Utahime e Geto almoçavam em um restaurante baratinho, o moreno ama esse tipo de restaurante, por mais que tenha dinheiro ele não gosta de esbanjar, Utahime não se importa de comer em lugares assim, acha até mais confortável.
Eles comiam enquanto conversavam, falavam sobre alguns acontecimentos da semana e do final de semana passado do qual não saíram.—Acho que foi na sexta, assim que voltamos da viagem, eu tava voltando pra casa e uns polícias me pararam. Disseram que eu era parecido com um cara que assaltou uma loja de conveniências mais cedo. Eu tava dentro de um Porsche! Por que diabos eu iria assaltar uma loja de conveniências?! - Utahime deu uma risada alta. Achava incrível a indignação de Geto com tudo isso.
—Pelo menos a polícia levou a sério seu trabalho, sem taxar alguém. - Ela deu uma risadinha enquanto dava um gole no refrigerante.
Eles já haviam almoçado e agora comiam uma sobremesa e bebiam seus refrigerantes. Nenhum dos dois pediu álcool.
Utahime parecia incomodada com algo em um determinado momento. Suguro ficou preocupado olhando pra ela.—Ei, tá tudo bem? Ainda está triste por eu ter te assustado ontem? É sério, desculpa mesmo, eu pensei que o Satoro fosse atender.
—Não é isso. - Ela negou com a cabeça, já havia perdoado Geto a muito tempo.
—O que foi então? - Ele olhou para Utahime com uma certa atenção.
—Ah, Geto. Preciso desabafar.
—O que o Satoro fez? - ele perguntou franzindo a testa. Utahime levantou uma sombrancelha.
—Como sabe que é por causa dele? - Não conseguiu evitar uma risadinha.
—Uma pessoa que mora com o Satoro vem te dizer que precisa desabafar, óbvio que tem a ver com o Gojou! - Utahime amava a foram exasperada que Suguro falava quando se tratava do amigo. Quase sempre dava risada por mais que estivesse triste.
—Bem, posso te contar um segredo? - Ela perguntou terminando sua bebida borbulhante.
—Claro! Você sabe que sempre pode contar comigo.
—Quando eu fui contratada... O Satoro adicionou uma cláusula a mais, nesta cláusula dizia que se eu me apaixonasse por ele eu deveria pedir demissão. - Ela falou de forma apressada. Uma garçonete passava com um chote de bebida, ela mandou parar, pegou e virou de uma vez, não sabia se realmente estava pronta pra falar com alguém sobre aquilo. Os olhos de Geto quase saltaram para fora de seu lugar.
—Me da. - Ele pegou o outro chote da bandeja mandando coloca na conta. Ele virou.
—Tenso... - Utahime falou soltando um pigarro.
—Eu vou bater nele. - Geto falou pegando o celular prestes a ligar para o amigo. Utahime impediu ele.
—Geto, eu só precisava conversar um pouco sobre isso, sabe?
—Eu sei, desculpa. Pode falar.
Utahime se arrumou na cadeira. Se sentia incomodada hoje, principalmente pelo o quê aconteceu mais cedo em seu quarto, na sua cabeça ela achava que Satoro apenas queria ter o que não podia e não iria viver dando satisfação a alguém que não precisava. Se sentiu idiota por não ter dito com quem iria sair realmente.
—Eu vinha evitando os flertes do Gojou. Nesse último mês a gente tinha começado a se aproximar sabe? Descobri que ele não era tão ruim quanto parecia, me permiti tentar ser amiga dele, quando a casa foi invadida ele chegou e foi super atencioso e cirúrgico comigo naquele dia. Ele sempre é atencioso com as crianças e eu achei que pudesse tentar algo sem sentimentos, mas ele me tratou hoje como se eu devesse algo, foi até meu quarto abrindo sem nem pedir licença, veio tirar tirar satisfação e eu menti sobre onde iria. Sinceramente as vezes é difícil. Eu gosto das crianças e preciso do emprego.
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Pai de três
FanfictionSatoro Gojou é um cara rico, animado e ama uma boa farra. Seu amigo Suguro Geto vive o enchendo dizendo que precisa ser mais responsável e arcar melhor com as responsabilidades da sua empresa de tecnologia. Inesperadamente ele adota três crianças mu...