♂️ Capítulo 5 ♀️

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Eu simplesmente odeio tudo o que está acontecendo.

Odeio ter que faltar o início das aulas, odeio estar no mesmo ambiente que o pateta do Johnny, odeio estar no corpo desse idiota.

Avisei o Yuta que vou matar aula hoje. -ele falou e eu o olhei com tédio

—Combinamos de falar que estávamos doentes -suspirei obviamente cansada

Ninguém fica sabendo quando eu fico doente. -disse deitando na cama —Ele vai acreditar mais nessa mentira. -disse dando de ombros.

Ok, o assunto das aulas está resolvido... -falei olhando para o garoto —O que vamos fazer em questão a isso? -apontei para nossos corpos

Eu não sei... -suspirou —Eu não gosto de estar nesse corpo minúsculo. Você tem o que? 1,50? Estou me sentindo claustrofóbico nesse cúbiculo de corpo

Deixei um tapa no braço do garoto que quase gritou de dor.

Eu esqueci que nossos corpos estão trocados. Não controlei a força.

Não tô gostando de viver no seu corpo de franga -disse alisando o local

Eu quase amassei meu próprio braço -falei com vontade de rir da cara de dor do outro —E eu tenho 1,58 pra sua informação -disse com deboche

Dos meus 1,85, fui pra 1,58... -ele disse em tom de falsa tristeza —Nunca fui tão humilhado.

—Cala a boca, Johnny banana. -revirei os olhos —Você se humilha sozinho.

Estou me sentindo fusca rebaixado. -disse ainda com a falsa tristeza —Tive que levantar o pezinho pra me olhar no espelho.

—Chega desse assunto, Idiota! -eu disse já me estressando —Eu quero uma solução pra eu voltar para o meu corpo e pra minha vida antiga.

Ele ficou em silêncio, pareceu pensar.

Será que ele vai ter uma boa ideia?

Sentou rapidamente e estalou os dedos bem próximo ao meu rosto ou rosto dele, eu não sei e eu mantive o silêncio para o que mesmo falasse.

Nossa, mas a tua mão é muito pequena -ele se distraiu com a mão que estalou

Johnny! -chamei atenção do mesmo

E se tentássemos a dor?

—Tipo um belisco? Ou chutar a quina da cama?

—Prefiro ser beliscado. A quina é tortura.

Posicionei minha mão no braço do meu corpo e ele fez o mesmo.

—No três, ok? -eu disse e o garoto assentiu

Um, dois... -contou, demorando para dizer o próximo número —Três.

Ai! -nós dois dissemos juntos, acariciando o local agredido —Não funcionou -reclamei

Eu sei... -ele teve outra ideia "brilhante"

O que sugere dessa vez? -perguntei querendo que funcionasse.

Só quero minha vida de volta.

E se a gente se batesse? -olhei confusa para o garoto —Talvez o choque faça a troca dos corpos

—Eu acho que essa ideia é péssima -falei olhando para meu corpo que já estava de pé —Mas se funcionar, eu me livro de você -ele assentiu

Levantei ficando de frente para o garoto, já preparando minhas mãos.

Dar um tapa na sua cara seria um sonho se não fosse o meu rostinho -eu disse e vi o garoto engolir a seco

Eu vou subir na cama, você é muito pequena -ficou de pé na cama, ficando um pouco maior que eu —Vamos bater juntos, ok? -assenti

Um... -respiramos fundo

Dois... -levamos as mãos

Três! -batemos nos nossos rostos juntos

—Mas que mãozinha pesada que eu tenho -falei acariciando o lado da bochecha que foi atacado. —Sentiu alguma coisa?

Silêncio... e mais silêncio

Johnny?

Ele estava com o rosto virado

—Johnny? -chamei novamente —Está tudo bem?

Ouvi o garoto fungando...

Não acredito -ri soprado —Você chorando?

Não! -ele virou bruscamente com os olhos cheios d'água —VOCÊ está chorando!

—Mas é você que está sentindo -disse achando engraçado mesmo sendo o meu corpo —Desculpa por ter feito você chorar -disse rindo e o garoto me olhou com raiva o que deixou mais engraçado ainda.

Graças ao teu corpo fraco de pão com ovo, doeu pra caramba -ele disse secando as lágrimas

O meu rosto ficou vermelho -apontei para o garoto que está usando minha cara —Vão achar que me bateram

—MAS EU APANHEI MESMO! -ele disse estressado

Ainda feliz de ter dado um tapa no bananão mesmo sendo no meu rosto, fui buscar um pano gelado para melhorar a vermelhidão do meu rosto.

sem ideias... -ele disse com o pano no rosto e os olhos inchados pelo choro recente

Podemos tentar agir normalmente... -falei fitando o chão e suspirando em seguida — até descobrirmos como voltaremos ao nosso corpo.

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Continua...

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Te odeio, sabia? | Johnny SuhOnde histórias criam vida. Descubra agora