21 - Primeiro encontro

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No dia seguinte... Dulce Maria desce cedo para o café da manhã, e se surpreende ao ver a mesa cheia, tanto de comida quanto de parentes.

— Uau, o que aconteceu aqui? Todos reunidos me esperando? — ela brincou.

— Não irmã, você que chegou tarde demais. — seu irmão disse.

— Bom dia pra você também, irmãozinho. — Dulce beijou a cabeça de Arthur e depois se sentou à mesa.

— Aproveite filha, porque não é todos os dias que a mesa está repleta de comida assim, hoje temos convidados. — diz seu pai.

— Como dormiu, querida? — sua avó perguntou.

— Muito bem, vovó. E o senhor vovô? Dormiu bem?

— Muito bem, Dulce, obrigado por perguntar. — Joaquim pigarreou.

— E o clima segue estranho. — Cecília murmurou. —Mamãe, eu sou sua filha, sua única filha, não acredito que não vai me contar o que está acontecendo entre a senhora e o senhor Joaquim.

— Meu amor, não está acontecendo nada. Não é Joaquim? — Helena o encarou.

— Isso mesmo, Helena, nada. — ele retorquiu.

— Por que o senhor está assim todo arrumado pra ficar em casa? — Dulce perguntou para mudar de assunto.

— Seu avó vai voltar com as consultas no hospital. — foi Gustavo que respondeu.

— Jura? Isso é incrível, vovô.

— Eu vou voltar a atender pacientes mas a liderança do hospital, segue com seus pais. Dessa parte eu me aposentei cem por cento.

— Fico feliz que tenha voltado vovô, aliás, o senhor é um ótimo médico.

— Já sabe que especialidade vai fazer?

— Ainda não, mas estou entre a neuro e cardio.

— Neuro como sua avó e sua mãe.

Nesse instante todos à mesa caem num silêncio, ao Clarisse ser relembrada.

— Desculpe, não querida pesar o clima falando da Clarisse. — comentou Joaquim.

— Não pesou, esqueceu que antes de morrer, eu a perdoei? — lembrou Cecília ao seu sogro.

— Não, não esqueci, você e o seu coração gigante.

— Clarisse é a vovó que morreu antes de eu nascer?
— Lorena pergunta com sua inocência.

— Sim, querida. Sua avó que morreu. — disse Gustavo.

— Eu queria conhecê-la. — ela disse e a mesa cai em silêncio outra vez.

— Bom, acho melhor irmos para não atrasarmos. Arthur e Lorena? Vamos para a escola com o papai e eu. — Cecília chamou os filhos para encerrar o assunto.

— Quer ir para o hospital comigo, vovô? — perguntou Dulce. — Estou indo de carro.

— Claro! Vamos.

Todos se despedem uns dos outros... Joaquim acompanha Dulce até o carro dela.

— Vovó me contou tudo. — ela disse no volante a caminho da casa de Luana para buscá-la.

— Sobre?

— Sobre vocês dois.

Ela percebeu que ele ficou nervoso e se empertigou no banco.

— Vovô, eu não lembro como era o seu relacionamento com a Clarisse, mas a vó Helena é uma mulher tão maravilhosa, deveria dar uma chance, na verdade os dois deveriam se dar uma chance, formariam um belo par.

Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora