a ameaça do Pérola Negra? Uau... — digo com desdém e desinteresse.

— Não fale nada, pirata! — ele retruca, sério, e eu o encaro.

— Medroso — murmuro, e todos arregalam os olhos ao verem minha expressão passiva e superior. Isso fez o governador bufar de irritação.

— James, vá atrás de Will Turner. E você, Daena, para a sua cabine! — ordena ele, mas eu apenas sorrio.

— Claro — respondo, entregando as algemas abertas para James. — Boa navegação, Jack — digo, rindo da situação, enquanto todos me observam incrédulos.

— Filha, por que ela está tão brava? — pergunta o governador, confuso.

— Uma palavra: arranhão. Se esses piratas a irritarem, vão conhecer o pior lado dela — diz Elizabeth, assustada.

Alguns marujos ficaram pálidos ao ouvir isso, murmurando:

— A Sereia de Port Royal...

— Sereia de Port Royal? — perguntam Jack, James e o governador, curiosos.

— Ela é conhecida como a Sereia de Port Royal. E posso dizer uma coisa... Ela não é nada amigável quando mexem com sua família — diz um dos marujos, arrepiado.

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O mistério do Oceano - Jack Sparrow Onde histórias criam vida. Descubra agora