Capítulo 25 - Portas abertas

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Notas iniciais do capítulo:

Hey pessoas!

O capítulo está muito bacana hoje.

Deixei no final um certo tom de mistério, tipo, o que vai acontecer depois? kkk

Aproveitem!

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Antes de sair, peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Caio.

"Reunião no quarto do Murilo. AGORA!"

Esperei que a confirmação de entrega chegasse, e depois recoloquei o aparelho no meu bolso.

– Any, você tem certeza do que você está fazendo? Você não acha melhor conversar com o Luan primeiro? – A Rafa me perguntou enquanto caminhávamos. O quarto do Murilo ficava no andar de baixo, por isso acabamos indo de escada mesmo.

– E eu vou falar o quê, Rafa? Olha, desculpa, mas eu tenho um contrato milionário com o pessoal desse filme. E para ter filme eu preciso ficar de bem com o Murilo. Então, me perdoe, mas não podemos namorar agora? – Falei em tom irônico.

– Acho que você não precisa ser tão radical. Bastava apenas que vocês tentassem manter o relacionamento de vocês de uma maneira mais discreta. – Ela tentou consertar.

– Mas Rafa, como eu poderia namorar uma pessoa e ter que posar para fotos e para os repórteres ao lado de outra? O pessoal do estúdio foi bem claro. Abaixo às Luanitas e vida longa às Murinitas – Engrossei a voz e bati continência imitando o gesto que os soldados fazem quando estão em treinamento - Como eu poderia propor ao

Luan que ficasse ao meu lado enquanto eu ajudo a promover a carreira de outro?

– Eu sei que é uma questão delicada. Mas eu ainda acho que você deveria, ao menos, tentar falar com ele. Imagina como o Lú reagirá quando receber aquela carta? – Eu não queria imaginar aquela cena.

Chegamos ao quarto do Murilo. Batemos na porta e rapidamente ele a abriu para que entrássemos. A Pirigueti Dias já estava lá nos esperando. Segundo depois da nossa chegada, o Caio se juntou a nós.

Todos nós entramos no cômodo e nos acomodamos. Os nossos quartos, os melhores do hotel, contavam com uma espécie de sala de estar com poltronas, mesinha de centro e saída para a sacada. O Caio e a Lú Dias sentaram-se um ao lado do outro em um sofá de costas para a porta. O Murilo encostou-se no beiral da saída para a sacada, assumindo o papel de apenas um espectador. Eu me sentei na poltrona em frente ao meu irmão. A Rafa ficou em pé, atrás de mim, como se estivesse pronta para me defender. Olhei bem fundo nos olhos daqueles "traíras". Minha vontade era de matar os dois.

– Bom, eu serei breve. Não tenho tempo a perder, principalmente depois da confusão que você criou, não é Luana?

– Quem criou confusão foi você. Quem mandou cantar uma música com o Luan, se achando a "bonitona do pedaço"? – A pirigueti se defendeu.

– Certo, eu comecei a confusão, mas você fez questão de colocar mais lenha na fogueira... – Ela riu. O Caio apenas me olhava sério, sem abrir a boca para nada.

– Mas, fiquem tranqüilos. Eu comecei esse problema todo e eu vou resolvê-lo. Vocês ainda não sabem, mas eu já tomei a minha decisão. Eu vou ficar no filme, e o Murilo também vai – Eu olhei rapidamente para trás para ver a reação dele. Ele estava quieto, apenas prestando atenção no que eu dizia.

– Amanhã, logo pela manhã, a Rafa irá procurar os executivos do estúdio e comunicá-los que estamos dispostos a colaborar para que as gravações do filme continuem sem mais nenhum problema. – Olhei para a Rafa. Ela ainda não sabia daquela missão que eu tinha acabado de destinar a ela, mas não disse nada, apenas confirmou com a cabeça.

A Granfina e o CaipiraOnde histórias criam vida. Descubra agora