I - Recomer

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Recomer

Estou ficando preocupada. ─ Sua mãe pôs uma mão sobre o queixo, a outra segurava o volante.

É tão ruim assim? Os ferimentos. ─

Em toda minha vida nunca vi algo assim, por isso que sempre digo, filha não sai de casa tarde da noite. ─

Luz revirou os olhos, mas de certa forma entedia a preocupação da mãe, não queria perde mais alguém importante na sua vida. No entanto Camila era muito superprotetora, chegava a ser sufocante.

Observou as folhas secas caindo das árvores íngremes, indicando a estação próxima do outono. Adolescentes e crianças caminhavam juntamente em direção a escola, alguns já fumavam pela manhã e outros limpavam o suor da testa.

O inferno se aproximava cada vez mais.

A garota confirmou se tudo estava no devido lugar em sua mochila e deu um beijo na bochecha de sua mãe antes de partir para a escola.

Prometo que vou me cuidar. ─ Acenou em despedida e observou o Opala amarelo ir embora.

O Professor explicava alguma coisa no quadro sobre física, ela não entedia droga nenhuma, mas tentava se concentrar

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O Professor explicava alguma coisa no quadro sobre física, ela não entedia droga nenhuma, mas tentava se concentrar. A Noceda estava sentada na penúltima cadeira no canto inferior esquerdo, quando sentiu algo tocar sua cabeça.

Seu punho fechou com força e ela se virou tremendo de ódio.

Oi de boa? Gostei do seu- ─ O garoto parou de falar e arregalou os olhos suplicantes.

Ei vai com calma ai filhona. ─ Olhou para seu punho fechado, prolongando o ei.

Ah, me desculpa achei que fosse... enfim não importa. ─ Corou envergonhada.

Meu nome é Gustavo, mas pode me chamar de Gus. Deu pra ver que você é durona. ─ Sorriu evidenciando suas covinhas, e estendeu a mão.

Ela aceitou e sorriu de volta. Analisou com mais calma as feições duras do jovem em sua frente, no entanto seus olhos permaneciam gentis.

Você é brasileiro né? Tenho um primo com parentesco de lá. ─

Caramba velho, brasileiro é reconhecido em qualquer lugar mesmo ein. ─ Deu uma risada sincera e apresentou sua amiga Willow do Texas.

Eles passaram um longo tempo conversando e reclamando das aulas sem pé nem cabeça do professor Ricardo, até o sinal tocar sinalizando o recreio.

Vem sentar com a gente Luz, sempre cabe mais um. ─ A garota sinalizou a mesa no quanto da cantina.

Gus se engasgou com o sanduíche que comia e começou a gargalhar, batendo no ombro da amiga.

Meu. Deus. Will. ─ Riu a cada palavra buscando ar.

Luz riu também e limpou uma lágrima sincera antes de Willow meter um soco na nuca de Gus, reprendendo-o.

Vê se pode esse muleke! ─ O agarrou pelo braço e eles foram em direção a mesa.

Soul Promises - LumityOnde histórias criam vida. Descubra agora