eleven

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ALEX'S POINT OF VIEW

Despertei de um sono pesado com meu irmão Ian chacoalhando meus ombros. Fiz de tudo para não perder a paciência e não brigar com ele.

— Alex, Alex!— dizia ele, enquanto mexia meus ombros cada vez mais rápido.

Percebendo que eu abri meus olhos, ele começou a cessar os berros no meu ouvido e os chacoalhões.

— Por que me acordou, Ian? Já te falei tantas vezes que não gosto que me acorde assim.— falei bufando, tentando ao máximo não gritar com ele e soar o mais calmo possível.

— Desculpa!— Disse meu irmão, inocentemente, enquanto sentava-se ao meu lado. Sentei-me também.— O papai disse que eu só posso ir para o parquinho se você me levar.

— E por que agora?

— Porque combinei de encontrar uma amiga lá. Combinamos de brincar!

— Hm, entendi. Vá indo para a sala que eu já vou, está bem?

— O.k.

Assim que disse isso, vi meu irmão cantarolar algumas notas musicais e sair meio que dando pulinhos do meu quarto. Isso me fez sorrir um pouco.

Assim que levantei da cama, coloquei-me de joelhos na frente dela e fiz uma pequena oração.

"Pai, obrigado por mais este dia de vida. Estou vivo porque permitiste. Por isso, este dia é Teu, assim também como minha vida. Confio em Ti, não tenho porquê sentir medo. Em nome de Jesus, amém."

Fiquei de pé e suspirei. Como esses últimos dias estavam sendo cheios!

Primeiro eu ficar preso com Livia no elevador. Neste dia eu descobri coisas que jamais eu sonhei em saber sobre a vida dela, e percebi o quão vulnerável e emotiva ela era. Além disso, o relacionamento aparentemente tóxico que ela estava. Percebi isso assim que escutei a ligação dela com Teo no elevador.

Desde aquele dia, comecei a colocá-la em minhas orações. Senti uma necessidade grande de interceder por ela.

Depois, o episódio no cec. Foi extremamente desesperador para mim vivenciar aquela situação. A garota sangrando nos meus braços desacordada, como mais eu ficaria?

Mas graças a Deus ela acordou logo. Foi fácil fazer o curativo, porque sou eu quem cuido de todos os machucados do Ian. Então já estou acostumado. Mas o que me intrigou foi o Teo entrando daquele jeito. Ele a tratou simplesmente como uma posse, nem se preocupou em saber se ela estava bem.

Isso me irritou um pouco, e com certeza a Livia também. Tanto que passou uns 3 dias sem aparecer nos treinos, o que foi meio preocupante.

E por fim, nosso pequeno diálogo e o banho de chuva. Confesso que foi bem hilário. Obviamente estava morrendo de frio, mas com certeza não tanto quanto ela. Ter que me desfazer do casaco naquele momento foi difícil, mas ela precisava mais do que eu.

Ontem, eu não pretendia descer de novo. Mas minha avó disse que eu deveria dar um apoio emocional para ela.

Ela quem pediu para eu descer de novo e tentar ajudá-la. E até que foi muito bom.

Fui para o banheiro, fazer minhas necessidades matinais e lavar o rosto, para dar aquela acordada.

Peguei meu tênis branco, separei uma calça confortável marrom e uma camiseta branca.

ELEVATOR- lilex.Onde histórias criam vida. Descubra agora