Eles já haviam trocado o dinheiro no banco; Lily não entendeu muito como funcionavam os equivalentes, mas seu amigo Snape pareceu entender perfeitamente, ele era ótimo em matemática.
Não tinham muito dinheiro, mas era o bastante para livros de segunda mão, um caldeirão semi-novo, uma varinha e uniformes novos em folha; tudo o que precisavam para a nova escola. Lily fingia não se importar muito com roupas novas, mas na verdade era porque a mesma não queria incomodar seus pais com isso; normalmente, ela usava roupas herdadas de sua irmã mais velha, ou então compradas em brechós. Mas dessa vez não havia motivo algum para esconder sua felicidade, visto que até mesmo seu melhor amigo super mal-humorado estava agora animadíssimo com a notícia de ter vestes com tecido chique feitas sob medida para ele; Hagrid guiou as duas crianças até oque parecia ser uma butique, os dois entraram- Hagrid, devido a seu tamanho, nao pôde acompanhá-los- e logo foram recepcionados por uma senhora muito gentil, de cabelos loiro mel em um coque bagunçado, preso apenas por um lápis:- Mais crianças! Isso é uma maravilha! Eu sou a Madame Malkins, primeiro ano de Hogwarts, certo? Por gentileza peço que se sentem ali, estou terminando as medidas de uma garota e logo atendo vocês. Se importa se o menino for primeiro? Apenas para eu não confundir minhas anotações?- a senhora diz olhando para mim com um olhar maternal, mas que ao mesmo tempo parecia analisar cada detalhe em mim.
- Tudo bem- falo rindo um pouco- eu posso esperar o quanto for preciso.
- Menina compreensiva!- ela pega Snape pela mão; o garoto agora voltou a sua habitual expressão incomodada enquanto Lily vai para onde a mulher indicou.
Uma garota com várias sacolas tinha acabado de sair da sala na qual Madame Malkin e Severus acabavam de entrar, ela se sentou ao lado de Lily e logo começou a falar:
- Eu estou tão animada! Não vejo a hora de chegar dia primeiro e ver tudo o que meu pai falou! Eu estou tão ansiosa que poderia gritar agora mesmo. Acho que isso seria corajoso, eu tenho quase certeza que vou para a Grifinoria, e você?- a garota era animada, ela usava roupas da moda, seu cabelo preto era cacheado e volumoso, em um corte em camadas, sua pele era morena bronzeada e lisa, sem marquinhas ou até mesmo espinhas, seu sorriso era perfeito; ela parecia ser uma das garotas bonitas da escola de Lily, uma das garotas que Lily sempre quis ser.
- Também estou animada...- Lily respondeu baixinho- eu não sei para onde vou, eu deveria saber? E... o que é Grifinoria?- perguntou confusa e um tanto envergonhada
- Oh desculpe! Você deve ser nascida trouxa- a menina respondeu com naturalidade, como se chamar alguém que nem conhece de trouxa fosse normal.
- O que disse? Por que me chamou de trouxa?!- Lily se sentiu ofendida, já havia sido chamada assim antes, mas aquela garota parecia legal, será q estava enganada?
- Ah meu Deus desculpe de novo! Vamos começar dessa vez com o pé direito. Eu sou Mary Mcdonald, sem piadas por favor, sou uma bruxa mestiça, minha família por parte de mãe é trouxa. Isso quer dizer que eles são "Não-mágicos".- ela começou a explicar, parecia entender do assunto, Lily estava curiosa para saber mais.
- E o que é "nascida trouxa"?- perguntou a ruiva
- É uma pessoa que nasce em família não-mágica, presumi que fosse uma já que não sabe o que é Grifinoria; Hogwarts é dividida em quatro casas: Grifinoria, Lufa Lufa, Corvinal e Sonserina. Meu pai era Lufa Lufa, meu avô era Corvinal e minha avó era Grifinoria; eu espero ser de lá assim como ela. Nunca houve registro de um Mcdonald na Sonserina.
- Ah, é como uma fraternidade de universidade, certo?
- Exato! Essa é a maneira mais simples de explicar, poderia ter dito isso antes e seria muito mais fácil, mas você parece aprender rápido, tem cara de Corvinal, se bem que é ruiva- Lily faz uma cara de desgosto, mas Mary parece nem notar- ia combinar com o uniforme verde esmeralda da sonserina.
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Mexeu com uma, mexeu com todas! (Juro solenemente não fazer nada de bom)
FanficNaquela madrugada, Lily desceu as escadas rápidamente, assustada, a garota havia sido acordada por barulhos de coruja na janela. Seguida de seus pais e de sua irmã mais velha, a pequena ruiva de apenas onze anos arregaçou as mangas do pijama e abriu...