- 𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐥𝐢𝐞𝐬 -

1.4K 109 23
                                    

"Vamos desamarrar seus pés, mas se você tentar correr, será morto."

Ao ser levado para fora do carro, posso ver um grande edifício feito de concreto, com um grande emblema de um Lírio na entrada. Ao entrar no prédio, vejo diferentes pessoas com várias armas nas mãos. Alguns bebiam e conversavam, enquanto outros vigiavam o local.

Havia uma mulher esperando por mim no salão principal, sentada em seu trono no extremo oposto da sala. Ela tem longos cabelos ruivos e um decote, um tanto quanto... Provocante. "Bem-vindo à minha humilde morada." ela dizia com um sorriso frio no rosto. "Eu sou a líder dos Lilies. E você, meu querido, vai responder algumas das minhas perguntas hoje. Deveria se sentir honrado por estar em minha presença. É um prazer finalmente te conhecer... Só lamento que seja nessas circunstâncias."  Esse lugar é mal iluminado. Tão luxuoso, mas decadente.

"Agora, vamos bater um papo, certo?" ela se recosta na cadeira, me estudando com penetrantes olhos castanhos. "Você me deu um trabalho e tanto, sabia? ... Agora, é hora de compensar. Conte seus valiosos segredos para minha organização e viverá. Simples assim."

Esboço um sorriso sarcástico para a mulher à minha frente. "Mas afinal... Quem é você?"  Ela ri, parecendo se divertir com a minha provocação.

"Pode me chamar de Lírio. E não adianta fingir que não conhecia minha organização. Acho que você só está surpreso com o fato dela ser controlada por uma mulher... Que ultrapassado." Ela dá uma pausa, enquanto cruza as pernas elegantemente. "Então vamos lá, comece a falar."

"Eu não tenho nada para falar com você." Respondo friamente.

"Você está testando minha paciência. E essa não é uma boa coisa a se fazer. Eu não vou perguntar de novo então comece a falar."

"Quer que eu repita? Eu não tenho nada para falar com você." Respondo, elevando meu tom de voz.

Ela dá um sinal para dois de seus homens, que me empurram com força para o chão. "Veja, querido, às vezes as pessoas precisam de um pouco mais de motivação para dizer a verdade. Talvez isso ajude." Ela sinaliza para outro homem, que segurara meu braço. Sem qualquer aviso, ele tira uma faca do bolso e arrasta lenta e meticulosamente pela minha pele, criando um corte raso. Sinto uma dor aguda no braço, seguida por uma sensação de calor quando o sangue começou a escorrer da ferida. "Agora, isso não foi tão difícil, foi?" Ela ri sombriamente, limpando a faca em uma toalha.

"Acha que um mísero corte vai me afetar?" Ela ergueu uma sobrancelha surpresa ao ver minha falta de reação. Ela esperava que o corte fosse suficiente para fazer me falar. Ela sorriu levemente, intrigada e impressionada com minha aparente resiliência. Ela sinalizou para seus homens me libertarem e devolveu a faca ao bolso. "Vejo que você é durão. Mas você deve saber que isso não é tudo. Sempre podemos encontrar outras maneiras de fazer você falar." Ela se afastou de mim e gesticulou para que um de seus homens trouxesse um kit de primeiros socorros com alguns curativos. "Mesmo que você esteja sendo difícil, não quero que você espere que isso seja uma saída fácil. Você ficará conosco como uma garantia de que não nos causará nenhum problema. Farei você se arrepender de ter testado minha paciência."

Sou levado para uma sala equipada com tudo o que era necessário para deixar alguém desconfortável, podia ver um chicote, diferentes correntes e várias outras ferramentas nas paredes.

Olho em volta e sorrio sarcasticamente antes de falar. "Então você curte essas coisas... Bem, foi mal mas eu tenho namorada."

Ela ri de forma sombria "Acredite querido, a última coisa que você vai sentir nessa sala, é prazer."

Ela me lança um olhar penetrante enquanto caminha em minha direção. Ela fica na minha frente com uma expressão nada divertida no rosto. "Receio, que seja melhor você não menosprezar a situação em que se encontra. Isto não é um jogo e as consequências de suas ações serão muito reais." Ela se inclina para mais perto, seu hálito quente contra meu rosto. "Mas, já que você parece ter tanto interesse nas ferramentas que temos à nossa disposição, talvez possamos mostrar o quão eficazes elas podem ser, hmm?" Um de seus homens agarra meu braço, puxando-o em direção às correntes na parede. "Sugiro, que você não resista. Isso só vai tornar as coisas mais dolorosas para você." Ela diz.

"O que você quer de mim, ruiva?" Pergunto-lhe.

"Oh meu querido... Você me irritou por tanto tempo com seu pequeno grupo de adolescentes, imprudentes. Mas além disso. Você tem algo que me pertence... E eu quero de volta." Ela se aproxima de mim, sua mão gesticulando para que seus homens dessem um passo à frente. Ao fazer isso, ela se inclinou para perto de mim. "A questão é: você quer sofrer as consequências ou quer começar a dizer a verdade, uh?"

"Eu não tenho nada que te pertence, vadia."

Ela franze a testa com minha ofensa, sua paciência se esgotando. "Sugiro que você tome cuidado com a língua. Você não gostaria de piorar a situação. Deixe-me esclarecer uma coisa." Ela rosna, com a voz baixa e perigosa. "Não sou de ser subestimada. Se você quiser sobreviver, terá que fazer melhor do que isso. Mostre-me o seu valor e talvez, apenas talvez, eu considere poupar sua vida. Convença-me de que você tem algo valioso para oferecer a minha organização. Desobedecer a mim ou aos meus homens não é algo que você vai querer fazer. Se continuar nesse caminho, as consequências serão tão profundas."

Ela se aproxima ainda mais, seu rosto a centímetros do meu.

"Você achou mesmo que roubaria meu lugar e sairia impune? Pois bem, você está enganado... Meu pequeno Tommy."

Oblívio - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora