23 - Beijos

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Dulce e Danilo estavam se beijando.

A boca de Danilo estava sobre a boca de Dulce Maria, beijando-a.

A língua de Danilo estava dentro da boca de Dulce Maria, saboreando-a.

E foi assim que nove anos depois, os dois se beijaram pela segunda vez.

Ele a prensou no seu corpo forte, apertando a cintura dela com o braço enquanto e outra mão segurava sua nuca  trazendo-a para mais perto e aprofundando o beijo. Os lábios dele continuam macios como ela se lembrava, mas dessa vez pode usar sua própria língua, coisa que da primeira vez era muito inexperiente e estava muito tímida para saber como usá-la. Danilo a beijava como se estivesse saboreando sua boca, como se seus lábios fossem o doce mais delicioso do mundo, ele chupava e se deliciava. Suas línguas dançavam dentro de suas bocas, Dulce Maria queria morar dentro desse beijo... e ela percebeu que seu segundo beijo com ele, foi no mesmo lugar que o primeiro, até quando foram interrompidos pela Marcela...

— Ah, me perdoem, interrompi algo? — ela disse verdadeiramente envergonhada. — Eu saí do banho, a Lara está dormindo.

— A Dulce vai usar o banheiro.  — falou sem jeito.

— Sim, venha comigo, querida.  — pediu Marcela.

Dulce caminhou ao lado de Marcela, e perto de sumir no corredor dos quartos, olhou para trás, mirando Danilo com os lábios vermelhos devido ao beijo dos dois, olhos brilhando e um sorriso verdadeiro nos lábios. Ela tentou sorrir também, porém... "Estou lascada!" Pensou.

Quando terminou o banho ela voltou para sala, Danilo também já estava vestido com uma roupa seca, cabelos penteados  e cheiroso, muito cheiroso. O admirando de longe vendo-o ajudar a mãe a montar a mesa do lanche da tarde, observou aqueles braços fortes... ela ainda conseguia sentir os músculos de seu abdômen em seu corpo e os braços fortes dele em volta da sua cintura. Sem perceber, ela suspirou alto, chamando atenção de Marcela e Danilo.

— Dulce, venha, sente-se conosco. Vamos tomar um cafezinho. — chamou e ela se sentou ao lado de Danilo à mesa. — Vou chamar o meu marido, só um momento, já volto.

Como sempre, o silêncio que era o melhor amigo deles, reinou mais uma vez. Até que Danilo o quebrou.

— A água estava boa? — ele quis se estapear por ter falado essa besteira.

— O quê? — ela perguntou sem entender.

— Nada! Desculpe, falei besteira, é que eu estou nervoso.

— Eu também estou. O beijo foi... — Dulce respirou fundo procurando palavras.

— Foi bom! Muito bom. Você está expert agora, não é?

— Depois que você me beijou a primeira vez beijei tanto depois disso que perdi as contas.

— Fico feliz em saber disso, porque já que começamos, agora eu não quero mais parar de beijar você.

Os olhos dos dois brilharam, Danilo segurou outra vez a nuca de Dulce, porém dessa vez foi diferente porque ele enfiou seus dedos entre o cabelo molhado da mocinha, levando-a de encontro a sua boca outra vez.  Mas antes que pudessem se beijar de novo, foram interrompidos...

— Senhor! acho que tirei o dia para interromper vocês. Perdão, seja lá o que estavam fazendo, não queria interromper.

— Não interrompeu, mamãe. — ele disse frustado.

— Então vamos comer. — seu pai falou.

—  A Lara ainda dorme, não é?

— Sim, Dulce, minha netinha tem que tirar seu cochilinho, mas vou separar o lanchinho dela.

Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora