14 - Uma doce visita

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Agora que havia ganhado um carro de presente, as idas e vindas de Dulce do hospital não precisavam ser com Rodrigo ou com seus pais, ela se tornou pelo menos um pouco independente, apesar que não se achava nenhum pouco independente pelo simples fato de que ainda morava com seus pais. Gostaria muito de alugar um apartamento e morar sozinha com sua melhor amiga, mas não tinha coragem de dizer isso para os pais. Será que ficariam magoados? Ou eles perceberiam que Dulce poderia muito bem se virar sozinha por ser uma jovem adulta? Bem, nunca saberia.

Ao chegar em casa de mais um dia de residência no hospital.

— Arthur? Lorena? Papai e mamãe chegaram. — gritou Cecília pelos seus filhos, a primeira a aparecer foi Lorena, correndo em direção aos pais e lhe dando um abraço. A babá apareceu logo atrás sorrindo, era a mesma babá que cuidou de Arthur desde que nasceu.

Assim que chegaram a babá foi embora...

— Como passou o dia meu amor? — Gustavo perguntou dando um beijo na testa da filha.

— Bem papai! — a pequena respondeu.

— Onde está seu irmão? — perguntou Cecília a menina.

— No quarto jogando videogame. — disse dedurando o irmão do meio.

— Será que ele já fez a lição de casa? Eu não gosto quando o Arthur passa o dia todo naquele videogame.

— Vou ver como ele está...— disse Gustavo, mas antes que se retirasse, Dulce o chamou.

— Espera pai! Aproveitando eu quero contar pra vocês uma coisa.

— O quê? — Cecília pergunta curiosa.

— Não se preocupem que não é nada demais, eu só não quero contar para minha mãe e depois ter que repetir para o papai.

— Isso é o preço de ter muitos pais, ou muitos membros na família. — Gustavo sorriu cúmplice para esposa. — Principalmente uma família fofoqueira como a nossa.

— Nossa Gustavo! Fofoqueiro é você. — ela se fez de ofendida.

— E você também meu docinho! — sorrindo ele se aproximou da esposa a envolvendo pela cintura e lhe dando um beijo estalado na bochecha.

— O que quer falar com a gente? — Cecília apertou os braços do marido em volta de si e retribuiu o beijo em seu rosto.

— O Danilo tem uma filha.

— Uma filha? — sua mãe perguntou estupefata.

— Sim, não sei se o Arthur contou para vocês mas a menina foi até mim no shopping e me abraçou pedindo que eu fosse sua mãe, mas ela não sabia quem eu era de fato.

— E quem é a mãe? A Bárbara? — ainda curiosa, Cecilia pergunta.

— Bárbara? Aquela garotinha que era sua amiguinha?

— Pai, tenho 23 anos, chega de falar como se eu fosse criança e não, não é a Bárbara. É uma moça que ele conheceu na faculdade mas ela abandonou a menina.  O Danilo cria ela sozinho, claro, com ajuda dos pais dele.

— Pensei que os Lários tivessem saído da cidade, depois que o Dr. Lários deixou o hospital. — ele afirmou soltando a esposa e se posicionando ao seu lado.

— Nossa, que triste para essa menininha, quantos anos ela tem?

— Quatro anos. — respondeu a pergunta da mãe. — E é aí que entra vocês. Ele disse que ela é muito sozinha e não tem muitos amiguinhos fora da escola, por isso que eu quero que ela venha visitar a nossa casa, tenho certeza que a Lorena vai adorar brincar com ela.

Encontrei você, amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora