Uma Segunda Chance

Capítulo 04

David Rossi mesmo que tenha tomado seu glorioso café da manhã, o primeiro lugar que ele vai quando chega em Quântico é para onde quer que esteja a máquina de café. Ele estava se servindo quando Aaron entrou, parecendo um pouco melhor do que a casca que ele era dias antes. Ele lhe deu um breve aceno em reconhecimento, não comentando nada sobre o seu atraso. O que Dave achou inteligente, porque ele não estava afim disso hoje, e estava disposto a comprar qualquer briga.

Emily entrou logo em seguida, cumprimentando os dois.

— Bela gravata — Emily disse a Hotch. O que fez Dave se perguntar o que diabos estava acontecendo.

Aaron sorriu, tocou a gravata vermelha, simples, parecia tão barata quanto as meias que Dave usa para dormir.

— Obrigada, foi um presente.

Emily sorriu de volta. E não, aquilo não foi um delírio da cabeça dele, afirmou Dave para si mesmo. Será que haviam entrado em um acordo de tentarem serem mais amigáveis? Se não pelo trabalho, pelos filhos que agora se encontravam para brincar com frequência?

Irônico que os filhos das duas pessoas da equipe que tem um tipo de relação complicada, fosse se tornar bons amigos.

Seria uma conspiração do universo ou apenas o curso casual das coisa?

Dave resolveu sair, deixar que eles tentassem o que quer que estivessem fazendo.

...

— Obrigada pelos chocolates — disse Emily após Dave sair, fazia alguns minutos desde que ela encontrou o bilhete e suas muitas barras de chocolate. Ela estava esperando vê-lo para que pudesse agradecer.

— Não precisa agradecer por um agradecimento — disse ele, com um meio sorriso de canto.

— Ah, preciso sim. Foram muitos chocolates e eu gosto muito de chocolate.

Algo como alívio tomou conta dele. Então essa era a sensação de acertar com Emily Prentiss. Era uma sensação legal, ele quase quis riu disso. Era tão patético ficar contente por causa disso, sendo que ela podia está apenas sendo gentil por causa do que presenciou ontem à noite.

Aaron desejou que o chão abrisse e o engolisse. Ela o viu tendo um pesadelo, memórias revividas da infância que nublou sua mente mesmo quando acordou. De todas as suas partes patéticas, essa era uma das quais ele quis que ninguém, muito menos Emily, presenciasse. E ainda tinha o showzinho que deu na cozinha dela, foi muita humilhação em uma noite só.

— Fico feliz que gostou — enquanto mexia seu café, sopesou se valia a pena se desculpar novamente. Talvez ele nunca superasse o que aconteceu. Nada disso teria acontecido se ele conseguisse suprir sua necessidade fisiológica que era dormir.

— Como está se sentindo?

— Eu estou bem. Aquilo não foi nada, Prentiss.

— Aquilo acontece com frequência? — perguntou, com alarme em sua voz.

Tantas coisas acontecem, mas não disse isso. Não queria que soubesse.

— Não — não era totalmente mentira, pois não estava incluindo os pesadelos.

Não se importando em continuar nesse assunto, Aaron seguiu em direção à saída, então parou, como se quisesse acrescentar algo mais. No entanto, continuou seu caminho, desistindo do que quer que fosse.

...

— Alô?

— Oi, JJ, é Hotch — diz, esticando o braço para abrir uma gaveta da sua mesa do escritório. — Como você está?