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LIVIA'S POINT OF VIEW

Passaram-se três dias desde a minha conversa com dona Helena.

Parece que aqueles poucos minutos de diálogo com ela foi o que foi necessário para que eu mudasse de posição.

Faziam-se três dias que não falava com Téo e que não saía de casa.

Tentei dedicar estes momentos para Jesus, e têm sido muito bom.

Ficar aqui para sempre, sem problemas e um mundo para enfrentar seria muito bom. Mas infelizmente não posso fazer isso.

Preciso aprender a ENCARAR. Mas o mais legal é que não preciso encarar minhas dificuldades sozinha, mas com Jesus me sustentando.

Como eu imaginava, minha mãe exigiu explicações do motivo pelo qual eu saí chorando do CEC e, principalmente, o porquê eu estava com um curativo na testa.

Que inclusive ela disse ter sido muito bem feito, e pediu perdão por não estar lá para fazê-lo para mim.

Mas eu não estava brava com ela. Por que eu estaria? Fiquei feliz por ter tido a oportunidade de dizer o quão tinha sido grata a Alex pelo que foi feito por mim.

Inclusive, o corte estava cicatrizando e minha mãe fazia questão de trocar e higienizar meu machucado todos os dias.

Fui sincera com ela. Afirmei que eu estava confusa e precisava de tempo para pensar no que fazer com relação ao meu relacionamento com Téo.

Não especifiquei o que aconteceu naquele dia, e mamãe nem pediu para eu o fazer, o que fui muito grata a Deus.

Mas esse tempo refletindo e pensando foi o suficiente para fundamentar minha decisão.

Estava doendo, mas tinha quase certeza que eu precisava terminar com ele.

Durante esses três dias pedi para Jesus direcionar-me para tomar a decisão certa.

Foi muito difícil, mas antes de pensar no que eu sinto, devo preocupar-me com o que Deus pensa e sente com relação a minha situação atual.

Refleti: não acho que seja da vontade de Deus que eu me relacione com alguém que não tem nem um pouco de temor a Ele.
Tenho CERTEZA que Deus não quer que eu dependa minha felicidade no meu namoro.

E se fosse algo de Deus, por que me traria insegurança?

Além do mais, a vontade de Deus é bem melhor do que a minha, uma vez que Ele vê meu amanhã e eu não.

Foram nesses pontos que tive a oportunidade de refletir durante este período.

— Estão prontas?— questionou minha mãe na sala de estar.

Estavam eu, Ellen e Karen nos preparando para irmos à Igreja.

Ficava entusiasmada em ajudar minha irmã caçula a escolher seu look!

No entanto, sentia-me mal ao ver o desinteresse de Karen. Mas creio que um dia, em nome de Jesus, ela estará me ajudando a arrumar nossa irmãzinha mais nova.

— Já vai!— gritei, enquanto procurava duas opções de calçado para Ellen.— qual você prefere?— questionei, dirigindo-me à pequena.

— Essa.— afirmou, apontando para sua sapatilha preta, que tinha um lacre ligando os dois lados, fazendo com que ficasse mais preso aos pés.

— Pronto! Está uma princesa.— falei sentindo-me alegre ao ver o entusiasmo da minha pequenina. Assim que olhei para Karen, ela revirou os olhos e saiu do quarto.

Agarrei a mão de Ellen, e a conduzi para sala.

— Uau, que lindas essas minhas filhas!— mamãe disse, abraçando Karen de lado.

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