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ALEX'S POINT OF VIEW

Eu e Ian estávamos almoçando em casa junto com a nossa avó. Nosso pai trabalhava muito, e ele acabava por comer fora na maioria das vezes.

A comida da minha avó era incrível! Ian devorava suas almôndegas e sua macarronava, enquanto de vez em quando bebericava seu suco. Eu o observava feliz e satisfeito, e senti meu coração encher-se de alegria.

Já estava com a roupa do CEC. Estava animado para o treino hoje. Também sentia-me mais leve.

Vovó estava de costas para nós em frente ao balcão, enquanto cuidadosamente colocava um bolo de chocolate cortado em uma vasilinha. Uma delícia!

Dei um último gole no suco de maracujá e acabei a refeição. Saltei da mesa, e minha avó logo se virou para mim:

— Não vai querer bolo, querido?— Questionou minha avó, docilmente.

— Agora não, vó! Estou com pressa. Mais tarde eu como um pedaço, está bem?— Falei, enquanto lavava as mãos no lavabo.

— Ah... certo!

Ela pareceu em dúvida por um instante, mas logo voltou a cortar os pedaços do bolo separadamente e guardar em potes.

Fui para o meu quarto pegar os tênis de esporte, e os calcei de forma meio desajeitada.

Peguei meu telefone, o taquei no bolso e dei uma última checada no espelho.

— Vó, estou indo para o CEC.— falei, enquanto saia do carro, e me dirigia à ela.— Precisa de alguma coisa? Já que vou sair, posso comprar algo para senhora.— ela voltou seus olhos para mim calmamente, e com um sorriso simpático no rosto.

— Não, meu filho. Estou bem, obrigada!— disse ela, acariciando de leve minha bochecha. Eu a olhei com um semblante meio preocupado, por ter que deixá-la aqui em casa e eu sair.— Está tudo bem, meu neto! O Ian me ajuda a andar para os lugares, não é querido?— questionou ela, e vi meu irmão assentir com sua boca melada de chocolate.— Fique tranquilo, ok? Vá com Deus!

— Amém, vó! Fique com Ele também.— Dei um beijo em sua testa, e a abracei.

Quando saí do abraço, fui em direção à porta, dando um tchauzinho no ar para meu irmão, que retribuiu com um sorriso sem mostrar os dentes, com a boca cheia de bolo.

Assim que saí do apartamento e tranquei a porta, vi Livia e Karen saindo juntas com a mãe delas para o CEC. Telma me deu um sorriso amigável, e eu retribuí.

Karen me olhou meio torto, mas eu a cumprimentei meio sem jeito, e ela retribuiu. Já com Livia, eu dei um sorriso sem mostrar os dentes, e ela fez o mesmo. Notei em suas mãos a minha jaqueta, mas por enquanto preferi não dizer nada.

Olhei para o lado da minha nova amiga (é até engraçado pensar assim), e vi Ellen parecendo meio frustrada.

— Ah, boa tarde!— Disse Telma, com um sorriso amigável.

— Boa tarde!— respondi, retribuindo o sorriso.— Não sei se é conveniente perguntar, mas está tudo bem com Ellen?

— Ah, não! Ela está chateado por ter que passar a tarde comigo no CEC, já que Nath saiu com a mãe e eu não quero deixá-la sozinha em casa, sabe?— Falou Telma, colocando as mãos nas costas da filha.

— Ela pode ficar na minha casa, se quiser! Minha avó ama crianças, e acho que a presença dela vai deixar a casa mais viva, sabe? E Ian também vai amar.— Sugeri, e nessa hora notei um sorrisinho brotar no sorriso da Gaspar caçula.

— Deixa, mãe! Por favooooooooooor!— implorou Ellen, enquanto virava-se para a mãe e fazia uma cara de cachorro abandonado. Eu ri.

— Tudo bem. Mas se comporta, está bem?

ELEVATOR- lilex.Onde histórias criam vida. Descubra agora