Capítulo 22 - De volta ao trabalho

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Notas iniciais do capítulo:

Luanitas, Murinitas, Murilo Requeno... Todo mundo de volta nesse capítulo!Aproveitem!

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Acordar no dia seguinte foi um tremendo sacrifício. Eu e o Luan tínhamos voltado da nossa "escapadinha" super tarde (ou cedo, dependendo do ponto de vista). E justo quando eu estava na melhor parte do meu "soninho" a Bruna começou a bater na porta do quarto para me acordar.

- Bom dia, Anita Bonita! - Que jeito meigo da minha cunhada me chamar, não? - Vamos acordar? O dia está lindo lá fora e o 'seu' Amarildo que nos levar para pescar! - Era incrível a disposição dela aquela hora da manhã.

- Ah Bruna... Só mais cinco minutinhos, vai... - Eu mal conseguia abrir meus olhos.

- Nem pensar. É agora de manhãzinha que a gente consegue pegar os melhores peixes. Vamos menina, acorda!

Fui vencida pela insistência da Bruna. Menos de dez minutos depois eu já estava acordada me arrumando para ir pescar. Quase liguei para a Rafa para saber qual tipo de roupa se usava em uma pescaria. Mas se eu a acordasse cedo daquele jeito ela me mataria. O jeito foi improvisar uma calça jeans e uma regata.

- Estou vendo que o Luan fez o tão esperado pedido - A Bruna disse apontando para o anel no meu dedo. Imediatamente senti meu rosto ficar vermelho como um pimentão. - Falei que ele iria resolver o seu problema, não falei? - Eu estava tão sem graça que só consegui concordar com a cabeça.

- Vem futura senhora Santana, que todo mundo já está esperando para tomar café - Ela desconversou, enquanto me puxava em direção à cozinha.

Se parecia que eu não tinha dormido quase nada durante a noite, isso não era nada perto da cara de sono do Luan. O menino estava com umas olheiras imensas. Coitado, iria precisar de umas boas horas de sono para compensar nossa escapada de ontem!


***

Após o desjejum seguimos todos para o rio pescar. 'Seu' Amarildo escolheu um ponto que, segundo ele, era "bom de peixe". Todos pegaram as varas, separamos as iscas e começamos a pescaria.

Definitivamente, aquilo não era para mim. Eu não conseguia parar quieta um instante sequer, ficava me mexendo sem parar. Quando finalmente consegui me controlar, meu celular começou a tocar, justo quando todo mundo estava no mais completo silêncio, completamente concentrados em suas varas.

Mas, foi quando os mosquitos começaram a me atacar e eu comecei a ficar toda "empipocada", que eu realmente desisti de tentar pescar alguma coisa.

- Mais um item para a lista que prova que você é uma verdadeira granfina - O Luan disse enquanto pegávamos o caminho de volta para casa - Ser alérgica a insetos.

Nem respondi o comentário. No fundo eu estava coberta de vergonha. Paguei o maior mico naquela pescaria. Por sorte, a dona Marizete tinha guardado em casa uma pomada ótima para picada de mosquito. Em menos de meia hora minha pele já estava praticamente normal.

A Bruna e o 'seu' Amarildo tinham ficado pescando, mas, mesmo recuperada das picadas, achei melhor permanecer por ali mesmo na casa. Já tinha atrapalhado demais os dois.

O resto do dia seguiu tranqüilo. O Luan me ensinou a tocar algumas das suas músicas no violão, e a noite rolou um churrasco na beira da piscina. Um grupo de violeiros que morava ali perto também participou da festa. O Luan se juntou ao grupo, e eles improvisaram umas "modas" de sertanejo raiz para animar à noite.

E depois do final da festa, quando todo mundo já tinha se deitado, o Luan aproveitou para pular a janela do meu quarto para ficarmos juntos. Afinal de contas, a gente demorava tanto para se encontrar que não poderíamos desperdiçar uma oportunidade como aquela...

A Granfina e o CaipiraOnde histórias criam vida. Descubra agora