3 - Desilusão

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O primeiro beijo de Dulce María foi melhor do que ela imaginou. Não engoliu saliva como pensava que iria engolir, e não teve sua boca invadida por uma língua que não era a dela mesma.  Ela acertou na escolha, Danilo foi gentil e Dulce María ficou completamente feliz por ter dado seu 1º beijo com seu amigo pelo qual estava apaixonada. Só não gostaria que por causa disso, as coisas entre eles mudassem mesmo tendo prometido que nada mudaria.

Descendo no elevador ela  estava com o coração aos saltos, contaria para a mãe? Ou esconderia? Mas ela estava tão feliz que contaria para todo mundo que aparecesse na sua frente, claro, se essa pessoa não fosse seu pai Gustavo. Chegando no térreo, de longe avistou o carro da mãe e foi até ela.

— Oi Filha, como foi o trabalho? Conseguiram terminar tudo? — cumprimentou Eva com um beijo na bochecha da filha.

— Sim mamãe, terminamos tudo.   — Dulce abriu a porta do carro e entrou.

— E que cara é essa?  — a mãe perguntou.

— Mãe, meu coração tá batendo tão forte.

— Com o que? Aconteceu alguma coisa que eu precise saber?

— Eu acabei de dar o meu primeiro beijo. — disse Dulce sorridente.

— E com quem? – mesmo sabendo a resposta, sua mãe ainda perguntou.

— Com o Dan! Foi com ele mamãe.

— E pelo visto foi bom, não foi?

— Melhor do que eu esperava mãezinha. — Dulce suspirou apaixonada. — Foi maravilhoso, você e  a mamãe Cecília tinham razão quando me disseram para eu beijar alguém que eu gostasse, que fosse meu amigo.

— Filha, você sente alguma coisa pelo Danilo? Bom, no começo eu achava que eram realmente só amigos mas de uns tempos pra cá, te vejo olhar pra ele com um olhar diferente.

— Mãe, eu gosto muito dele, muito mesmo, eu estou apaixonada por ele. A senhora acha que eu sou muito nova para estar apaixonada por alguém?

— Bom, você só tem 14 anos minha filha, mas... ele gosta de você?

— Não mamãe, ele só me ver como amiga, só isso. — disse Dulce cabisbaixa.

— Filha, um amor não correspondido é sofrido, tem certeza que está disposta a passar por isso?

— Ele nunca vai saber que eu gosto dele, nunca! — Dulce prometeu para si mesma.

— E vai viver sofrendo para sempre? Vendo ele crescer e se apaixonar por outra pessoa?

— Ficarei com a lembrança do seu beijo então, prometemos um para o outro que nada ia mudar entre nós, então...

— Eu só não quero te ver sofrer meu amor. —  Eva segurou na mão da filha dando um leve aperto. — Mas é a vida, algum dia temos que nos apaixonar, não é mesmo?

Semanas se passaram... as férias escolares já haviam chegado. Depois do beijo, Dulce ficou receosa em encontrar Danilo outra vez, mas quando se esbarraram no colégio, o seu amigo agiu como se nada tivesse acontecido entre eles. Dulce até pensou  que  ele estava disfarçando para não ficar um clima ruim entre os dois, mas quando os dias foram se passando ela percebeu que realmente ele não deu a mínima para o beijo como ela estava dando.

Fazia dias que Dulce não dormia direito só pensando naquele beijo, no seu primeiro beijo compartilhado com o garoto que ela gostava, com seu melhor amigo. E vendo-o agir como se não se importasse com isso, partiu seu coração, e se deu conta que sim, realmente ele gostava dela como uma amiga e nada mais...

Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora