Propriedade de Billie Eilish

Billie

((( oi, isso é um capítulo!! Em comemoração aos 2k de votos resolvi trazer esse agrado, já que ainda tem gente que lê isso kkk.
uma observação é que todas as vezes que aparecer os três pontinhos é uma memória da billie ok? fechado. Boa leitura!)))

••• iniciação de momoria •••
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"Senhora, você não pode estar aqui." um clique seguido por uma luz ofuscante. "Propriedade privada, você precisa sair Vamos, levante-se!"

Billie sentou-se lentamente, piscando para afastar o resto do cansaço. O oficial manteve a lanterna no rosto dela, seu transceptor apitando com outros oficiais transmitindo informações.

  Billie teve o cuidado de manter o cabelo na frente do rosto para não revelar sua identidade. Murmurando um pedido de desculpas, ela pegou a única bolsa que possuía e saiu do estacionamento. Pepper seguiu atrás dela, tendo tempo para cheirar e latir para tudo. Eles caminharam por um longo tempo, tentando encontrar um lugar tranquilo para dormir à noite.

"Você vai ter que se entregar eventualmente." sua mente riu "esta não é a vida que queremos viver!"

Billie segurou a pulseira amarela e verde que ela havia feito em outubro. Ver suas cores favoritas entrelaçadas não lhe dava mais a força de antes.

Oh como ela deve ter parecido louca, jogando sua pulseira do outro lado da rua e caindo no choro. Que triste e patético.

"Você vai ser morta aqui," sua mente avisou "Volte para casa!"

"Mas então você será colocada de volta no manicomio"

"Seremos mortos aqui."

"Prefiro morrer a voltar para lá."

"E se Riley estiver esperando por nós?"

"Você sabe que ela não está!"

"Mas lembra do fliperama? Do jeito que ela disse que te amava?"

"Não! Eu não me lembro." Billie disse em voz alta, seus dentes cerrados com tanta força que suas palavras saíram como um rosnado.

"Pare de odia-la"

"Riley era uma cadela, de qualquer maneira."

Billie mordeu a parte interna da bochecha para não gritar. Eram 5h45 e ela tinha que estar no trabalho às 9h. Ficar de olho nas horas era uma das únicas coisas que a mantinham sã.

A passagem do tempo era a única coisa em sua vida do qual ela podia depender. Independentemente do tipo de dia, o tempo bom ou ruim continuará a passar.

Dois anos, três meses e catorze dias. Ela estava morta há dois anos, três meses e quatorze dias. Mais e mais ela repetia sua memória. Dois anos, três meses e catorze dias.

"Você sabe, ela não veio nos ver nem uma vez." Billie continuou incapaz de evitar divagar.

"Ela nem mesmo mandou uma mensagem para Finn. Nem uma vez ela tentou entrar em contato com nossa família. Nem uma vez ela mostrou qualquer iniciativa. Eu a odeio, eu realmente a odeio," ela riu para si mesma, tirando os olhos de seus pés para fazer contato visual com um homem que estava olhando. Claro que ele desviou o olhar primeiro.

Na verdade, sua esquizofrenia era sua maior arma de segurança. Ninguém quer mexer com a mulher andando na rua rindo de si mesma.

"Se eu ainda tivesse meu diario, estaria melhor." Billie suspirou, parando em um banco público. Ela sabe que não devia tentar dormir ali, mas do jeito que sua mente estava girando naquele momento, teria sido impossível continuar andando.

"Se eu ainda tivesse meu diário, estaria melhor."

"Se eu ainda tivesse meu diário, eu..." Billie repetiu. De novo e de novo.