CAPÍTULO TRÊS: EU PULO NA ESCURIDÃO ETERNA SEM PARAQUEDAS

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Quando eu já estava na metade do caminho para sair do refeitório, senti um puxão forte atrás da gola do meu casaco. Guiei minha visão para trás, me deparando com um Kevin trêmulo, embora seu aperto fosse quase tão esmagador quanto um compressor. Suas pupilas estavam dilatas, como se a ficha ainda não tivesse e não acreditasse que estava realmente acordado.
Ele me perguntou com uma voz vacilante:
- Magnus, aonde você está indo?
Pensei bem antes de responder essa pergunta complexa.
- Não é óbvio? Eu estou seguindo os animais brilhantes falantes! Que mais eu estaria fazendo? Agora, se você pudesse me soltar...
Eu desprendi o punho de Kevin de meu colarinho e iria continuar em frente, mas ele agarrou meu pulso. Minha pele formigou com o toque e senti sua mão fria como gelo. O ar vibrou com um estranho cheiro de ozônio, como durante uma tempestade de raios. Os cabelos de minha nuca se arrepiaram. Algo muito ruim estava prestes a acontecer.
- Magnus, você não está me entendendo. - Kevin insistiu. - Não podemos seguir aqueles animais coloridos idiotas. Você não pode fugir na primeira oportunidade que surgir apenas porque quer ir embora daqui o mais rápido possível!
- O que? - Perguntei, surpreso. - Eu não...
- Você está sempre tentando fazer isso. - Continuou Kevin, em tom firme. - Sempre se queixando do orfanato Renegados e da sua antiga vida, que era ótima comparada a minha! - Ele estava tremendo de raiva. Seuw dedos estavam começando a me machucar com aquele frio extremo. - Mas eu tenho só algumas perguntas: você conheceu a sua família? Sim. Você vestia roupas limpas todos os dias? Claro! Você era rico e tinha tudo o que queria? Porque não! Você tinha um teto e uma coberta quentinha quando estava chovendo? Bala! Eu não. E eu continuei seguindo em frente, sempre em busca de esperança, mesmo sofrendo a cada passo adiante. Mas você consegue fazer isso também? Não, o Grande Magnus não consegue! Nunca conseguiu! E isso só me mostra o quanto você era, e ainda é ingrato! Temos uma vida boa aqui no nosso lar e não devemos fugir quando nós sofremos uma forte alucinação direcionada de animais-brilhantes...
- Ei! - Eu me soltei de seu aperto com uma força surpreendente.
Uma energia nova parecia estar crescendo cada vez mais dentro de mim. Era impressão minha ou o ar estava esquentando?
Irritação assobiava em meus ouvidos. Kevin estava entrando em uma área perigosamente estável. Eu não conseguia compreender qual objetivo que ele estava procurando atingir com aqueles comentários mesclados em ressentimento. Seus comentários provocavam uma verdadeira explosão de sentimentos amargos. A forma como meu amigo havia ressaltado de que eu tinha me dado bem morando com uma família rica ascedera algo reprimido em meu interior.
Ele não tinha ideia de quantas vezes eu quis reclamar do quanto meus tios hipócritas me tratavam com seu pequeno escravo pessoal, de quantos dias eu desejei não ser daquela família idiota e influente para poder ser somente um garoto normal indo para escola e fazendo amigos sem que as outras pessoas me avaliassem como um estranho por causa de meus "dons". Ou apenas ter uma família simples e amável ao invés de uma família fria e endinheirada que me odiava.
Contudo, eu não reclamava, porque se não meu tio Charlie e minha tia Rebecca gritavam comigo e me trancavam em meu quarto por semanas, sem nem sequer fingirem se importarem com a minha opinião.
Com o passar do tempo, eu aprendi da pior maneira possível com minha inata rebeldia que aceitar as coisas como elas eram e tentar seguir em frente simplesmente não funcionava. Se meus tios iriam me odiar, eu podia muito bem dar algo para eles odiarem. Botas de combate com o uniforme escolar? Absolutamente. Ajudar animais falantes na madrugada de um domingo? Por que não! A diretora diz que terá que chamar meus pais e eu digo boa a sorte com a missão impossível.
Kevin não sabia nada sobre a minha vida. Mas agora chega disso.

- Você pode chamar esse lugar de lar! Você pode dizer que aqui não é um lugar maravilhoso, mas que pelo menos é um lugar que basta! - Gritei da mesma maneira que uma personagem principal de um reality show de drama chamado Garotos Magrelos Dando Pit Durante Um Péssimo Café-da-Manhã. - Pode dizer que eu sou uma pessoa horrível apenas porque não quero me encaixar nessa vida e que não estou nem ai. Mas esse não é o problema. O orfanato Renegados poderia ser um lugar perfeito, mas eu continuaria solitário e infeliz. O ponto não é que eu não quero me encaixar aqui, mas sim que eu não consigo me encaixar em si. Porque aqui não é o meu lugar. Nenhum lugar é. E você não sabe...
Eu nunca saberei o que iria dizer a Kevin depois disso, pois naquele momento, sou interrompido por um jarro de vidro em uma mesa perto de nós se despedaçando sozinho, espalhando suco para todos os lados.
Encarei Kevin alarmado e disse:
- Será que nós...
- Como o bolo de aniversário explosivo que você me contou - Resmungou Kevin, embora parecesse estar tentando não mostrar o quanto estava assustado. - Você precisa controlar melhor seu temperamento.
- Eu?
- Sim. Você explodiu parte da grande pirâmide de Khufu no deserto em Gizé por apenas estar com raiva de como ele tratava os seus dez mil trabalhadores!
- O quê? - Eu não fazia a menor ideia do que Kevin estava falando, e aparentemente, ele também não, porque estava tão confuso quanto eu.
Ele bateu na testa, como se tentasse lembrar.
- Eu...
- O QUE DIABOS VOCÊS, GAROTOS INFERNAIS, PENSÃO QUE ESTÃO FAZENDO? - Berrou a Diretora Ermerlinda, se levantando de sua mesa e fazendo todos nós, ariscos, ficarmos em silêncio. Seu tom de voz impressionou até a mim - E QUEM FORAM OS MOLEQUES PREGUIÇOSOS QUE TIVERAM A AUDÁCIA DE QUEBRAR O JARRO DE SUCO?
Dezenas de mãos apontaram para Kevin e eu.
Amigões, hein?
A Diretora Ermerlinda sorriu malévolamente para nós.
- Manny Belot - Disse ela, parecendo saborear cada letra pronunciada. A Diretora começou a vir em minha direção e balançou seu dedo rechonchudo para Kevin - E seu fiel escudeiro, Levin Sonner. Os dois pirralhos irritantes do orfanato, sempre se metendo em confusões ou infernizando a vida dos supervisores. Eu tinha filhos horríveis... igualzinhos... a vocês! - Eu não sei o que me preocupava mais: com a Diretora estar apontando seu dedo gordo para diversas crianças, incluindo meu amigo e eu, ou com o fato do verbo ter estar no passado - Mas agora já CHEGA! VOCÊS IRÃO FICAR DE CASTIGO POR TANTO TEMPO QUE...
Zummm!
A mulher fora interrompida ao ser atingida em cheia por um... pedaço de... bolo no rosto?!
Bem, se você não sabe, um pedaço de bolo voador já é mortal. Agora, um pedaço de bolo do orfanato era uma arma de pura destruição. A Diretora Ermerlinda cambaleou para o lado com o impacto, se desequilibrando em seus saltos e caindo vergonhosamente no palco, atordoada. Eu curvei a cabeça para o lado e fiquei chocado ao notar que fora Kevin que arremessara o bolo letal.
- É Kevin Stone - Disse ele, na fração de segundos em que todos estavam surpresos demais para sequer reagir, com a Diretora Ermerlinda parecendo um peixinho fora d'água tentando desesperadamente respirar.
Quando pensei que tudo estaria perdido e acreditei que Kevin e eu seriamos mandados para um orfanato na Pensilvânia, meu amigo abriu um sorriso sarcástico e teve uma ideia brilhante, bem tipicamente de Kevin.
- GUERRA DE COMIDA!!! - Ele gritou a plenos pulmões, lançando seu pedaço de bacon cru no garoto mais próximo, Burly, o maior valentão do orfanato.
A carne voadora assoviou pelo ar e acertou o rosto inchado de Burly como um projétil mortal, balançando suas bochechas gordas e lançando seus cabelos ruivos para o lado, nocauteando-o completamente.
Então o caos foi liberado.
Não tenho certeza do que exatamente os outros garotos no refeitório viram, mas simplesmente surtaram e começaram jogar seus pães, brownies e sucos uns nos outros, rindo e gritando. Os supervisores lutavam para retomar a ordem entre os jovens, mas era inútil. Comidas, bebidas e crianças voavam por toda parte.
Então, surgindo bem ao meu lado, Kevin deu as caras. Ele jogava comida em qualquer um que aparecesse em sua frente e tinha um pedaço enorme de bolo de brigadeiro escorrendo por seu cabelo desalinhado.
- Ei, parceiro - Seu tom era casual, mas ainda havia um certo clima tenso entre nós. - Eu sei que nós estamos tipo vou estrangular você, mas por hora, em pelo menos uma coisa você está certo: nós precisamos ir. Talvez tenhamos que descobrir sobre o que aqueles animais brilhantes estavam falando. - Kevin se abaixou quando um ovo mexido passou zunindo por sua cabeça. - E eu não quero estar aqui quando isso tiver acabado. Trégua? - Perguntou ele, estendendo a mão.
Minha cabeça estava à milhoês de milha de distância, tentando encontrar o entendimento de tudo à volta ao mesmo tempo, mas me peguei apertando a mão de Kevin e resmungando:
- Trégua.
Apesar da raiva que estava sentindo no momento, eu busquei me focar nas prioridades: ir atrás das feras falantes. Nós disparamos pelo meio daquele mar de confusão, empurrando dois adolescentes esquisitos, Percy e Grover, e jogando-os para uma mesa ao lado. Percy empunhou uma caneta esferográfica e a ergueu em minha direção enquanto Grover agarrou sua flauta de bambu. Estranho
Aparentemente, aquela dupla de garotos haviam sido enviados à alguns poucos dias para o Renegados, mas não pareciam os típicos orfãos que eram despachados pelos parentes para o orfanato. Minha bússola interna sempre zumbia quando eles se aproximavam. Eram diferente, de alguma maneira, irrandiando uma espécie de aura poderosa. Pelo que eu soube, Percy e Grover moraram um grande parte do tempo em um tal de acampamento de verão especial e blah, blah, blah.
Eu realmente não escutei os detalhes, mas os rapazes passavam a impressão de serem bem respeitados e reconhecidos pelo lugar antes de virem parar até o Renegados, embora ainda mantessem um grau sincero de humildade. Entretanto, isso não significa que eles fossem como semideuses adolescentes entre nós.
Puxa, isso seria loucura.
Eu até hoje me recordo de um momento particurlamente bizarro em que Percy chamara Kevin e eu para um canto do orfanato e seu amigo Grover nos entregara um pequeno cartão com escrita floreada.
- Pegue isto, certo? - Percy insistiu, segurando meu ombro. - Para o caso de você precisar nós. E não diga em voz alta, cara! 
Eu lembrava do que estava inscrito: Grover Underwood, Guardião da Colina Meio-Sangue. Long Island, Nova York (800) 009 -0009. Provavelmente era o endereço de uma casa de veraneio estúpida. Kevin quase  nunca imaginara que a família deles poderiam ser tão ricas. Talvez eles pensassem que fossemos garotos normais.
Duvido disso, pensei de volta.
Eu sacudi a cabeça, buscando esvaziar minhas lembranças com tanta nostalgia. Eu observei que três supervisores sujos dos pés à cabeça de comida tentaram agarrar Kevin. Ele se esquivou, escapando deles e se misturando à multidão de crianças enloquecidas. Eu continuei correndo, desviando de um punho de uma garota e de uma bandeja de pães que fora arremessada em minha direção. Então prossegui como se nada tivesse acontecido.
Assim que alcancei a saída, Kevin zuniu a toda velocidade por mim pelo corredor, com grandes pedaços de bacons voando às suas costas.
- E agora? - Perguntou ele, alinhando a armação de seu óculos.
Eu não tinha resposta. Quatro supervisores agora tinham conseguido nos seguir até aquele ponto. Um dos adultos tinha brownies grudados no peito. Outro estava coberto de manteiga e maionese. Um terceiro tinham ovos incrustados na roupa. A Diretora Ermerlinda estava a frente deles, aparentemente recuperada da "Guerra Civil" no refeitório, embora ainda tivesse o pedaço de bacon cru lançado por Kevin ainda preso na testa. Seu pescoço pingava de suor misturado a suco de laranja estragado, e ela transpirava fúria (literalmente).
E ela não parecia feliz com isso.
Por um momento, todos nós permanecemos imóveis.
Novamente, eu nunca saberei o que teria acontecido conosco se tivessemos nos entregados para eles pacificamente. Talvez nós fossemos expulsos de todos orfanatos que existiam na face da terra. Ou talvez nós fossemos mandados para a Prisão de Crianças Lançadoras de Bolos Mortais. Mas, em vez de conservar minha boca fechada e aceitar a situação extremamente ruim, eu acabei deixando escapar:
- Diretora Ermerlinda, é... bem, eu só tenho uma pergunta para fazer para a senhora, pois ela está consumindo meu ser: essa carne na sua testa... é Friboi?
É, eu sei. Bem estúpido. Mas ei, eu precisava saber se a carne era de qualidade. Eu devia isso ao comercial incrivelmente insistente do Tony Ramos. Por algum motivo estranho, a Diretora Ermerlinda também pareceu não gostar disto.
Ela soltou um grito de guerra que mais parecia com um guincho de porquinho-da-índia dentro de um aspirador de pó e correu até nós, com seus supervisores na sua retaguarda e bambeando loucamente em seu único salto amarelo com cano. Kevin e eu viramos para trás e começamos a fugir do grupo de funcionários furiosos desesperadamente, virando de corredor em corredor, em parte procurando os animais reluzentes, em parte para manter o máximo de distância possível da Diretora Você Só Pode Estar de Brincadeira Comigo.
- EU VOU PEGAR VOCÊS, SEUS PIRRALHOS! - Grunhia Ermerlinda. - E ACREDITEM, VOCÊS VÃO SOFRER AS DEVIDAS CONSEQUÊNCIAS!!!
Kevin e eu começamos a nos sentir cansados. Nós estavamos correndo durante minutos e nada. Nenhuma pista das feras falantes. Elas pareciam ter desaparecido. Minhas pernas doíam de tanto esforço súbito. Quando eu estava já estava perdendo as esperanças e começando a acreditar que eu realmente estava ficando maluco, avistei um corredor com uma leve névoa brilhante e espessa, como a aura dos animais.
Para esquerda, disse uma voz na minha cabeça.
- Por aqui - Apontei para direção que havia pensado. - Esse é o caminho certo.
Kevin franziu o cenho, provavelmente cético quanto as minhas intuições. Mas logo ficou de boca aberta quando encontramos uma porta de manutenção que fora aparentemente aberta recentemente, já que estava entreaberta e com a fechadura quebrada.
- O quê? - Exclamou meu amigo, estupefato. - Eu já explorei cada canto desse orfanato, mas essa porta nunca esteve aqui. Eu tenho certeza absoluta disso, Magnus.
- Bem, encontrando ou não, ela obviamente está aqui agora - Eu respondi, com uma ansiedade voraz brotando em minhas entranhas. - E eu tenho um forte presentimento que as feras seguiram por esse caminho.
- Por que...?
- Ahn, eu...
Nem mesmo eu tinha uma resposta plausível para aquela pergunta direta, pois meu discernimento consistia-se apenas em um tenro sussuro interior afirmando que esse era o lugar certo, embora eu não soubesse o porquê. De qualquer forma, quase em transe, dei um passo para frente e abri a porta de manutenção com um chute. Do outro lado da área, havia um armário de vassouras presente. Kevin arquejou em protesto, possivelmente indignado com a magnitude da porta. Eu também certamente estaria um pouco irritado com tal desfecho final se não estivesse ocupado demaos murmurando algumas palavras estranhas e fazendo o cenário do pequeno armázem tremular como uma imagem refletida na água.
Então o espaço desapareceu, revelando algo que não deveria estar ali.
- Magnus - Chamou Kevin, alarmado - O que é isso?
Eu olhei para frente e meu coração quase parou. O espaço entre as duas colunas da entrada do armário eram agora um túnel vertical escuro e sombrio, transparecendo a sensação de eu estar encarando o funil de uma enorme ampulheta de um garoto gótico. Aquilo estava me arrastando, me puxando com uma gravidade mágica e se assemelhando com um imã magnético de proporções épicas.
- É um portal - Eu revelei, extasiado com dimensionabilidade do vórtice. - Como é...
- Eu não vou entrar aí. - Interrompeu Kevin, firmando o pé esquerdo com força no chão, antes que um berro de raiva que só podia ser da Diretora Ermerlinda (ou de um rato agonizando) chamou sua atenção.
- ELES FORAM POR ALI! APRESSEM-SE, SEUS IDIOTAS!!!
Passos ecoaram pelo corredor. Nós tinhamos no mínimo poucos segundos para tentarmos a sorte e não sermos pegos.
Vocês precisam escolher, reverberou a voz dentro de meus pensamentos. Rápido, antes que seja tarde demais.
- O portal! - Alertei meu amigo. - Kevin, venha! Parece que ele está fechando!
Ele logo percebeu que eu estava certo. O túnel sombrio parecia estar se movendo mais devagar. Nossos corpos não estavam mais tão inclinados em contato com a atração enervante.
- A nossa única saída está se fechando! Vamos!
Eu não podia acreditar que estava mesmo disposto a pular em uma parede de escuridão rodopiante como líquido escuro em um liquidificador, mas por algum motivo insano, meu senso de orientação interno disparava loucamente diante do vortíce. As feras haviam mencionando sobre o tempo estar acabando. As peças de um quebra-cabeça confuso finalmente se revelar para um mosaico nada racional. Já Kevin não parecia estar em um estado de espírito positivo quanto a atravessar um cone afunilado em trevas. Seus gestos corporais revelavam determinação, mas seus olhos transpareciam o travar de combate interior também.
Nesse momento, a Diretora Ermerlinda e seus subordinados surgiram no corredor, com sangue nos olhos (e com ovos também). Eles sorriram, como se percebessem que estavamos cercados, comprovadamente não enxergando o círculo escuro maligno à nossas costas. Extamente com o mesmo véu de invisibilidade aparente das feras brilhantes.
A Diretora sorriu perversamente e veio lentamente em nossa direção:
- Vocês estam cercados. Acabou, seu moleques! Agora, VOCÊS VÃO...
- Kevin Stone, AGORA! VAMOS! - Gritei para meu companheiro.
- Talvez você esteja certo - Disse ele, arfando. - Ok, estou indo! Espere por mim!
- NÃO HÁ PARA ONDE IR!!! - Urrou a Diretora Ermerlinda, agora correndo com o megafone na mão, com os seus supervisores de apoio.
Kevin se virou no último segundo, mergulhando junto comigo direto para dentro do rodopiante vórtice.

Sociedade dos Cinco e a Jornada pela CidadelaOnde histórias criam vida. Descubra agora