Oblívio - Tom Kaulitz

- 𝐇𝐨𝐩𝐞 𝐎𝐟 𝐒𝐚𝐧𝐢𝐭𝐲 -

Eu não posso...

Não posso fazer isso. Ficar aqui é loucura! Tudo isso é loucura.

"Eu não vou falar..." Digo saindo daquele lugar o mais rápido que sou capaz de andar com minhas pernas trêmulas. Ao passar pela grande sala de luxo, recebo olhares de desgosto de todos ali.

Ao passar pelas ruas, ainda bambeando um pouco. Eu recebo atenção de todos que passam por mim. Está tão ruim assim?

Eu apenas os ignoro. Merda, o que eu vou fazer? Como vou encarar meus pais assim?

Eu não posso falar. Meu pai o mataria... Ou ele mataria meu pai.

Independente do que eu fale ao meu pai... Ele ficará furioso e irá querer caçar quem fez isso comigo. Eu deveria colocar a culpa em alguém ou em mim mesma, mas como?

Eu deveria entregar Kaulitz mas a culpa não foi dele exatamente... Isso não faz dele uma pessoa melhor mas não posso.

Ao chegar na porta de casa eu respiro fundo, ao entrar meus pais estavam me esperando na mesa.

"Onde você estava?" Meu pai diz se levantando, minha mãe faz o mesmo logo em seguida.

"O que é isso no seu rosto!?" Ela diz.

"Eu..." Dou uma pausa tentando pensar em uma resposta que não desencadeie uma guerra. "Eu fui assaltada." Digo sem parar de andar mas eles me cercam e e uma quantidade imensa de perguntas é metralhada no meu rosto. Acabei de receber um questionário. Meu pai quer ir atrás do homem que me assaltou. eu disse que ele usava máscara e que eu não havia visto o seu rosto, eu tentei resistir e por isso ele me bateu.

Depois de muita dificuldade, eu finalmente consegui ir para o meu quarto.

Bato a porta atrás de mim, antes de cair de joelhos no chão. Eu estou exausta. Meu corpo parece pesar muito mais do que deveria e minha mente está nebulosa. Mal consigo manter os olhos abertos, e cada movimento parece um esforço incrível. Sinto como se tivesse corrido uma maratona por dias a fio, sem descanso ou trégua. A exaustão é esmagadora e estou no limite. Me derramo em lágrimas. É imparável, Uma inundação de emoção que não posso trancar.

A dor da existência agora parece ser esmagadora.
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Bill pov:

Já se passaram algumas horas desde o acontecido. Tom ainda não saiu do quarto. Algo está acontecendo, algo estranho e único.

Isso não faz sentido para mim. Tom nunca se importou com ninguém além de si mesmo. Eu preciso descobrir oque está acontecendo, e eu vou.

Bato na porta, sem resposta.

"Tom... Abre aí, vamos conversar."

Ainda sem resposta, mas eu sei exatamente como fazê-lo sair. Ego.

"Tom. Voce é o líder. Se continuar agindo assim, os caras vão perder o respeito por você... O poderoso Tom Kaulitz afetado por uma vadia qualquer? É sério isso?"

Ouço a porta abrir.

Eu olho para Tom, ele parece se recusar a fazer contato visual comigo. Tom não permite que ninguém o veja vulnerável, além de mim, raramente.

Ele está confuso, embora externamente não pareça, Mas no fundo, o fardo é real, eu sei, eu posso sentir.

Ele soube que tinha tropeçado em algo além de qualquer esperança de sanidade.

Aquela garota.