CAP 2 - Vai dar certo, pequena.

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➥ 𝐒𝐨𝐮𝐲𝐚 𝐊𝐚𝐰𝐚𝐭𝐚

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De manhã

Acordo com a luz suave do sol invadindo meu quarto, iluminando o ambiente de forma gentil. Lá fora, a manhã se anuncia com um céu claro e o som distante de pássaros. Meus olhos ainda pesados pelo sono, porém, se enchem de ternura ao ver Emi dormindo profundamente ao meu lado. Cuidadosamente, deslizo para fora da cama, sem perturbar seu sono. Caminho até o banheiro, onde realizo minhas higienes matinais. Decido prolongar o momento com um banho revigorante. A água fria corre pela minha pele, trazendo uma sensação de despertar total, enquanto a tensão em meus músculos lentamente se dissolve.

Saio do banho sentindo-me leve e, ao vestir minha roupa casual, aprecio o toque suave do tecido que se ajusta ao corpo, me preparando para o conforto do dia.

Com fome, vou para a cozinha. A ideia de um café da manhã caprichado anima meu estômago. Ao chegar, vejo Nahoya já sentado à mesa, comendo enquanto desliza os dedos pelo celular, completamente absorto em suas mensagens. O cheiro de bolo caseiro preenche o ar, e mal posso esperar para me servir de um pedaço.

── Bom dia. ── digo, me acomodando na cadeira e pegando um pedaço do bolo caseiro que estava na mesa.

Nahoya, sentado do outro lado, mastigava calmamente um biscoito crocante, com os olhos levemente preguiçosos. 

── Bom dia. ── ele respondeu com um sorriso suave no rosto. ── A garota ainda está dormindo?

── Sim. ── respondi, entre uma mordida e outra do bolo macio, sentindo o sabor delicado da massa caseira se desmanchar na boca. ── Dormiu a noite inteira.

Nahoya balançou a cabeça, pensativo, enquanto pegava o jarro de café ao seu lado e enchia sua xícara. 

── Qual é o nome dela?

── Emi. ── digo, observando a fumaça que subia da xícara de café que ele segurava.

── Vou passar em uma loja para comprar algumas roupas para ela. ── ele comentou, enquanto misturava o café com uma pequena colher.

── É, vai ser necessário... caso eu não ache os pais dela. ── suspirei. ── Mas… e o restaurante?

Nahoya me lançou um olhar tranquilo, como se já tivesse tudo sob controle. 

── Não se preocupe, pode deixar comigo.

Assenti, sentindo um certo alívio em suas palavras. 

── Se você diz.

Ficamos conversando por um bom tempo, trocando risadas e lembranças, quando, de repente, avisto a Emi descendo as escadas, ainda sonolenta. Ela esfrega os olhinhos com as mãozinhas pequenas e, ao nos ver, sua expressão muda para confusão.

Emi ─ Tio Sou? ── pergunta, olhando para mim e depois para meu irmão. ── Por que tem dois Tio Sou?

Não consigo evitar e dou uma risada genuína, admirando a inocência dela diante da nossa semelhança.

── Não, querida, esse é o irmão mais velho do Tio Sou. ── explico, pegando-a no colo e levando-a até o Nahoya.

Nahoya ─ Olá, Emi! ── ele diz com um sorriso caloroso, se aproximando da garotinha em meus braços.

Emi ─ Qual é o seu nome? ── ela pergunta, curiosa.

Nahoya ─ Me chamo Nahoya!

Emi ─ Então você agora é meu Tio Nah! ── ela diz, pulando de alegria, sua carinha iluminada.

𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐃𝐞 𝐌𝐨𝐝𝐞𝐥𝐨 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖 𝑿 𝑹𝒂𝒏𝒉𝒐𝒚𝒂)Onde histórias criam vida. Descubra agora