CAPÍTULO 27

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No dia seguinte, acordamos com uma boa ressaca

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No dia seguinte, acordamos com uma boa ressaca.
Bill e eu descemos para tomar café da manhã, e Tom já estava acordado e preparando a mesa.
- A noite foi boa, né? Pela cara de vocês. - Tom ri, dando a entender que sabia o que tinha acontecido na noite passada
- Nada demais, Tom. Você não tinha ido dormir? - retruco
- Tinha sim, estou brincando com vocês.

Tomamos café da manhã juntos, e percebo o quanto feliz Bill está por ter a casa "cheia". Imagino o quão chato devia ser ficar nessa casa enorme sozinho e sem seu irmão, Tom já tem uma família, enquanto Bill nunca nem assumiu uma namorada todo esse tempo.
Já conversamos algumas vezes sobre o passado dele, e diferente de outras mulheres, eu não me importo de ouvir suas histórias com as mulheres, ele é um cara famoso e oportunidades nunca lhe faltaram, sexo nunca lhe faltou, mas pra ele o que faltava era ter alguém pra amar.
Outra coisa que ele queria muito, era que Tom me conhecesse, apesar dele ter me trazido pra casa dele antes de conhecer Tom, ele sabia que seu irmão gostaria de mim, mas ele precisava dessa confirmação antes de prosseguir, Bill não faz absolutamente nada sem antes consultar Tom, e eu admiro muito isso.

Apesar de tudo, me dei bem com o outro gêmeo. Ele é fechado, mas ao mesmo tempo deu liberdade para que eu pudesse conhecer-lo, e também se esforçou para me conhecer.
Entendi que o que ele e Bill tem, é algo que eu como filha única jamais entenderia, uma conexão entre gêmeos que eu jamais entenderia.

Mas também passamos muito tempo juntos nos últimos dias e a convivência o fez perceber que eu seria uma boa coisa na vida de Bill. Passamos muitas tardes assistindo jogos de futebol, que Bill detesta, mas assiste para agradar Tom, e eu assistia para agradar Bill. Depois, eles brigavam por que Tom queria comer macarrão pela vigésima vez na semana e Bill não aguentava mais massa, mas logo depois voltavam a se amar e assistir tv abraçados enquanto eu sentava do outro lado para não atrapalhar o casal de irmãos, e em seguida Tom chamava atenção de Bill: "vá abraçar sua esposa e me deixe em paz". Eu achava tudo muito engraçado, e estava feliz por estar ali.
A única coisa que me deixava desconfortável era quando eles conversavam ou brigavam em alemão para que eu não entendesse, o que era justo, porque quando Cindy ligava, eu conversava em português para que eles também não entendessem, mas de qualquer forma, eu percebia que havia muitos segredos que eu realmente não sabia, e que talvez eu não era tão ligada na vida de Bill quanto eu pensava.
Claro que irmãos tem segredos, não há segredos entre eles dois mas cada um deles guarda muitas coisas que vão levar consigo até a cova, e isso é um fato, mas nos últimos dias, as conversas e cochichos em alemão se tornaram cada vez mais frequentes.

Eu havia pegado meu notebook para resolver algumas coisas da finalização da minha tese de doutorado, mas percebi que precisava enviar alguns documentos que haviam ficado no meu apartamento, e a tartaruguinha que Bill havia me dado também tinha ficado lá, então eu precisava ir até a minha casa.
Fui comunicar a Bill que eu precisaria sair para ir no apartamento, mas ele negou no primeiro momento, disse para eu esperar um pouco pois ele iria comigo.
Eu estranhei muito a reação de Bill ao dizer que ele iria me levar, mas concordei, imaginei que ele estivesse preocupado com minha saúde ou algo do tipo.

Esperei ele se aprontar, e quando iamos entrar no carro, Tom veio e disse que iria conosco. Eu achei um exagero todos irem apenas para eu só pegar alguns papéis e uma pelúcia, mas tudo bem.

LOS ANGELES - BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora