❝ 𝐼𝑆 𝐼𝑇 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝑌? ❞ - 𝖢𝖺𝗋𝗅 𝖦𝗋𝗂𝗆𝖾𝗌

009 |⊶ 𝐀𝐦 𝐈 𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐀 𝐊𝐢𝐝? ⊶

𝐀𝐦 𝐈 𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐀 𝐊𝐢𝐝?| Eu sou apenas uma criança?

❝ Eu só quero morrer... Mais nada... Só quero acabar com todo o sofrimento... ❞

Não paro de pensar sobre Carl e o governador. Por que caralhos será que eles se encontram na floresta?

Estou do lado de fora junto com a Beth.

— Então? O que você acha que eu posso fazer?

— Que? O que Beth? — Questiono confusa.

— Você não estava prestando atenção, né? Eu vou falar com alguém que me escute. — Diz a garota se levantando.

Nesses tempos não consigo pensar direito, estou afastada de todo mundo até da minha mãe. O Hershel foi queimar corpos junto com a Michonne, então estou sozinha apenas com meus pensamentos.

Escuto barulhos de vozes vindo da parte de fora, levanto meu olhar vendo carros... Muitas pessoas, mas uma delas me chamou atenção ele o governador em cima de um carro.

Vou para dentro da prisão procurando Charlotte, ela está em uma das portas observando tudo atentamente.

— Ele vai fazer de novo, não vai? — Pergunta a menina, eu não sei o que posso responder então fico quieta e a tiro daquele lugar.

— Fica aqui. Quando acabar eu venho. — Digo deixando a garota em uma sala.

Saio de prisão tentando entender tudo que está acontecendo. Por que ele não nos deixa em paz?!

Sem mais nem menos eles começaram a atirar e Rick também. Está tendo uma troca de tiros. Percebo Lori, Carl e Maggie entrando para um dos blocos. Não dá para chegar neles tem vários Walkers espalhados pelo presídio.

Corro para dentro do bloco com as mãos nos ouvidos. Entro na sala em que deixei Charlotte, mas cadê ela?

Me sento no canto da parede tampando os ouvidos, minha respiração ofegante, minhas mãos trêmulas, as lágrimas escorrem pelas minhas bochechas. Não sei onde minha mãe está, não sei se eu sairei viva dessa situação. Não sei se as pessoas que amo estão bem.

Minha cabeça está a milhão. E o barulho fica cada vez mais alto me deixando com mais dor.

— Eu falhei... Falhei como filha, como amiga e como irmã... — Murmuro me sentindo impotente.

Escuto vozes conhecidas no corredor, abro a porta vendo Carol e o namorado da Beth. O Zach está mordido no ombro, sei que ele não irá durar, e isso me deixa mais triste ainda. Ele era um bom amigo e fazia a minha amiga feliz.

[...]

Estamos correndo a uns minutos, Carol não disse uma palavra, para ser sincera ninguém falou nada. Vimos uma porta e estamos indo até ela. Porém somos impedidos por Walkers antes de fazermos alguma coisa o namorado da Beth se joga para os mortos-vivos.

— VÃO EU JÁ ESTOU MORTO! SE SALVEM! — Essas são as últimas palavras dele antes de ser totalmente devorado.

— Carol não...! Não podemos deixar ele assim! — Indago vendo ele ser devorado. Carol apenas puxa meu braço. Ela me leva até local um quanto afastado.

— Fique, eu vou ajudar os outros. — Diz a mulher indo embora.

Deixo meu corpo escorregar pela parede me sentando no chão abraçando minhas pernas.

A única coisa que queria fazer é meter um tiro na minha cabeça. A única...

Eu só quero morrer... Mais nada... Só quero acabar com todo o sofrimento...

Cubro minha cabeça me deixando liberar a dor, o vazio, que estou sentindo.

Escuto gritos infantis perto de mim. Olho vendo o Governador com uma faca no pescoço de Charlotte.

— Solta ela! — Grito me levantando.

— Por que eu deveria soltar essa inútil? Ela matou a mãe dela! Matou a irmã e agora eu vou matá-la! — Exclama o caolho, forçando um pouco a faca no pescoço da menor.

— Para! Ou eu te mato! — Afirmo apontando minha arma para a cabeça dele.

— Eu duvido! Você não vai conseguir me matar! — Fala ele. Não consigo controlar minha raiva, e deixo ela tomar conta de mim.

Disparo contra o ombro do homem, a loira cai no chão se arrastando para perto de mim.

— Vamos! — Exclamo pegando na mão da garota e nos levando para o meio de floresta.

— Para onde vamos?! — Pergunta a menina.

— Não sei!... — Digo de um jeito baixo. — Ali! — Afirmo assim que vejo a pequena casa que eu e minha mãe estávamos decorando.

Entramos na casa, tranco a porta, estou suada, minha respiração mais pesada que tudo, a raiva toma conta de mim, é impossível controlar.

— Eu vou nos proteger, ok? — Comento indo para um quarto, se não me engano tem um taco de Baseball antigo do meu pai, nele tem pregos o que irá facilitar meu trabalho.

Enquanto procuro o item escuto Charlotte gritar por ajuda.

— Mas que porra! — Murmuro para minha própria mente.

Desço o mais rápido possível, não vejo ninguém, apenas o sapato da loirinha.

Tento fazer o mínimo de sons que posso, percebo passos levando até a cozinha.

— Phillip, apenas me entregue a garota. Só me entregue ela e você não vai se machucar.

— Você acha mesmo que vai me machucar Scarlett? — Questiona o caolho me forçando a tomar uma atitude.

Revelo minha imagem na porta da cozinha, não permiti que ele veja o taco de Baseball, ainda...

Sem ninguém esperar, o governador corre em minha direção, enfiando a faca em meu ombro me fazendo berrar de dor.

— PAI DEIXA ELA EM PAZ! — Grita Charlotte.