You Will Be Ok - Yoongi Agere.

"Enfrentando"

Yoongi despertou cedo, sentia sua cabeça pesada e dolorida. Ele acordou em pequeno espaço. Talvez tenha exagerado na diversão no dia anterior.

Se revirou onde estava, muito confortável com as roupinhas leves e o edredom em algumas partes do seu corpo. Estava um pouco suado, o cabelo preto grudado em sua testa e com muito calor.

Acontece que, quando adormeceu, estava bastante frio, então foi colocado em uma cama bem quentinha. Mas ao acordar, já era quente lá fora, então o calor predominou seu corpo.

Ele se sentia pegajoso, passou as costas da mão na testa e fez careta.

Era estranho acordar sem ninguém ao seu lado, mas aconteceu. Estava completamente sozinho no quarto, apenas a janela fechada e algumas roupas jogadas no local, e toalhas de banho.

-Papa! — ele tentou chamar seu cuidador, o tom de voz alto para que ele pudesse escutar a algum lugar da casa, de onde ele estivesse.

Quando ouviu passos, se mexeu alegre. Estava com tanta saudades de seu cuidador! Estava tão pequeno, sua mente, no fundo, lhe dizia ter três aaninhos. Tão pequeno, queria apenas ficar grudadinho com seus papais e titios o dia todinho.

-Oh, acordou, Yoongi? — a voz de SeokJin se fez presente.

Ele não quis acreditar por um momento, mas ao mover-se com dificuldade até enxergar a porta, viu o outro entrando no quarto para lhe checar.

O bebê não queria SeokJin. Queria apenas seu papai.

Logo sentiu a sensação de aperto no peito, os olhos se embaçando e os lábios finos tremendo. Lágrimas grossas começaram a escorrer por seu rosto, em silêncio.

Jin, ao perceber, andou rápido até a cama onde o corpo miúdo se encontrava.

-Oh, não chore, bebê... — tentou lhe acalmar, mas só pareceu piorar. O bebê virou-se de costas para si, não querendo lhe olhar.

Seokjin suspirou, sabendo o motivo de toda a manha.

-Papa... — o pequeno soltou um murmúrio.

-Seu papai foi trabalhar rapidinho, meu anjo. Logo ele volta, sim? Tio Jin pode cuidar de você enquanto isso?

E o choro foi ficando cada vez maior a cada palavra que saía dos lábios grossos.

-Não! — a voz falhada encheu o peito de Seokjin de tristeza.

-Bebê, escute... — foi interrompido por uma tosse descontrolada. Yoongi havia se engasgado com a própria saliva, o choro forte sem controle.

O mais velho rapidamente o segurou pelas axilas, mesmo com o outro de costas e o sentou na cama com um pouco de dificuldade. O menor ainda tossia, ressentido, mas pouco a pouco passava.

Um tempo em silêncio se passou no quarto quente até Yoongi se acalmar relativamente. Cansado, ele cedeu em deitar as costas no peito de Seokjin, que lhe abraçou pela cintura com delicadeza para não assustar.

Yoongi não contestou, apenas levou suas mãos até as do outro e as deixou lá.

-Está melhor, meu anjo? — sua voz era calma, mansa. Yoongi acenou.
-Certo. Bom. — tirou uma das mãos do corpo do outro e levou até os cabelos pretos, deixando um afago ali.

-'Diculpa... — o pequeno sussurrou, culpado e com vergonha. Seu papai havia lhe ensinado que deveríamos nunca fazer birras e permanecer calmos, mesmo quando não temos algo que queremos. Estava triste agora por desrespeita-lo.

Ele até podia sentir medo das punições que recebe sempre que quebra uma regrinha depois da terceira vez avisado, como sem desenhos, doces e etc. Mas nada se compara ao ver a face decepcionada de seu cuidador o olhando.