- 𝐓𝐨𝐦 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳 -

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Quando a professora começou a aula, senti um par de olhos me encarando no fundo da turma, ao meu lado.  Era o garoto, com olhos penetrantes, quase hipnotizantes.  Tentei ignorá-lo, concentrando-me nas minhas anotações e nas palavras do professor, mas seu olhar era implacável.

Finalmente, ele se inclinou e sussurrou em meu ouvido: "Você está me perseguindo, princesa?"  As palavras provocaram um arrepio na minha espinha.

"Do que está falando, eu não te conheço." Digo sem olhar para ele, tentando manter a compostura.

Ele se inclinou ainda mais perto, sua respiração fazendo cócegas na minha orelha.  "Você é uma péssima mentirosa... eu sei que você se lembra de mim."  Eu ignorei, afinal, não tenho qualquer desejo de entreter qualquer jogo que ele estivesse jogando.  Voltei-me para a professora, na esperança de encerrar a interação antes que ficasse ainda mais estranha.

Mas enquanto eu estava ali sentada, ainda podia sentir seus olhos em mim, sua presença pairando sobre mim como uma nuvem escura.  Algo não estava certo, e tive a sensação de que esse garoto iria se dar a conhecer para mim, quer eu quisesse ou não.

"De nada..." ele disse em um tom arrogante, um sorriso presunçoso no rosto. Eu não estava olhando para ele, mas podia sentir a presença de seu olhar, como se estivesse me analisando. Ele era simplesmente irritante e não me surpreendera quando descobrisse que havia sido uma má escolha continuar aqui.

Não me surpreendeu no mínimo quando ele atirou uma dessas bombas verbais. "De nada pelo que!?" eu disse, começando a ficar mais irritada. Eu não devia ter dado espaço para ele ficar me tirando sarro. Eu tinha problemas de raiva desde a infância, então sabia que ficar perto dele não seria nada bom.

Eu estava prestes a explodir, mas ele não ficou sentado lá me olhando com um sorriso arrogante. Em vez disso, ele virou a cabeça, olhou para mim e me deu um sorriso de canto da boca. Ele claramente estava se divertindo com a situação.

"De nada pelo que?" ele perguntou de volta, seu sorriso ficando cada vez mais presunçoso. Eu sabia que ele estava tirando sarro de mim e isso estava me irritando ainda mais. "Eu salvei sua vida." Ele completou.

TOM POV:

Essa garota é tão misteriosa, tão difícil de entender. Ela é mentirosa e ingrata, e ainda assim, esses belíssimos olhos verdes me deixam fascinado. E mesmo ela estrando tão irritada que seus punhos estão trancandos, ela ainda é bela. Ela parece furiosa e mesmo assim, ela tem um certo encanto. Eu quero entender o que é que a faz agir assim. Eu não entendo, mas admito que estou intrigado.

Ela me deixa intrigado até quando ela não fala uma palavra. Eu consigo ver o ódio que ela não consegue esconder atrás desses olhos. Ela quer ser forte, mas ela é muito emocional. Ela quer ser forte, mas ela é tão vulnerável. Ela é tão difícil de desvendar, o que a deixa ainda mais interessante. Eu quero entender ela. Eu acredito que ela é uma garota que teve uma vida difícil, e isso faz com que ela tenha uma personalidade forte.

Essa garota é uma pessoa tão bondosa e inocente ao ponto de sentir pena mesmo de dois vermes que estavam tentando abusar dela. E mesmo assim, ela ficou com raiva quando eu os matei. Ela é tão difícil de entender, mas isso só me deixa mais intrigado. Eu sinto que ela esconde algo e eu quero descobrir o que é. Eu sinto que esses belíssimos olhos verdes são capazes de esconder mais do que simples pensamos. E eu quero descobrir o que é. Eu sinto que ela é como um enigma que eu quero decifrar. E eu quero descobrir más coisas sobre você, eu sei que esconde algo.

STELLA POV:

Quando o sinal toca, eu saio da sala o mais rápido que posso. Mas algo me faz sentir um peso nos meus ombros. Por que ele teve tanta influência sobre mim? Talvez seja porque ele seja um maluco que agora eu vou ter que conviver todos os dias. Ele matou duas pessoas e falou como se isso fosse algo para se orgulhar e se gabar. Ele não é só um assassino, ele é um assassino em meio aos alunos. Eu não sei o que eu deveria fazer. Eu quase explodi em meio à aula. Isso não pode acontecer, ninguém pode saber que eu o conheço.

Eu sinto que algo está me apertando. Talvez seja o medo dele ser um assassino e eu não conseguir entender o que está acontecendo. Talvez seja porque eu não consigo entender o que ele sentiu quando ela matou essas duas pessoas. Eu quero entender o que está acontecendo. Eu quero entender o que tudo isso significa.

Enquanto eu caminhava pelos corredores estava tão perdida em meus pensamentos que nem estava prestando atenção. Então, eu esbarrei em alguém.

"Desculpe!" Um alto som de voz disse por trás de mim. Eu olhei para o homem que estava à minha frente. Os olhos dele eram como o oceano, azuis e profundos. Eu não vira esse homem há muito tempo, apesar dele também estudar na mesma escola.

Por um momento, eu me senti perdida. Eu já não me lembrava o quão lindo eram os olhos dele. Eu acenei com a cabeça e me afastei.

Eu continuei andando pelos corredores até que eu vi Tyler, Ian e Daniel. Eles estavam sentados juntos em uma mesa no pátio. Eu me dirigi até eles, sorrindo, me sentindo aliviada por finalmente encontrar pessoas com quem eu gostava de passar o tempo. Eu me sentei na mesa, ficando no meio deles.

Eu estava conversando com meus amigos. As mesmas idiotices que eles sempre falavam. Mas, ao redor, eu vi aquele Kaulitz. Ele estava com três garotos ao seu lado. Um deles era parecido com ele, talvez um parente? Eu voltei minha atenção para os garotos ao meu redor, mas não conseguia evitar voltar os olhos para Kaulitz as vezes.

Ele é tão bonito. É inegável. Eu odeio admitir isso, mas é verdade. E ele é tão diferente. Eu não consigo parar de olhar para ele. Ele me intimida.


Oblívio - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora