- fair play séries #4
Que Kaya Jones e Mason Mount não se suportam desde criança, não é surpresa para ninguém. Apesar disso, suas famílias além de vizinhas são muito amigas e por isso os dois convivem mais do que desejam.
Durante uma semana juntos n...
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MASON MOUNT
As coisas entre mim e Kaya estavam estranhas, mas seria óbvio. Como eu a conhecia há muito tempo, ela não iria tocar no assunto.
Na manhã seguinte, passei logo cedo na casa dos Jones, Kaya e Sam estavam tomando café, o mais novo sugeriu que eu me juntasse a eles.
Kaya ficou nervosa, com os olhos vacilantes e gestos retraídos. Eu tentei me manter longe, mas era inevitável.
A mais velha se levantou para pegar uma xícara para mim, enquanto Sam falava sobre alguma coisa de videogame, mas que eu não prestava atenção. Kaya me atraía para si, como um maldito imã.
Deixei Sam na mesa, dizendo que iria pegar a xícara, porque Kaya estava demorando.
Entrei na cozinha, a garota estava de costas, pegando a xícara. Percebi que a barra da sua blusa estava levantada, mostrando sua pele. Pisquei várias vezes, desviando os olhos.
— Deixa que eu pego. — me aproximei dela, segurando sua cintura para que ela se afastasse.
Kaya virou seu rosto rapidamente, ficando muito próxima de mim, seus olhos estavam assustados e seus lábios entreabertos.
Seus lábios rosados e cheios eram um convite para que eu a beijasse. Eu queria muito, mas antes que eu tentasse alguma coisa, Kaya se afastou bruscamente, se apoiando no balcão da ilha, ficando de costas mais uma vez.
— Você não precisa fugir, Kaya. — passei meu braço a sua frente, colocando a xícara sobre o balcão da ilha, ficando atrás dela.
Respirei fundo, sentindo seu perfume de lavanda entrar por minhas narinas. Seu cabelo estava preso em um coque no alto da cabeça, mas alguns fios escapavam por sua nuca, sendo uma tentação para mim.
— Eu não estou fugindo, Mason. — ela virou-se de frente para mim.
Nossos corpos praticamente grudaram-se, seus olhos azuis enormes, me fitaram com intensidade, sua boca continuava entreaberta e seu nervosismo era palpável.
— Você não sabe mentir, gatinha. — me inclinei para frente, ficando com meu rosto muito próximo ao dela.
— Você não sabe o que fala, Mount. — espalmou sua mão em meu peito, me empurrando.
Encostei no balcão da parede, vendo Kaya virar-se para lavar a xícara.
— Kaya… — a chamei. — Caramba, não precisamos ficar assim um com o outro. — ela virou-se me fitando.
— Estou agindo como sempre agi, Mason. — sacudi a cabeça em negação, soltando um risinho.
— Você não está agindo como antes, Kay. — Vi seus olhos saltarem quando mencionei o apelido que eu a chamava quando mais nova.
— Como não? — colocou as mãos na cintura. — Nós dois não nos suportamos, não preciso agir como se eu gostasse de você. — afirmou.
— Caramba, Kaya! — exclamei alto. — Você não percebeu que alguma coisa mudou ontem? As coisas que dissemos um para o outro. — ela sacudiu a cabeça.
