Não nos comunicamos nas aulas, nem no intervalo e nem na escola.
Apesar de eu ter muitas perguntas.
Foi difícil não olhar para eles, tinha algo errado, por que eu me sentia protegida e com medo ao mesmo tempo?
Sim! Eu sentia algo muito forte por eles, acontece que eram três! Quem se apaixona por três?!
Talvez não fosse paixão, apenas atração.
Enfim, seria mais fácil se eu já estivesse me apaixonado por algo que não fosse minha cama.
Quando cheguei em casa percebi que estavam me observando...
-Nos vemos amanhã? –Arthur falou puxando-me junto a ele e segurando a minha cintura... “Não tem como esconder, eu o amo”, eu pensei e automaticamente liberei um sorriso.
-Pode ser–Eu disse soltando-me e andando para trás, “Que raiva, por que eu fiz aquilo”!
-Tudo bem Fox?
-Você me confunde, minha mãe não liga pra mim, o meu padrasto coloca os meus "irmãos" contra mim e você às vezes nem parece humano!... Fora isso, tudo bem.
Surtei.
O que foi isso?!
Vou espanta-lo. Também.
-Nossa! -ele disse levantando as sobrancelhas e sorrindo.
-Tchau.
-Tá... Tchau. Vê se não some.
Que vacilo! Porque eu fiz aquilo?!
-Há! Deixa pra lá!- Eu sussurrei.
-E ai Fox, o Arthur beija bem? –Disse Rafael quase gritando em frente da porta de casa.
Inferno!
-O quê? Garoto fecha a cara, eu não o conheço direito e também ele não gosta de mim tá?! -quase sussurrei.
-Sei...!
Quando o insuportável do Rafael terminou de falar eu fui para o meu quarto.
“O que esta acontecendo comigo?”, “Eu estou apaixonada por ele com menos de uma semana?”, “Como isso é possível?”, “Ele ao menos sente algo por mim?”.
-Filha?! –Falou minha mãe entrando no meu quarto pela primeira vez em seis anos.
"Alguém morreu? !"
-Oi mãe. -minha voz tremeu.
-Filha, lembra quando eu disse que existem certas coisas na vida que temos que descobrir sozinhas?
-Sim. O quê que tem? -haa é vem ela com esses papos esquisitos.
-Os pais dos meninos vieram aqui hoje.
-Fazer o quê?
-Sente-se.
-Prefiro ficar em pé.
-Há algum tempo... -“Pelo jeito a história é longa, vou sentar”-... Eu conheci o seu pai.
-Sei... E?
-Não quero que sinta raiva dele. Tudo que fazemos é por você.
-Aquela conversa de novo? Onde quer chegar mãe?
-Filha me escuta! -sua expressão mudou.
-Desculpa, fala.
-Talvez o seu pai não seja desse mundo, talvez exista outros habitantes, outros mundos...
-O quê? Mãe você consumiu álcool? Mais que conversa é essa? -“Outro mundo? Apesar de aparentar estar calma eu senti algo profundo e estranho... essa conversa com certeza foi a mais longa que eu já tive com a minha mãe desde que o meu padrasto chegou”. E eu voltei a falar... –O que a família do Arthur tem a ver com isso?
-Você é a única filha de sangue puro de Peckers...
-“Peckers”?
Sua expressão mudara de novo, agora como se estivesse falado de mais.
-Sim. O seu nome verdadeiro é Fox Queen Peckers.
-Sai do meu quarto, por favor?! –Eu sussurrei.
-Filha eu...
-Por favor! –Eu gritei.
-Tudo bem amor, tudo bem.
Ela saiu sem dizer mais nada.
Que loucura.
De repente vi um rosto.
Fui em direção à janela, o quarto estava abafado... Quando olhei pela janela vi um homem grande, de preto, segurando uma bengala e sem piscar, ele me olhava fixamente; olhei para a casa do Arthur e ele olhava o homem fixamente. Eu rapidamente saí da janela e fechei as cortinas.
Deitei-me na cama e fiquei imaginando, “e se aquele cara escalar e... esquece!”, não vai acontecer nada.
Minhas mãos tremiam.
Meu coração estava disparado.
Não conseguia me mexer direito.
Não dormi.
No dia seguinte...
No colégio...
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Fox
RomanceFox é herdeira de um castelo. O problema é que fica em outra dimensão. Depois de se mudar e conhecer pessoas novas, ela descobre que a realidade e a imaginação não anda tão separadas assim. E agora, como proteger sua família se ela não sabe por on...