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-Quem são? -Alef perguntou ao lado de Arthur.


-Estão conosco.


-O quê? Porque?


-Por que eu to falando.


-Conhece elas?-perguntou Kevin.


-Não muito.


-O quê?-perguntou Alef se virando para mim.


-Se você pode eu também posso.


-É diferente. -disse Emy.


-VAI.A.MERDA.!


Sorri e saí do carro.


Não me importo se eles entendiam.


Elas iam!


A mais velha não parecia contente.


A baixinha veio e me abraçou.


Todos saíram do carro.


Era engraçado eu não saber o nome delas.


-Fox.-disse a garotinha.


-Eu.-sorri.


-Essa é minha irmã Susy e eu sou Susany.


-Ok.


Pronto! Um problema resolvido.


Não graças a mim.


Susy não parecia com a baixinha... só o tom de pele mesmo.


-Para onde vamos? -a baixinha parecia determinada.


-"Vamos"?! -a voz de enojada de Emy me fazia querer esgana-la.


-E estão. Eu me chamo Agatha.-Agatha me confundia por segundo.


Eu não sabia mais se ela estava do meu lado. Não sabia mais de nada.


-Você é linda. Qual sua idade? -perguntou Leandra.


-Nove.


-E sua irmã? -Kevin perguntou empolgado.


Dessa vez não me encomendei.


Estranho...


-Dezenove. Ela não fala muito. -explicou Susany.


Ótimo. Menos uma para ficar falando.


-Tudo bem Susy? -Kevin quis ser educado.


Susany balançou a cabeça em negação.


-Talvez.


-Como talvez?


-Olha só, Kevin... eu não quero ser grosseira com você. Então não enche! -a resposta de Susy foi o suficiente para entrarmos no carro.


Vi o rosto de Kevin. Ele parecia chateado e frustrado.


Acho que no fundo gostei um pouco.


As meninas nos acompanharam com sua moto.


Emy me secava.


Eu tentava frustrar minha raiva mais em certo momento não estava dando mais certo.


Eu não sentia vontade de ir no banheiro, o que era sinistro a cada momento.


A noite cria novamente.


O mundo luz ainda não tinha tanta luz e isso me deixava preocupada.


Acampados novamente e pude ver Kevin abastecendo o carro. Não parecia gasolina. Não tinha nem cheiro.


Apesar de tantos conflitos tão rápidos... Arthur me preocupava.


Ele e eu.


Eu e ele.


Nós.


Talvez foi só uma ilusão passageira e dolorosa.


Talvez seja mais fácil quando acharmos o que estamos procurando.


A solução para mim e Isabelle.


O mundo.


Meu pai.


A conversa fluía.


Até Susy se soltou um pouco mais.


Permaneci calada.


"O QUE SERÁ QUE DOERÁ MAIS FOX. MATAR VOCÊ NA FRENTE DELES OU ELES NA SUA FRENTE? OU QUANDO EMY PEGAR TODOS? ELES NÃO ENXERGAM O QUE ENXERGAMOS." -Emy não menina esforços para falar em minha mente.


-Fox, tudo bem? -perguntou Agatha.


-Estou. -falei.


A imagem de Arthur sofrendo quando o toquei veio em minha mente.


Senti algo escorrer pelo meu rosto.


Lágrimas.


As enxuguei o mais rápido. Saí de lá.


Percebi os olhos alegres de Emy.


Logo notei Arthur me seguindo.


Ótimo! Mais dr.


-Fox, espera! -ele puxou meu braço.


Virei.


-O que quer?


-...Fox...


-Não! Nem fala nada. Porquê não volta para lá? Eles são importantes ne?!


-Quando fala "eles", se refere a Emy. Você não está sendo justa comigo.


-"Justa"?!


-É. E só para você saber... eu amo você. Só você.


-Sei...


-Olha Fox. Eu sei que está tudo uma confusão mais... a Emy é importante para...


-Você?


-Eu ia dizer Alef.


-Por que veio atrás de mim?

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