(Os espinhos de uma rosa se escondem dentro de uma flor. A dor que ela causa, não tão cedo. Cada picada uma lição aprendida. Um aviso do veneno queimado.)
Tom Pov:
Atravesso as habitações de sua residência, procurando um vislumbre do quarto que era dela.
E lá estava, cortinas rosas. Também sou capaz de ver pela fresta da cortina polaroides nas paredes. Só pode ser o quarto dela. Como eu vou subir até lá? Atirar uma pedra na janela seria muito clichê?
Percebo uma mureta, subindo nela eu posso ir para o telhado facilmente. Por que não? Já faz um tempo que não invado alguma propriedade privada. Dou de ombros antes de escalar, meus pés agarrando a superfície sólida e minhas mãos encontrando apoio em tijolos e pedras enquanto subo cada vez mais alto, finalmente chego ao telhado, olhando para a janela eu a vejo.
Ela estava sentada em sua mesa, uma imagem de serenidade em meio a uma mente agitada. Sua caneta dançava pela página. E enquanto escrevia, ela brilhava, aquele foco, aquela paixão, aquela beleza, iluminando a sala, e me atraindo como se fosse um ímã poderoso.
Eu bato na janela e então ela olha para mim com olhos verdes esmeralda, a verdadeira essência de uma sereia, é inegável.
A princípio ela pareceu se assustar com a minha aparição repentina, antes de voltar para o seu estresse habitual, causado pela minha presença. Ela veio até mim, abrindo a janela. "Boa noite, princesa." Ela revira os olhos, saindo da frente da janela. Vou entender isso como um convite para entrar.
______________________________________________Stella pov:
Dou passagem para que ele. Ele entra pela janela de uma forma nada graciosa. "O que, Kaulitz? ... Acho bom você não tentar nenhuma gracinha, basta um grito para o meu pai acabar com você." Digo, cruzando meus braços.
Ele suspira. "Relaxa... Eu perdi um bom tempo procurando por isso, então não seja ingrata." Ele coloca a mão no bolso, o que me faz entrar em estado de alerta antes de avistar meu celular na mão dele. Eu me aproximo, agarrando o celular e me afastando dele novamente. Eu olho para o celular e não posso evitar de sorrir aliviada. Abro minha boca para falar algo mas interrompo a mim mesma. Volto meu olhar para ele.
"Eu ia te agradecer... Mas você não merece."
Ele ri. "Sério? Eu escalei seu telhado pra te entregar isso. Eu literalmente invadi a casa de um policial, por sua causa." Ele dá um passo para perto de mim, com aquele maldito olhar, como se quisesse me seduzir.
Dou um passo para trás instintivamente, ele percebe e se afasta. Começando a andar pelo meu quarto. "O que você pensa que está fazendo?"
Ele não responde, apenas continua a andar. Passando pela minha cama de casal, depois pelo meu armário, até finalmente minha escrivaninha e é claro que ele tinha que espiar oque eu estava escrevendo.
"É bonito." Ele diz referindo-se ao meu poema.
"E não é da sua conta." Ele sorri, tão presunçoso como sempre mas dessa vez parece ter uma pontada de decepção.
Ele continua andando, passando por mim e indo em direção a janela novamente. Quando ele passa por mim eu consigo sentir o cheiro inibriante dele, colônia masculina e shampoo.
"Bom te ver." Ele diz voltando para o telhado e pulando lá embaixo. Eu me inclino na janela, vendo a forma dele diminuindo no breu da noite. A última coisa que sou capaz de ver são os faróis do carro de luxo dele acendendo e depois sumindo na estrada.
Ao voltar para minha escrivaninha eu percebo que ele havia escrito algo no meu poema, como ele ousa?
Me sinto furiosa, mas tento me acalmar ao perceber que ele não deveria me afetar tanto. Respiro fundo e me sento novamente, olhando para o papel.
(Os espinhos podem doer mas também nos ensinam a perseverar e a encontrar beleza em meio a dor.)
...
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Oblívio - Tom Kaulitz
Fanfic"A humanidade está em uma constante espiral de decadência, cada vez mais miseráveis e decepcionantes. Como a raça mais inteligente pode ser também a mais corrupta? Talvez seja isso o que nos torna capazes de tamanha inteligência, uma criatura imprev...