Emily passou alguns dias distantes. As conversas que tinham eram vagas, ela mal o olhava nos olhos, a menos que tivessem discutindo sobre um caso.
Mas ele poderia apenas está vendo falsos sinais. Foram semanas estressantes, um caso atrás do outro e poucas noites dormidas.
Acontece que no hospital Emily estava estranha. Até mesmo Ruby estava agindo diferente do habitual. Por causa disso, resolveu dá espaço a elas, o que quer que fosse, iria se resolver.
Dessa vez, não foi como nas outras, a distância era quase palpável, mas não era agonizante a ponto de pensar algo pior. De algum modo ele sabia que precisavam disso.
Mas quanto tempo duraria isso? Até quando esse seria o ritual deles? Vão se afastar sempre que algo grande demais acontecer?
Até que um dia, ela simplesmente apareceu com dois cafés e o entregou um enquanto faziam seu caminho para dentro do prédio. Não teve nenhum diálogo entre eles além do "obrigado" da parte de Aaron. Porém, foi o bastante para saber que ficariam bem a partir dali.
Tinha a impressão de que nunca conversariam sobre o que se passou nesse meio tempo.
Agora ela e Ruby estavam à sua porta. E mesmo que as coisas entre ele e Emily estivessem como antes, entre Ruby e ele não estavam. A menina estava reprimida e cabisbaixa, longe de ser a Ruby turbulenta. E o sorriso que ela lhe deu não fez nada para o acalmar.
— Gostei da barba — Emily apontou para o rosto dele. Aaron percebia que estava prendendo o sorriso. Virou e se afastou, sem falar nada. — Uau. Alguém não está de bom humor.
— Está assim porque não consegue se barbear — Mônica disse em cumprimento.
É, como tinha dito antes, os dias foram agitados, e nesse interim ele levou um tiro no ombro e agora não podia mover a mão dominante.
A barba crescida não foi uma escolha dele.
— Mas isso é uma coisa fácil de resolver. Acredito que você conheça uma profissão chamada barbeiro — a voz era recheada de diversão, o que só fez ele ficar mais irritado. — Ou poderia ter pedido à sua mãe.
— Eu me ofereci, querida, mas ele me olhou como se eu fosse louca — a mãe dele se defendeu.
Em sua defesa, sua mãe é mesmo louca.
— Esse é um tipo de orgulho absurdo de se ter, Aaron — criticou enquanto lhe dava um olhar feio — Eu vou fazer isso, Owen se machucava com frequência de modo que o impedia de tirar a barba. Era eu quem fazia isso por ele — revelou.
— Não, obrigado — respondeu um pouco grosseiramente.
— Não foi uma sugestão, foi um comunicado. Vamos. — Aaron Ficou ainda mais emburrado com a petulância. Ela tem uma confiança com ele que é um pouco assustadora, pode ser que daqui a algum tempo ela peça para que faça seus relatórios e lixar suas unhas.
Viu ela e sua mãe trocarem uma piscadela e revirou os olhos.
— Isso é ridículo — resmungou.
Quando estavam no banheiro dele, Aaron a observou procurar pelo material que ia precisar. Ele não sabia dizer se era por ser perfiladora ou apenas intuitiva que estava acertando onde estava tudo sem muita pergunta. Ela se movimentava como se conhecesse o lugar.
Emily estava bonita hoje. Ou talvez fosse um pensamento para ocupar a mente, pois ela não estava nada além do habitual, jeans e camiseta, o cabelo preso em um rabo de cavalo. Só que uma coisa estava diferente, ela agora usava franja. Fazia apenas 2 dias que havia cortado, mas o resultado ainda era surpreendente.
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Uma Segunda Chance
FanfictionAaron perdeu sua ex-esposa para um assassino e Emily perdeu seu marido em uma missão, ambos tiveram que aprender a criar seus filhos sozinhos sem a ajuda de um cônjuge. Contará muito da insegurança de Aaron.