fifteen

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ALEX'S POINT OF VIEW

Enquanto andávamos em direção ao CEC, Livia parecia ter um olhar completamente diferente para as coisas depois do momento que ela teve com Deus. E isso me deixava EXTREMAMENTE feliz.

Ela se sentia aparentemente bem, e bom, eu também.

Simplesmente passou a reparar em cada detalhe dos pequenos arbustos na praça e comentou um pouco da beleza de cada um deles, e isso fez-me rir.

Percebi que estávamos cada vez mais perto do CEC, então diminui os passos, deixando ela andar na frente.

— Não importa o que eu disse.— começou Livia, e fez um gesto para que eu a acompanhasse.— Sei que eu não traí ninguém, e não posso fingir que simplesmente você é um estranho para mim, porque você não é.— dizia, enquanto andávamos.— Não tenho nada a esconder.

Acho que ela estava tentando reafirmar o que ela já havia dito, para que tivesse mais certeza. Não comentei nada.

Voltamos a caminhar em silêncio, fora os momentos que Livia parava para comentar sobre os passarinhos cantantes que víamos pelo caminho. O clima definitivamente estava agradável.

Mas, assim que ficamos de frente para o CEC, parece que seus pés travaram no chão. Ela olhou em volta, e reparou na quantidade de adolescentes que adentravam fardados no centro esportivo e depois olhou para baixo.

Gaspar respirou fundo ao meu lado, e finalmente quebrou o silêncio.

— Vamos entrar.

Percebi que ela comprimiu os lábios e levantou a cabeça, finalmente desgrudando seus pés no chão e locomovendo-se rapidamente em direção à entrada.
Apertei os passos para alcançá-la.

Quanto mais nos aproximávamos da quadra, mais alto ficava os diversos burburinhos dos adolescentes conversando, rindo e correndo. Amo este lugar

Logo chegamos na frente da porta que dividia a lanchonete da quadra de futsal, basquete e queimada.

Novamente, notei seus ombros subirem e descerem por um longo intervalo de tempo e rapidamente empurrou a porta, dando-nos a vista completa do lugar.

Assim que adentramos, os olhares ficaram fixos em nós. E, como sempre, as turmas estavam em lados opostos: torre de um lado, e vila do outro.

Notei os olhos de Livia passearem ansiosamente por toda a quadra, quando finalmente parou em um ponto fixo. A segui com o olhar, e logo vi o que, ou melhor, quem ela encarava: Téo.

O moreno a encarava com uma expressão raivosa, e isso a fez estremecer um pouco.

— Fique tranquila, vá com seus amigos. Qualquer coisa, estou aqui, certo?— cochichei perto dela, e assim que notei sua cabeça balançar positivamente, afastei-me, e fui para a direção do meu time, e Livia para o seu.

— E aí, Alex, tranquilo?— Romeu apertou minha mão com um toque assim que me aproximei.

— Graças a Deus, sim. E você, cara?

— Umas coisas estão acontecendo, sabe?— acho que entendi o que ele quis dizer, ao indicar Julieta com a cabeça, logo atrás de mim, de forma discreta.

— Acho que entendi.— disse, com um sorrisinho e ele fez o mesmo, fazendo nossa roda de amigos ficar confusa.

— Mudando de assunto, o Téo está mais estressado hoje, notaram?— questionou Karen, rapidamente tentando mudar de assunto.

— Total. Ele e a namoradinha dele não estão se falando?— continuou Rosalina, dando uma risada sarcástica, e, de certa forma isso me incomodou.

— Por que não perguntamos para o Alex? Ele deve saber, já que não para de andar com a minha irmã.— Karen lançou no ar, de forma desafiadora.

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