Quarta temporada, capítulo 16 - A Trupe unida de novo! #SQN

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Notas iniciais: Eu demorei para postar, né?! Eu sei, eu sei...

Eu juro que vou parar com isso, ok?! Por favor, não me matem!

Cap tá caprichado! E ó, esse é o só o começo!

Aproveitem!

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Ponto de vista do Luan – Equipe dos Entocados

Eu estava no Bicuço, voando de volta para casa. No meu iPod tocava o som da banda Nickelback e eu "viajava" em meu próprio mundo, me deixando guiar pelos meus pensamentos, nem ligando para o restante da minha equipe que estava ali comigo.

Todos eles estranharam o fato de eu ter passado todos aqueles dias calado. Até disfarcei quando ouvi o Gutão e o Well de "fofoquinha" na van quando estávamos a caminho de um show. Eles achavam que eu estava chateado por conta da declaração que a Anita dera na saída da festa da Rafa. Ri sozinho na minha poltrona. Ahh, como eles estavam enganados! Eu e a Ní estávamos fazendo todo mundo de bobo direitinho... A minha vontade era de virar para os dois e gritar "Rá! Pegadinha do malandro".

A verdade é que eu não poderia estar mais feliz. Eu e a minha Granfina estávamos bem e havíamos conseguido conversar sobre a nossa filha, colocando tudo em "pratos limpos" de uma vez. Percebi que fui um completo idiota com a minha esposa. A Anita precisou enfrentar uma barra sozinha por causa da minha bobeira de não confiar que ela seria capaz de cuidar da nossa filha. Além disso, por várias vezes ela tentou se abrir comigo, procurar apoio em mim; e eu, por causa do meu ciúme do Pato, só fiz brigar com ela. Mas agora eu já havia me decidido: Eu nunca mais deixaria a minha esposa e filha sozinhas. Era o meu dever ficar ao lado delas, e nada me deixaria mais feliz do que poder ajudá-las e protegê-las.

Não era a primeira vez que eu e a Ní cometíamos aquele erro, o de não escutarmos um ao outro e nos precipitarmos ao tomar uma decisão. Mas só o que importava era que nós sempre nos acertávamos e que no fim das contas e tudo sempre ficava bem. E graças a Deus que tudo acaba se resolvendo entre nós, porque eu sabia que muita coisa ainda viria pela frente... Aquele "lance" de fingirmos que estávamos brigados ainda ia render muito... Sem falar que precisávamos pensar com carinho em como íamos contar para todos sobre a Nicole. O assunto era delicado, e eu não queria que ninguém rejeitasse a minha filha. A Anita não suportaria uma coisa daquelas...

Mudei a faixa e uma música mais tranquila começou a tocar através dos meus fones. Fechei os olhos e pensei na Nicole, o motivo pelo qual eu andava tão calado naqueles últimos dias. Era claro que eu não esperava por aquilo. Que Deus me perdoe, mas acho que todas as pessoas desse mundo sempre sonhavam em ter filhos perfeitos, saudáveis, "normais"... Bom, pelo menos o que nós acreditamos ser "normal". Por isso, quando a Ní me contou, foi como se alguém tivesse me tirado o chão. Naquela noite foi como se tivessem colocado à prova todo o meu amor pela Anita e pela Nicole. Foi como se tivessem pegado tudo o que eu acreditava ser certo e virado do avesso. Na hora fiquei baqueado, mas a conversa com a Anita serviu para acalmar o meu coração. Ainda sim tudo ainda estava confuso para mim.

Demorou um pouco, mas eu consegui colocar a minha cabeça no lugar e entender que a Nicole era mesmo um verdadeiro presente de Deus. A minha "ficha" só caiu mesmo quando em um dos shows que eu fizera durante aquela semana, uma mãe levou a sua filha cadeirante para me ver no camarim. Ela me disse que a menina era muito minha fã e que ouvir a minha voz a ajudava no seu tratamento. E por isso elas haviam saído da sua cidade, gastado com três conduções e passado o dia inteiro na fila. Tudo isso para realizar um desejo da menina...

Fiquei imaginando o esforço daquela mulher que enfrentou tudo aquilo sozinha apenas para ver o sorriso da filha e então compreendi: O amor entre pais e filhos era infinito. E a partir do momento que você se torna pai é como se o seu centro de gravidade passasse a ser aquele pequeno ser. Tudo agora passaria a girar ao redor da minha Nicole. E para mim não me importava como ela seria... Bastava apenas que ela viesse, e que eu pudesse segurá-la no colo e ter a certeza que era o fruto de um amor muito puro e bonito que já havia vencido muitas barreiras e que era capaz de transformar a minha vida. Eu não sabia como seria nada dali para frente. Não tinha certeza se seria um bom pai, ou se era capaz de cuidar de uma criança tão especial como ela. Tudo o que eu tinha certeza é que ela seria amada!

A Granfina e o CaipiraOnde histórias criam vida. Descubra agora