fourteen

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ALEX'S POINT OF VIEW

Eu e Livia andávamos em silêncio, em um clima reconfortante e agradável.

Não sabia o que responder, acho que muito menos ela, então optamos por permanecer em silêncio, enquanto caminhávamos lado a lado para o CEC.

Não sei quando foi que sua expressão retornou a estar preocupada, mas quando olhei novamente para seu semblante, ela mordia os lábios e parecia respirar fundo.

— O que foi? Está tudo bem com você?— questionei.

— E se Téo estiver lá, nos vir chegar juntos e pensar alguma coisa? Porque ele colocou na cabeça que eu terminei com ele por causa de você, e eu não queria que ele pensasse isso, porque não é verdad...— ela praticamente cuspiu as palavras, como se estivessem há um bom tempo todo entaladas na sua garganta.

— Livia, você sabe que não foi isso. Vocês se preocupa demais! Não importa o que ele pense, você sabe a verdade.— fiz uma pausa, logo após eu praticamente a ter interrompido.— Mas, caso você queira, eu posso entrar depois. Não tem problema.

Ela pareceu parar para pensar um pouco, mas logo voltou seus olhos para mim e respondeu:

— Ah... obrigada. Pode ser assim, então.

— Hmm... certo.

Um longo silêncio se estendeu por um tempo, e isso de certa forma me incomodava um pouco, diferentemente dos primeiros minutos sem falar.
Ela parecia incomodada, retraída, e seus dedos não paravam de mexer, ora ela mexia nas suas pulseiras, nos fios do seu cabelo, no pingente em que carregava...

Ok, com certeza ela estava começando a ter outra crise.

Eu parei de andar, e logo em seguida ela também, ao perceber que eu não acompanhava mais seus passos.

— Por que parou de andar? Só diminuir os passos quando estivermos nos aproximando do centro esportivo.— perguntou Livia, caminhando na minha direção. Enquanto ela se aproximava de mim, notei seus ombros subirem e descerem mais rapidamente que o normal.

Sem pensar duas vezes, segurei suas mãos com o máximo de ternura que consegui passar pra ela.

Suas mãos estavam trêmulas, e de certa forma isso me fez sentir um aperto no coração.

Quando agarrei suas mãos, ela olhou diretamente nos meus olhos, buscando uma explicação para isso, mas quando notou meu olhar nas suas mãos trêmulas, pareceu perceber.

— Livia, ei, não fique assim. Está tudo bem. Não já te falei que farei o que puder para impedir que Téo te trate mal? Lembre-se do que Jesus disse: para cada dia sua própria preocupação. Você está se mutilando por algo que nem aconteceu ainda. Deixe para tentar buscar uma solução quando realmente acontecer. Lembra: "não fiquem ansiosos por coisa alguma."

— E-eu... é tão difícil.— sua voz começou a embargar.— Preciso orar. Somente eu e Jesus. Acho que é isso que eu preciso.

Olhei em volta. Eu sei que ela precisava. Conheço essa sensação. Somente eu e Deus, e mais ninguém.

Meus olhos passearam pelo bairro, em busca de algum local que ela pudesse ir.

A sorveteria. Ela poderia entrar no banheiro, e eu esperava do lado de fora. Parece bom.

— Vamos.— a guiei pela mão, mas mesmo sem entender, não hesitou em nenhum momento.

Apertei os passos para entrar na sorveteria. Tinha uma quantidade consideravelmente grande de pessoas, mas o banheiro estava com uma plaquinha escrita "open".

— Seguinte: você entra no banheiro e fala com Deus o tempo que precisar. Eu fico na porta esperando, sem nenhum problema.— falei, apontando para o banheiro e olhando para ela em seguida.— Caso tenha alguém apertado, eu dou dois toques na porta com o pé. Certo?

Ela não respondeu nada, apenas uma lágrima silenciosa caiu e escorreu pela sua bochecha, e deu-me um sorriso sincero.

Livia correu para o banheiro e virou o chave, e eu me encostei na porta, enquanto observava o movimento e as pessoas ao redor. Famílias felizes, casais aparentemente resolvendo conflitos... enfim.

Virei-me na direção da porta, e notei que ela esqueceu de virar a plaquinha. Troquei pra "closed" e encarei o pedaço de madeira que separava os cômodos.

Pude ouvir alguns soluços, e meu coração se despedaçou. Eu sabia o quão era difícil essa sensação de ansiedade.

A ansiedade é uma doença, que deve ser tratada como tal. Jesus é o remédio que acalma e cura. É um processo difícil e doloroso, mas ter O Espírito Santo do lado é fundamental para a cura desta enfermidade psicológica.

Ansiedade nem sempre é falta de Deus. Mas a fé que depositamos no Pai nos ajuda a melhorar e definitivamente curar.

Sem hesitar encostei minha testa na porta e comecei a interceder por ela. Pedia silenciosamente para que Deus a acalmasse, a ajudasse, desse direção, a guiasse no que ela precisasse, e principalmente: pela paz no coração dela.

Não me importava se estavam me olhando, e no que pensavam, mas o que importa é que Deus estava olhando e sabia o que eu estavam fazendo.

Não sei quanto tempo fiquei assim, pedindo por ela e pela sua situação, mas assim que senti Livia passar a chave na porta, recuei e logo busquei encontrar alguma resposta nos seus olhos.

Ela estava... feliz. Parecia em paz, embora seus olhos estivessem um pouco inchados. Parece ter sido muito bom, porque senti meu coração saltar dentro do peito quando ela pulou no meu pescoço para me abraçar.

— Foi... ótimo. Não sei explicar como estou me sentindo. Estou me sentindo incrivelmente melhor!— Dizia ela, enquanto saia do abraço.— Acho que agora estou pronta para chegar no CEC ao seu lado. Sei da minha situação, e principalmente sei que Deus sabe!

Meu coração acelerou de uma forma inexplicável ao ouvir essas palavras.

— Bem, então limpa essas lágrimas e vamos!

Livia enxugou as lágrimas dando uma risada e disse:

— Vamos!

demorou, mais voltou! Perdão, gente! Voltei pra escola e ficou tudo mais corrido

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demorou, mais voltou! Perdão, gente! Voltei pra escola e ficou tudo mais corrido... fora que essa semana é véspera de semana de provas, e tá me complicando muito!

editei um trailer dessa fanfic pro ig (lilexfilms) , vão lá gente!

ainda não posteiKAHZJAK, mas enfim! o que estão achando?
interajam cmg, pls!🫶🏻

ELEVATOR- lilex.Onde histórias criam vida. Descubra agora