Revisado
(__p.o.v - daena__)
---Enquanto Jack estava no leme, eu estava sentada à mesa no quarto do barco, lendo um livro e murmurando pensativa.
— Sério isso? — murmuro para mim mesma.
— Sério isso o quê? — pergunta uma voz conhecida. Levanto a cabeça e vejo James ali.
— Sim, comandante — digo, séria.
— Temos uma conversa pendente, Daena Turner — diz ele, com um tom grave.
— Que conversa? Não me lembro de nada pendente — digo, fazendo-me de desentendida.
James avança até mim, ficando entre mim e a mesa, enquanto me observa. Não consigo esconder a surpresa com sua aproximação.
— Quero saber sobre aquela noite em Port Royal — diz ele, com um olhar sério.
— Hum... Se você me pedisse em casamento, eu teria recusado — digo, com calma.
— Isso, por quê? — pergunta ele, confuso.
— Oh, James, você parece obcecado por Elizabeth. Não percebe que esse "amor" na verdade é uma obsessão? — digo, séria, enquanto bebo um gole do meu café.
— Não é obsessão — ele responde, com um olhar firme, e eu o encaro.
— Sério? Minta até eu acreditar. Você a persegue desde pequena, sem contar as inúmeras vezes que ela disse que só te via como amigo, como um irmão. Nem preciso mencionar seu olhar obsessivo no dia do casamento perdido, né? — digo, séria, e ele me olha surpreso.
— Mas... — ele tenta interromper.
— Sem mais, James. Você precisa se tratar urgentemente antes que isso cause sua demissão da Marinha — digo, firme.
Ele me olha com uma expressão de frustração e sai agitado. Poucos segundos depois, Elizabeth entra e sorri.
— Que feio, Daena — diz, rindo, e eu sorrio de volta. — Cante para mim — pergunta.
— Vamos lá no convés — digo, e seguimos para lá. Todos nos observam enquanto me apoio na base do mastro.
— Vai lá cantar — diz Elizabeth, animada.
Sorrio e piso para eles, fecho os olhos e começo a cantar "Dynasty".
Todos estão encantados com minha voz suave. Sinto dois olhares que me surpreendem: o de Jack e o de James, o que é estranho.
Quando termino de cantar, todos aplaudem e eu abro os olhos, sorrindo.
— E esse é o motivo de você ser chamada de Sereia de Port Royal — diz Jack, e todos arregalam os olhos.
— Não, Jack, isso é apenas um dos vários motivos — digo com um sorriso de lado e saio de lá.
Entro e deito de barriga na cama, sentindo a intensidade dos olhares sobre mim. O jeito como Jack me observa me deixa um pouco envergonhada.
Fico quieta e sorrio ao sentir Elizabeth entrar, olhando-me até que diz:
— Chegamos. Preciso da sua ajuda — diz, séria.
— Não me diga, Elizabeth — respondo, rindo, e seguimos.
Ela vai na frente, e eu a sigo, mantendo-me um pouco para trás. Vejo os piratas passando e entrando na água. Quando me viro, coloco a mão na boca para não gritar.
— Sereias! — digo, em choque.
Três sereias estão ali, olhando-me com surpresa.
— Achei que ouvi uma sereia cantar — diz uma, me examinando.
— Também achei — diz outra, se aproximando de mim.
— Interessante. Você tem a voz e a beleza de uma sereia, mas é humana. Que sorte a sua — diz a mais velha, ao que parece.
— Preciso salvar meu irmão. Saia agora — ordeno, fazendo-as ir embora. Nado até o local onde Elizabeth e meu irmão estão lutando.
Elizabeth enfrenta uma sereia, enquanto meu irmão lida com dois. Pego uma espada e enfrento um dos atacantes, sorrindo de forma nada amigável.
— Ah, querido, agora você vai descobrir por que sou chamada de Sereia de Port Royal — digo.
Três segundos depois, o adversário está morto e eu, com um sorriso orgulhoso, encaro os outros três, que estão paralisados.
— O quê? Como? — pergunta Barbosa, atônito.
— Deixe-me ver isso. Nunca aconteceu com você antes — digo com puro deboche.
Eles me observam em choque. Após mais de dez minutos, estão pálidos e me olhando como se eu fosse o demônio que veio para buscá-los.
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O mistério do Oceano - Jack Sparrow
Fiksi PenggemarUma lenda dizia que Davy Jones e a Rainha Mãe das sereias tiveram um breve romance, que resultou na gravidez da rainha. Dessa união nasceu uma linda garota, cuja beleza e poderes eram tão extraordinários que poderia ser considerada uma deusa.