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Senti uma energia e escuridão saindo de mim.
Comecei a gritar.
Sentia uma dor em meu peito.
Cada veia, cada batimento, cada respiração.
Senti algo forte.
E eles evaporaram como o vento.
Senti algo maligno em mim.
Vi os rostos assustados.
E, de repente, todos soltaram (jogaram) os meninos, deixando-os livres e sem dizer uma palavra, eles foram embora.
Fugiram.
Fugiram daquilo que se tornara... eu.
-Fox..-chamou-me Kevin
-O que é?! -não parecia eu.
Era algo estranho.
Algo novo.
Ruim.
-Calma, respira. -disse Arthur.
-Foi mau... so mais uma coisa...
-O que?
-Nunca mande uma garota com raiva se acalmar!
Risos.
Arthur veio me abraçar.
Era tão confortável.
Tão bom.
Eu queria mais.
-Desculpe-me. -disse Arthur sussurrando em meu ouvido deixando-me sem ar. De novo.
-Tudo bem. -afastei-me. -vamos!
-Ok. -disse Kevin.
Caminhamos sem falar sobre o ''assunto'', o que havia acontecido me pertubava.
O que tinha dentro de mim?
Que poder é esse?
Porque eu falei com aquela voz?
Parecia que eles, de alguma forma já esperavam isso de mim.
Eu queria ajuda.
Mais ao mesmo tempo não queria dividir com ninguém essa dor.
Dor física e mental quando esterilizei aqueles homens.
Eles me olhavam toda hora. Já estava ficando incomodada!
-Por que não me falaram que o mundo luz morre quando eu morro? -perguntei.
-Para não ficar com medo. -Disse Kevin.
Parei.
-Você... O... Acham que não estou com medo? -gritei.
-Cal... relaxa Fox! -disse Alef levantando as mãos.
-"relaxa"?!
-Hi!...
-"Hi" o quê? -gritei e senti aquele calor de novo em mim.
-Vamos da um jeito. Fox. -disse Arthur se aproximando e pondo suas mãos em meus ombros.
Tudo sumiu.
A raiva.
O medo.
Ele era um domador ou eu que era dominada por ele?
-Ta. -disse por fim.
Eles me passaram para frente e continuamos a andar.
Não queria ter dito que eu estava com medo.
Mais antes medo do que apavorada... to quase me borrando.
Não sabia para onde estava indo. Mais na altura do campeonato não fazia sentido não confiar neles.
Alef e Kevin tinham alguns arranhões no braço e pescoço. Arthur estava roxo no pescoço e braço esquedo. E eu... bom, estava anestesiada de medo e adrenalina.
Mais como eu posso ter isso?
Quem é meu pai?
Deveria ter perguntado mais a mamãe. Deveria ter escutado-a melhor.
Qual minha conecçao com esse mundo e porque ele morre se eu morrer ou é ferido se eu me ferir.
Por que?
Aquela floresta devia ser linda. Com flores e animais em toda parte.
O mistério e escuridão daquele lugar levava a julgar o nome... Então a culpa era minha de estar tudo daquela forma?
-Chegamos. -disse Kevin me trazendo para a vida real.
Estava na cara que era um castelo mais... era tudo tão morto.
Um portão enorme na frente com cruzes e coisas bizarras...
"Espero que não estejam aqui para matar a bruxa má da branca de neve"-pensei.
-"chegamos"? Como assim? Juro que parei no tempo. -falei tentando "relaxar".
-Só você pode nos ajudar Fox... se o mundo morrer tudo morrerá... mais se quiser ir...
-Pirou?! Quase morri por nada? Vamos entrar! -falei.
Se estava com medo?
Claro!

FoxOnde histórias criam vida. Descubra agora