Vida nova

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Depois de 27 mudanças eu finalmente acho que vou parar em um lugar que seja concreto. Ou pelo menos por seis meses... o que seria meu recorde.
O meu nome é Fox, tenho 15 anos e estou no colégio Soly.
Ótimo! Estamos em maio e eu nunca fui ao colégio. Pra falar a verdade eu nem sabia o nome.
Não conheço ninguém na vizinhança mais percebi que os meus vizinhos da frente são reservados.
O meu pai sumiu e não lembro dele. Moro com minha "família".
O meu padrasto me odeia, mais tudo bem, tenho problemas maiores: meus irmãos. Eles são filhos do meu padrasto e são um porre.
-Adianta gente! Vocês vão se atrasar. -gritou Elcer, meu padrasto idiota.
Meus "irmãos amáveis do meu coração" fizeram o favor de esquecer uma caixa de roupas minhas do lado de fora, na chuva.
-Vamos combinar... você não me conhece! -disse Renata.
Essa baixinha abestalhada acha que me importo com tua presença.
-falô. -eu disse tranquilamente.
Rafael é a sombra da Renata. Os dois tem a mesma idade e nasceram no mesmo dia, porém, são de mães diferentes. Tem que ser muito louca mesmo pra querer o Elcer.
Olhei nas informações do papel e nem foi difícil achar minha sala.
Entrei. Sentei na terceira carteira, primeira fila, contando da porta para a parede.
Depois de uns cinco minutos, a professora entrou na sala.
Ela era baixa e ruiva. Parecia uma modelo adolescente.
-olá! Bom dia, eu sou a professora de literatura, Maria. E você deve ser Fox.
-é. .. sou eu.
-hoje é dia de avaliação. Você também vai participar.
Ótimo! O dia mau começa pra mim e já tenho que ser avaliada?!
Eu respondi. A maioria no famoso "papai do céu", mais ninguém precisa saber né kkk.
Renata e Rafael ficaram em minha sala. Por um lado é ruim porque vou ter que olhar para eles e por outro é bom saber de certos podres que eles fazem... uhaaa!!!
-Quero, primeiramente parabenizar todos os novatos. Fox, Arthur, Alef e Kevin. Parabéns por fecharem a avaliação. -disse a professora com um largo sorriso para mim.
Levantei as sobrancelhas ao ver os olhos de fúria da Renata.
Haa. .. o que posso fazer se é engraçado.
Levantei-me e peguei a folha.
-Parabéns Fox. -disse Arthur com sua voz de veludo e sorrindo lindamente para mim.
Coração acelerado!
Minha nossa que ser!
Respondi tão baixo que nem tive certeza se falei. Mais acho que falei.
Mais acho que foi "obrigada".
-você mereceu. -disse ele se afastando... que ouvido!
Ainda bem que não disse outra coisa do tipo "delícia!" ou "você é feito de carne e osso ou foi desenhado?"
Fiquei, discretamente olhando para Renata e rindo só.
Tinha uma menina do meu lado. Morena como eu. Mais linda. Olhos castanhos mel cabelão ondulado.
Não prestei atenção nos meus professores. Um pouco no de matemática.
Apesar da matéria, o professor era bem interessante.
Intervalo! Finalmente... será?!
Acompanhei as pessoas pelo corredor.
Ele estava lá.
Arthur. Arthur. Até o nome dele soa bem. A voz. O físico também aparenta ser interessante.
Que sensação esquisita... parece boa.
Ele ne deu pequenas olhadelas mais nada de mais.
Enfim, fui parar no refeitório.
Lá estavam eles. Conversando e rindo. Peguei um lanche e sentei-me na mesa do fundão.
Talvez ninguém me enxergasse.
Pra variar.
O lanche era algumas frutas e iogurte.
-Eles são lindos né?! (aff) fala algo!. Há! Eu sou Emilly, se precisar de algo, me chama!- Disse uma garota me devorando com as palavras!
Ela chegou tão sorrateira e explosiva que eu não consegui entender quase nada. Mais a voz dela era irritante!
-"preciso ficar em paz"! - Sussurrei.
-Como?
Ela perguntou tão sorridente que parecia estar ganhando na mega-sena.
-Nada! Esquece!
-Eu pegaria o Kevin, e você?
Pera aí, o que?!
-"Pegaria"?
-É! , vai me dizer que você não sabe o que é isso!
Ela fez uma cara de bunda tão irritante que afz. ..
-Não! , claro que eu sei, só que... Esquece.
-Tá! Você é estranha! Fala menina!
Não é a primeira a me chamar de estranha, mais parece que já está virando pessoal.
-Estou falando!
-Como?
-Minha boca está mexendo e as palavras estão saindo.
Minha ironia é tão adorada por mim.
Ela ficou me olhando por uns segundos... talvez imaginando se eu tinha algum problema.
Mais é que eram todos tão fofos. Educação de mais parece falsidade.
-Tchau.
-Bye.
Até que fim!
Eu sei, sou terrível mais... fala sério.
Ela era parda, alta, olhos pretos e tinha um piercing no nariz. O que era bem legal.
Não gostava dela ainda assim.

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