Danilo sempre foi muito responsável, assim que passou na faculdade de medicina fora do estado em que morava, seus pais o apoiaram em seu sonho. Seu pai era médico então sempre se espelhou nele a seguir os mesmos passos do pai. Assim que se mudou para a nova cidade, conheceu uma garota que morava no apartamento de frente para o dele. Ela morava com algumas amigas e também fazia medicina na mesma faculdade que ele iria fazer, Danilo morava com seus colegas de faculdade, dois ao todo. E ele e seus amigos formavam os três mosqueteiros como gostavam de se chamar. Até que em uma noite de festa, o desejo falou mais alto e ele e a garota se envolveram, nascendo dessa relação, sua filha.— Filha! Filhinha acorda! — Danilo estava sentado na cama da menina fazendo de tudo para acorda-la. — Papai vai chegar atrasado outra vez se você não se levantar agora.
A menininha de apenas 4 anos, dava muito trabalho para despertar. Tendo que muitas vezes levá-la para o colégio de pijama e vesti-la no meio do caminho.
— Filha? Já estou atrasado e você tem escola. Anda, levanta meu amor. — ele a cutucou no rosto. — Quer saber, não precisa acordar, você ficará na cadeirinha mesmo.
Danilo a pegou no colo. Já arrumado para ir para o hospital, pegou sua pasta, a mochila da filha, sua farda escolar, um lanche para ela comer no caminho da escola e as chaves do carro. Tentou equilibrar tudo com os braços enquanto ainda segurava a menina. Mas sendo pai há 4 anos, já estava acostumado. Ele desceu ao estacionamento do prédio em que morava, colocou as coisas no carro, logo após sua filha na cadeirinha que ainda dormia preguiçosamente e a levou para escola.
Estacionou na frente da escola da filha e saiu apressado do carro. Já estava atrasado para o trabalho, por mais que ele acordasse cedo, nunca iria conseguir chegar na hora.
— Princesa! Chegamos na escolinha. — ele disse mudando a roupa dela, tirando o pijama e colocando o uniforme. Passou as mãos pelo cabelo da menina que estavam uma bagunça, e calçou os sapatos dela. — Vem meu amor!
Tirando-a do carro, a professora já o aguardava na porta. Ele entregou a menina para ela, juntamente com a mochila e uma vasilha contendo o café da manhã dela, algumas frutas. A garotinha já estava acordada nessa hora e sorria dando tchau para o pai.
— Não vai dar nem um beijinho no papai? — ela assentiu e foi para perto do pai dando um beijo estalado em sua bochecha. — Obrigado mais uma vez professora.
— Eu entendo a correria senhor Lários. — disse a professora. — Muitas vezes pais e mães solos não tem suporte, fico feliz em pelo menos poder fazer alguma coisa, nem que seja vim buscá-la aqui na porta todos os dias.
— Mais uma vez, eu agradeço. Tchau princesa!
Depois do primeiro "trabalho" do dia feito, agora era a hora do segundo, ir pra o hospital. Atrasado, outra vez... Como pai solo, ele tentava sempre se organizar em seus horários, mas como tem que fazer tudo sempre sozinho, as vezes acabava se enrolando um pouco.
Enquanto isso... no hospital Bustamante.
Dulce María mal conseguiu dormir de curiosidade. Sempre foi uma mocinha muito curiosa e na medida que foi crescendo se tornou ainda mais. Desde que descobriu que Danilo tinha uma filha, questionamentos surgiram em sua mente: quem era a mãe; será que era a Bárbara; ele a cria sozinho; ele é viúvo; casado; divorciado?
Ao mesmo tempo que queria ter todas suas dúvidas respondidas, tinha vergonha de perguntar a única pessoa que poderia lhe responder... o próprio Danilo.— Jura? A filha dele pediu pra que você, logo você fosse a mãe dela? — Luana não aguentou e caiu na gargalhada. Dulce havia contado para sua amiga o que aconteceu no shopping no sábado e a descoberta da filha de Danilo. — Isso foi estranho!
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Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)
Fiksi PenggemarApós uma desilusão amorosa, Dulce Maria achava que nunca mais iria se apaixonar. Porém, anos depois, ela se viu frente à frente com o seu antigo amor da juventude, só que agora ela não sente mais nada por ele. Pelo menos é o que ela diz... Enquanto...