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(__Pov Daena__)

─ Vai começar - diz Weatherby, e eu o olho, sentindo uma súbita urgência de não sair do lado dela agora...

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Depois de algumas horas ao lado dela, ouvindo tudo que o governador e James disseram, eu e Elizabeth estávamos em choque, nossas bocas literalmente abertas.

─ Ok, agora estou surpresa - digo, e eles me olham enquanto Elizabeth assente, ainda tentando processar.

─ James, você realmente me pegou de surpresa... Não consigo parar de pensar... E quanto a esta jovem aqui? - diz Weatherby, apontando para mim, e eu os encaro de volta.

─ Como assim? Por que eu? - pergunto, e ambos me olham enquanto Elizabeth explode em gargalhadas. - Não ria! - Tento responder, mas o mundo começa a girar. - Gente, tinha algo no meu vinho... - Caio para trás, só ouvindo gritos e sentindo a água do mar. Acho que morri.

Acordo cuspindo água e me levanto devagar, vendo um homem de vestes molhadas me olhando fixamente.

─ O que...? - pergunto confusa, e ele se levanta, parecendo surpreso.

- Daena! - Ouço a voz de Elizabeth, que me abraça rapidamente. - O que aconteceu para desmaiar daquele jeito? - pergunta, assustada.

- Bebi da sua taça de vinho - respondo, percebendo o alívio e o susto nos rostos ao redor. James confirma com um aceno.

- Sim, você bebeu - diz ele, e eu dou uma risada fraca.

- Ainda bem que fui eu - suspiro, sentindo uma pontada de alívio. - Havia algo na taça - digo, e os olhos de todos se arregalam enquanto o governador suspira.

─ Obrigado por beber o conteúdo - ele diz, ainda mais surpreso.

─ Você quase morreu, se não fosse por ele - diz Elizabeth, olhando para o homem que ainda me observava.

─ Eu sei - respondo, tossindo mais um pouco. - Agradeço - digo, levantando-me com a ajuda de Elizabeth. - Estou bem - afirmo, mas, ao tocar abaixo do busto, percebo que meu espartilho não está mais lá. Coro imediatamente. - Onde está meu espartilho? - pergunto, completamente envergonhada, e todos me olham.

─ Ah não, até nisso?! - Elizabeth diz, chocada. Eu a encaro.

─ De novo? - pergunto, e ela nega, rindo.

─ O senhor aqui disse que estava muito apertado - explica um guarda. - Era verdade? - ele pergunta.

─ Sim, acho que apertei demais - admito, ainda corada, enquanto Elizabeth me puxa para um abraço apertado. - Eiii - reclamo, tentando esconder a vergonha.

─ Que coisa fofa - diz Elizabeth, rindo. - O Will que me perdoe, mas vou roubar a irmãzinha dele desse jeito!

─ Elizabeth Swann, pare! Já estou envergonhada - digo, e ela sorri, assentindo enquanto me observa, rindo.

─ Fofa demais, chega a dar raiva - diz ela, rindo ainda mais, e eu a acompanho na risada. Todos ao redor observavam nossa relação.

─ Nossa, vocês parecem irmãs de verdade - comenta o guarda, e eu o olho.

─ Não fale isso perto do Will - murmuro baixo, rindo. - Ele vai ficar enciumado de novo. Err... Vou para casa me arrumar - digo, ainda corada, enquanto Elizabeth me puxa para irmos juntas, rindo.

Depois de cinco minutos, estou esperando que James, o governador, e o médico me permitam entrar.

─ Que merda... Era o meu irmão, e eu nem posso entrar para vê-lo - digo, andando de um lado para o outro, enquanto Elizabeth e Anne tentam me acalmar. Estou murmurando, chorando, querendo ver meu irmão.

O médico, o governador, e James finalmente aparecem e me olham surpresos ao ver que eu estava mais agitada e chorosa do que as outras, junto ao dono da ferraria onde meu irmão trabalha.

─ Daena Turner - chama o médico, e eu o olho, cheia de medo.

─ Como está meu irmão? - pergunto, tentando controlar a voz.

─ Ele está bem, poderá voltar ao trabalho amanhã - responde o doutor, e eu suspiro de alívio. - Pode entrar - diz ele, ao notar minha agitação. Sorrio e vou andando até o quarto. - Ela estava enlouquecendo sem notícias do irmão - ouço ele comentar.

─ Claro que estava - respondem todos em uníssono.

─ Will! - chamo, abraçando-o e chorando. Ele me abraça de volta, acariciando meu cabelo. - Você disse que não ia fazer nada idiota - falo, sentindo-me triste.

─ Estou bem, Daena - diz ele, sorrindo.

─ Está bem porque foi salvo! - digo, ainda triste. - E se você morresse, o que eu faria sem meu irmão? - pergunto, com lágrimas escorrendo, e ele me dá um beijo na testa.

─ Estou bem e não vou morrer tão fácil, ainda mais sem achar alguém digno de casar com você - diz ele, sério, mas sorrindo tranquilo.

─ É mesmo, né? - murmuro, rindo baixinho entre lágrimas enquanto me deito ao lado dele. - Não faça mais isso - peço, e ele sorri.

─ Claro, essa foi a primeira e a última. - responde, e eu sorrio, sentindo finalmente o alívio tomar conta.

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O mistério do Oceano - Jack Sparrow Onde histórias criam vida. Descubra agora