16 - Casa da Dulce Maria

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Assim que o carro de Dulce Maria foi se afastando, Danilo colocou sua pequena na cadeirinha e foi para casa. Chegando no apartamento que ficava algumas quadras da do apartamento de seus pais, Lara já estava dormindo. Não importava quantos anos ela tivesse ou qual seria a distância, andar de carro sempre a fazia dormir. Deixou o carro estacionado e a tirou da cadeirinha, a pegou no colo, pegou as mochilas e subiu para o apê.

Essa sua rotina depois que começou a fazer residência tem sido muito cansativa, e até pensou em deixar Lara morando com seus pais, mas sabia que a menina não iria reagir bem por ser muito apegada a ele, também pensou em contratar uma babá, que ficasse com a menina em casa para que não precisasse tirar ela do seu ambiente. Ele pensaria mais sobre isso, pois não queria sobrecarregar sua mãe com isso. Ela já fazia muito em pegar a menina e ficar com ela até ele chegar do hospital.

Ao entrar em casa Lara despertou. Ele aproveitou para dar banho nela e alimentá-la, sua mãe já havia ajudado Lara a fazer o dever de casa, então cansado do jeito que estava, tomou um banho enquanto a menina estava deitada na sua cama segurando um livro, dizendo ela que estava lendo. Ele prometeu que leria para ela quando saísse do banho, mas ao sair do banheiro, Lara estava dormindo apertando o livro contra si. Ele a pegou no colo...

— O livro papai... — ela disse de olhos fechados, falando arrastado devido ao sono.

— Você está dormindo, meu amor.

Ela balançou a cabeça lentamente negando.
Danilo não aguentou e deu risada.

— Papaizinho, eu tô ansiosa... — disse em um bocejo ainda de olhos fechados enquanto Danilo a levava para o quarto.

— Para quê, princesa?

— Para ir na casa da tia moça bonita. — se aconchegou ainda mais nos braços do pai.

— Que bom, filhinha! — ele já havia chegado no quarto dela, se abaixou e colocou o corpinho pequeno dela em sua cama, ligando o abajur.

—Você... — ela disse se aninhando ao cobertor. — ... você pode brin... — bocejou. —...brincar com ela.

— Brincar com quem?

— A moça boni... — a mocinha não conseguiu terminar a frase pois o sono a tomou.

—Como eu te amo menininha sapeca. — ele beijou a testa dela, por ela já estar dormindo não retribuiu o beijo na testa do papai.

Danilo saiu do quarto da filha e se jogou no sofá. Ele estava cansado, colocou o braço tampando seus olhos e quase cochilou ali mesmo. Mas lembrou que tinha que deixar as coisas arrumadas para o dia seguinte. Mas antes de se levantar pra fazer isso, ele pensou em Dulce Maria. Em como ela trata Lara super bem, o quanto ela é doce com sua filha, o quanto ela se preocupa com Lara mesmo não conhecendo a menina direito. Nunca passou pela sua cabeça que voltaria para vida dela, depois de nove anos.

Lembrou também de quando Lara pediu para abraçá-la e ele tocou suas costas. Como queria abraçá-la de verdade, para compensar os anos que se mantiveram afastados. Ele se lembrou de quando Dulce estava triste quando soube da sua adoção, e ele a abraçou forte, queria que ela confiasse nele outra vez, como antes.

Respirando fundo e espantando Dulce Maria dos seus pensamentos, ele se levantou e foi arrumar suas coisas e as coisas de Lara para o dia seguinte...

Quando Dulce chegou em casa, correu para o quarto da irmã. Desde o shopping elas não se viram e amava passar tempo com ela. Sem bater, Dulce entrou no quarto de Clara.

— Ué, não bate na porta mais não, é?

— Não enche Clara! — Dulce entrou no quarto da irmã se jogando de costas na cama.

Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora