Os próximos dois capítulos são os que eu mais gostei de escrever até agora. Nos vemos próximo domingo 💜
'✵•.¸,✵°✵.。.Vibrações .。.✵°✵,¸.•✵´As pinceladas eram precisas, ele fazia uma carinha fofa enquanto estava concentrado.
Aos poucos o quadro branco ia tomando vida, de tempos em tempos ele levantava e tomava distância para observar melhor sua obra em criação, estava sentada em sua cama o admirando com um livro no colo que fingia ler.
Botei o livro de lado e me arrastei até a beirada perto dele
– Amor - chamei.
Sua atenção não saiu da tela.– Eu sei. Já percebi que você tá enrolando com esse livro, só preciso terminar essa tela para meu trabalho final e te dou atenção.
Levantei e parti perambulando os cantinhos de seu quarto, pelos discos de vinil empilhados ao lado da vitrola que sua avó havia lhe dado antes de morrer, não cheguei a conhecer mas Tae falava sempre maravilhas dela, tinha memórias muito bonitas que guardava com carinho e eu adorava ouvir, a cara que ele fazia quando mergulhava nas lembranças me deixava um quentinho no coração.
Contei os discos, eram vinte e cinco ao todo, incluindo o que eu tinha o presenteado no aniversário do ano passado. O godê com mil cores dos restos de tinta acrílica deixava rastros de sua arte, as boinas que gostava de usar espalhadas pelo guarda-roupa desorganizado, tudo naquele quarto gritava Kim Taehyung, até a bagunça.
Me encosto na parede cruzando os braços sob o peito, o assisto compenetrado.– Sabia que eu consigo sentir seu olhar queimando minha nuca?
– Desculpa.
– Vem aqui - afastou a cadeira de perto do cavalete me deixando espaço para sentar em seu colo.
Fiquei de lado com os braços rodeando seu pescoço, Tae ainda pintava doando toda sua dedicação a isso, seus lábios me davam pequenos selares no ombro.
– Sinto falta da gente - disse baixinho.
Ele para e me olha, foi doloroso ver sua expressão, de repente quis chorar. O ar que ele solta é profundo contra minha pele, seu abraço me aperta nele, a realidade é que temos tentado seguir, fingindo que tudo era como antes sem nem conversar sobre o assunto mas é absurdamente difícil, nos afastamos durante esses cinco últimos meses, o vejo uma vez a cada duas semanas mas não é como se de verdade estivessemos ali.
– Eu amo você, sabe disso né?
– Claro que sei, não acho que o problema seja falta de amor, Tae. A gente se esforçou pra fazer dar certo justamente porque nos amamos, mas o que isso nos levou? Ao desgaste da relação.
– Você acha que por termos adiado essa conversa…
– Talvez. - dei de ombros sentindo as lágrimas dançarem silenciosas no rosto. O delicado ato de seu toque afastaram-a colando a testa com a minha.
– O que a gente faz agora? - disse fraco em um sussurro
– Vamos dar um tempo pra nós dois, sem toda essa pressão.
– Concordo se isso é o que você precisa. Dorme aqui? te levo pra casa amanhã.
– Uhum - sai de seu colo e ele me encara com o cenho franzido. – Vou te deixar terminar o quadro em paz, estou na sala com Jimin qualquer coisa.
– Tudo bem - um beijo casto foi deixado nas costas de minha destra.O agora loiro em questão estava cozinhando lámen quando o encontrei, seu corpo se movimentava leve como uma pluma, os passos bem marcados, em um giro ele virou de frente e me notou.
– Oi, denguinho.
– Oi, Minie.
– Estava ensaiando a coreografia da minha apresentação. Quer lámen?
– Eu aceito - puxei a banqueta e me sentei a presenciar Jimin colocar mais um pacote na água fervente.
– Que cara xoxa é essa? - apertou minhas bochechas com um biquinho adorável nos lábios, ele era tão fofo que dava vontade de morder.
– Eu e o Tae terminamos
– Ah… - Jimin murchou – Vocês brigaram? Nunca fizeram isso e agora querem fazer? Vamos lá, vou botar os dois de mãos dadas de castigo até se reconciliarem.
Aquela coisinha fofa veio na minha direção agarrando meu pulso me fazendo descer da banqueta, tive de rir.
– Não foi uma briga, Jiminie. Só decidimos dar um tempo.
– Besteira. Vocês se amam.
– Algumas vezes não é o suficiente.
– Não fique tão tristinha, o amor vai achar um caminho. Além do mais, tristeza não combina nesses olhos cor de mel.
– Se você diz…
– E eu digo do que sei. Vê se não demora muito, gosto de te chamar de cunhada.Dean sentou de frente pra mim na bancada da cozinha, comia seu almoço silenciosamente, os olhos me encarando julgadores.
– Que foi?
– Hm? Nada, é que seu bom humor é contagiante. - falou mastigando, restos de comida escaparam encontrando o mármore.
Esse nojento me faz questionar toda hora, todo segundo que passo ao seu lado o porquê que Kat era louca por ele. Torci o nariz.
– Vou começar o trabalho meio período hoje - informou depois de engolir o bolo alimentar – Se precisar de mim, por favor não hesite, resolva sozinha e me deixe em paz.
– Você é um amor de pessoa mesmo né
Dean largou a sujeira na pia, voltou me fitando de cima com as mãos na cintura
– Solta a língua. O que foi que aconteceu? Tá mais chatinha que o normal, tá no ciclo? Se quiser trago seu kit sobrevivência do mercado.
– Não tô menstruada não, também não aconteceu nada.
Meu irmãozinho cerrou o cenho desacreditado.
– Sei. Liga pro Taehyung, talvez ele possa vir aqui pra não te deixar sozinha toda jururu em casa.
– Impossível.
– Ele anda tão ocupado assim?
– Não estamos juntos
Os olhos cresceram em espanto e confusão.
– O quê? Ele não te traiu né?!
Foi minha vez de ficar espantada.
– Não boboca - dou um cascudo na sua cabeça quando levanto – Não foi por nada assim.
Sou surpreendida por um abraço
– Ai ai, um motivo pra faltar no primeiro dia de trabalho. Que pena né.
O afasto com uma cotovelada no estômago e ouço sua reclamação que acabou de comer e que se vomitasse eu iria limpar.
– Vai trabalhar preguiça em personificação. Eu tô legal, não tem necessidade de se preocupar.
– Liga ou manda mensagem se tiver.
– Tá bom, não conta pra mãe, ela vai encher o saco se souber.
– Claro. Conto a ninguém, fica entre nós.Vou de um lado a outro da cama com a insistência da campainha soando lá embaixo, seja quem for vai ter de lidar com minha fúria, me despertar do meu cochilinho pós almoço não era legal. Me arrasto até a porta da frente com a cara mais fechada do mundo.
– Jungkook? - tomo um susto, todo o sono que ainda restava foi embora deixando no lugar um estado de alerta.
– Trouxe chocolate. - suspendeu a sacola, reconheci a logo do mercado, o qual meu irmão comecara a trabalhar.
Ah sim, contou pra ninguém mesmo, e ninguém nesse caso era Jungkook, bem confiável esse garoto.
– Entra.
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Vibrações - jjk
ФанфикAnne Quinn detestava o melhor amigo de seu irmão mais novo. Motivo? Ele era ridículo, insuportável, chato, infantil e era aquele que sempre implicava com ela pelo simples fato de achar divertido. Para Anne, Jeon Jungkook podia ser tudo menos atraen...