Quando ouvirei os sons do meu próprio eco?
quando dançarei com as sombras que rompem através da parede?
quando verei o meu reflexo no rio
e me afogarei na tentativa de beijá-lo
perdida na névoa de uma paixão descabida?
narcísicaTalvez um dia
eu encontre esse reflexo no espelho
e, ao cumprimentá-lo
me corte com o brilho dos seus cacos de vidro
para mim parecerão diamantesSerá que, numa manhã de domingo qualquer
encontrarei meu elo com esse mundo perdido?
onde estará, no lado de fora
a chama que queima e arde igual a que mora do lado de dentro?
onde estará, no lado de fora
o coração que bate no mesmo compasso do que bate aqui dentro?Sigo, à espera de mim mesma
na pele de outro alguém
com iguais dúvidas
e gêmeas certezas
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Pequenas Tempestades
PoesiaAqui dentro a tempestade é diferente. A chuva que cai em mim não é feita de água, são gotas de calmaria e de caos. Dilúvio de poesia.