LOVER, min ho
SIXTEEN, the cemetery
friends"Então...você nunca me contou como que a sua irmã faleceu." Min Ho murmurou conforme os dois andavam, sentindo a garota segurando o seu braço.
Depois da garota passar em seu dormitório para guardar o presente, os dois coreanos saíram da escola, optando por irem caminhando até o cemitério. O caminho era longo, então conversas fluíam entre ambos como se fossem água no tempo que andavam, tornando tudo confortável para a Park.
Pelo menos até agora, quando a mesma se remexeu ao lado do garoto desconfortavelmente, um pouco incomodada com a pergunta.
"Desculpa, eu não queria te deixar chateada!" Ele exclamou quando percebeu que o sorriso dela havia caído, deixando um leve aperto em seu braço em forma de apoio. "Não precisamos falar sobre isso."
"Relaxa, Min Ho, está tudo bem." Seu sorriso era curto e não mostrava os dentes, mas era o melhor que ela podia dar naquele momento. "A minha mãe teve um aborto espontâneo, então ela nunca chegou a nascer."
"Eu sinto muito." A voz do garoto era gentil e doce, o que fez com que Ji-hye se sentisse um pouco melhor com toda a situação.
"Obrigada." Ela ficou em silêncio durante alguns segundos, voltando a falar depois de soltar um suspiro. "Dói as vezes, mas em maior parte do tempo eu nem se quer lembro de que isso aconteceu."
"Entendo."
Logo, ambos ficaram calados em um silêncio confortável até chegarem no cemitério, tal que estava recheado de pessoas.
No Chuseok, diversas pessoas iam visitar seus entes queridos que já haviam falecido, por isso a garota não ficou surpresa com a quantidade. Entretanto, de qualquer forma, ela se sentiu perdida, já que era a primeira vez que ela passava a data no local.
Assim, Ji-hye guiou o garoto até onde se lembrava que sua irmã estava, mal percebendo quando que o coreano havia segurado a sua mão e apenas aproveitou o calor que a mesma exalava e os pequenos apertos que ele deixava em si.
A garota estava feliz por ele ter vindo com ela e não Quincy e Kitty. O garoto não falava muito e parecia entender que ela não precisava de palavras e sim de afeto e companhia, diferentemente dos outros amigos que com certeza ficariam falando no pé do seu ouvido palavras que, mesmo sinceras, seriam vagas.
Quando chegaram, Ji-hye pode sentir os olhos se encherem de água no momento que olhou para a placa de mármore no chão, que evidenciava o túmulo da garotinha. Lá, em escritas coreanas, estavam o nome Park Mi-sook escrito, além da data de nascimento e morte que eram as mesmas.
Não havia nenhuma foto e a Park se sentiu um pouco envergonhada quando viu que tudo estava um tanto empoeirado, além de que o vaso de flor que havia sido deixado ali encontrava-se apenas com uma planta seca e morta, sem nenhuma vida.
Se perguntou quando deixou-se negligenciar a própria irmã.
"As vezes eu me pergunto se eu teria sido uma boa irmã mais velha." A garota soltou depois de ficar alguns segundos olhando para o túmulo, desviando a atenção para os olhos do garoto que já a encaravam a tempos. "Me pergunto se ela gostaria de mim."
"É claro que ela iria gostar de você, Ji-hye. Você é incrível." Rapidamente, Min Ho se colocou na frente da coreana, segurando o seu rosto com as duas mãos quando percebeu que ela chorava. "E você também seria uma irmã mais velha excelente, você praticamente é a da Kitty."
"Verdade." Ela riu fracamente, umedecendo os lábios e logo s. "Ela parece uma criança."
"Sim." O coreano acariciou as bochechas de Ji-hye, deixando um beijo singelo em sua testa. "Eu imagino que deve ser difícil perder um irmão, principalmente do jeito que foi, mas você não deve ficar triste pensando nisso...tente pensar que ela está em um lugar melhor."
"Tudo bem." Ela fungou, balançando a cabeça em concordância enquanto Min Ho secava algumas lágrimas que insistiam em cair, deixando mais um selar em sua testa. "Você me ajuda a limpar?"
"Claro."
Dessa forma, a garota quebrou o contato que ambos estavam tendo, abrindo a bolsa e tirou de lá tudo que usariam, incluindo uma garrafa de água que haviam comprado no caminho. Ela abriu a jarra, despejando o líquido dentro do baldinho e umedeceu os panos antes de entregar um para o garoto e se agachar, começando a limpar o mármore claro.
Eles fizeram tudo rapidamente, sem muita conversa e interações, apenas se concentrando em tratar do túmulo da melhor forma possível. Quando terminaram, o coreano ascendeu um incenso e o colocou no incensário que era embutido no mármore, sendo seguido por Ji-hye que fizera o mesmo.
"Você quer que eu dê licença para que você preste suas orações?" Ele perguntou gentilmente quando viu a garota se ajoelhando rente a placa, notando que seu rosto estava coberto de manchas causadas pelas lágrimas.
"Não, pode ficar." Seu sorriso era gentil e ela o observou se ajoelhar ao seu lado, deixando um breve aperto em sua mão. "Não irei demorar."
"No seu tempo."
Assim, a garota se curvou, juntando as palmas perto do rosto e fechou os olhos, começando a rezar.
Ji-hye pediu para que, quem a estivesse ouvindo, cuidasse de sua irmã e garantisse que ela estava em um bom lugar. Clamou para que tirassem a dor dos seus pais e, se fosse preciso, as dessem para si, desesperada pela saúde mental de ambos adultos.
Os pedidos não estavam sendo muito diferentes dos que ela fez no dia do funeral e a coreana pode sentir que havia voltado para aquele dia.
Ji-hye se lembrou da sensação do tecido de seu hanbok branco em seu corpo, de como as fitas em seu cabelo estavam a incomodando. Se recordou de como sua mãe chorava desconsoladamente, berrando aos quatro ventos que queria sua filha de novo e também das palavras que seu pai falava, tentando acalmar a mulher mesmo que estivesse triste igualmente.
Mesmo rodeada de toda a sua família, ela havia se sentido a garota mais solitária do mundo.
Esse fato fora o único que a fez diferenciar a lembrança da realidade, pois não se sentia mais sozinha: ela tinha Min Ho consigo.
LOVER, min ho4
2023 fanfic.
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LOVER, min ho
Rastgele💌||LOVER, min ho em hiatus Park Ji-hye é uma garota bonita e inteligente, sendo extremamente cobiçada pelos alunos da KISS desde o momento em que pisara seu pé no colégio em seu primeiro ano do ensino médio. Todos queriam tirar uma casquinha da gar...