"A humanidade está em uma constante espiral de decadência, cada vez mais miseráveis e decepcionantes. Como a raça mais inteligente pode ser também a mais corrupta? Talvez seja isso o que nos torna capazes de tamanha inteligência, uma criatura imprev...
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- Junho de 2008 -
Stella pode parecer uma jovem idealista, a aluna modelo e filha perfeita de figuras importantes, mas por baixo da sua fachada estreita esconde-se um espírito rebelde que anseia por emoção. Apesar de ter sido criada numa cidade pequena, com pais rígidos, oportunidades limitadas e muitas expectativas impostas a ela pela família, Stella não conseguia se livrar da sensação de que a vida poderia ser muito mais do que aquilo que ela estava vivendo. No início, a sua necessidade de excitação levou-a a uma vida de rebelião, mas rapidamente percebeu que era mais do que apenas quebrar as regras que ela desejava. Ela queria experiências que a levassem além dos limites. Para Stella, as palavras que ela pronunciou e os pensamentos que teve não tinham significado nenhum, ela nunca imaginaria que aquelas meras palavras eram as sementes de uma realidade que ela logo conheceria.
Sua sede por emoção havia levado consequências diretamente para ela, sua vida nunca mais seria a mesma. E estas consequências haviam nome e sobrenome, Tom Kaulitz.
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Enquanto vasculhava a prateleira bagunçada, minhas mãos passaram por dezenas de livros antes que meus dedos encontrassem o que procurava. Com um suspiro de alívio, tirei o volume desgastado de sua posição e o segurei em minhas mãos. A lombada estava quebrada e as páginas com orelhas, uma prova de quantas vezes eu o li ao longo dos anos.
Fechei meu armário e me virei para minha melhor amiga, Laura. Mesmo às 7h, ela era uma força de beleza imparável, irradiando um calor que afugentava o frio da manhã. Seu cabelo loiro estava preso em um coque bagunçado, mostrando seu rosto perfeito. Seus olhos eram como poças de mel. "Bom dia! dormiu bem, docinho?" Ela pergunta calorosamente.
Minha vida tem sido particularmente caótica. Minha mãe estava agindo de forma nada menos que insuportável ultimamente, e eu estava no limite. Não pude deixar de fazer um comentário meio brincalhão sobre isso, na esperança de melhorar o clima. "Bom dia, eu teria dormido se não fosse pela minha mãe, ela tem um jeito de sempre me deixar desconfortável... Talvez sua mãe se propusesse a me adotar." Eu perguntei, com um meio sorriso no rosto. Laura soltou uma pequena risada em resposta.
Laura e eu éramos amigas desde que me lembro, e eu confiava nela mais do que em qualquer outra pessoa no mundo. Ela tinha um jeito de me entender que eu nem mesmo conseguia entender, e eu sabia que não importava o quão difícil as coisas ficassem, ela sempre estaria lá para mim.
Quando Laura correu para os braços do namorado, uma mistura de emoções tomou conta de mim. Por um lado, tive uma sensação de alívio por ela estar disposta a estar comigo, sempre mesmo diante da adversidade. Por outro lado, fico com raiva dele por tratá-la de forma tão imprudente.
"Está linda hoje ein, Stella." Luke diz, enquanto passa as mãos pela bunda de Laura que está abraçando ele.
"Vá se ferrar, Luke." Ao desviar o olhar de Luk e Laura, não pude deixar de sentir raiva de mim mesma por não poder fazer mais. Eu queria proteger Laura do perigo, mas sabia que, em última análise, a escolha cabia a ela.
