" rosé "
Ela iria embora no dia seguinte, e por mais que eu soubesse que aquilo era o melhor, não conseguia colocar em minha cabeça, pois simplesmente ficar sem ela nunca havia passado pela a minha cabeça. Meu coração quebrava ao ver o seu sorriso, os seus olhos de esperança e todos os planos que ela fazia junto a Shuhua e jennie, enquanto eu... apenas a observava ser feliz. Queria gritar todas as vezes que ela falava que eu iria junto a elas... eu não iria, eu não poderia ir junto a elas, não agora.
- Você está quieta - ela me olhou, fazendo Shuhua e jennie me olharem também.
- Impressão sua, pequena - me levantei caminhando até o outro lado daquela dispensa que agora usávamos como sala de reuniões. Parecia que Jisoo conseguia ler os meus pensamentos, ou sabia dos meus gestos, pois eu simplesmente não conseguia ficar ao seu lado sem querer chorar.
- Está escondendo algo de mim?
- Nunca faria isso - pra falar a verdade eu estava, eu estava dando a ela expectativa, pois ela achava que ficaríamos juntas depois da fuga, mas eu não iria fugir. Eu tinha que contar isso a ela - Já arrumou as suas malas?
- Ainda não e você? - engoli seco negando em seguida
- Iremos morar juntas nessa vila?
- Quer morar junto comigo?
- Quero! - aquela merda daquele sorriso em formato de coração , que fazia seus olhos pequenos desaparecerem e faziam as suas bochechas ficarem mais fofas que o normal, porque diabos eu estava tão presa a ela?!
- Vamos morar juntas então...
A abracei sentindo os espinhos envolta daquele abraço, meus dedos se prenderam em seus fios deixando que o seu rosto descansasse em meu peito, talvez por saber que aquele lugar pertenceria a ela.
- As quatro da manhã irei buscar vocês em seus quartos, estejam prontas não podemos desperdiçar o tempo. Shuhua, a chave?
- Está aqui.
- Se der errado, vocês seguiram pela cozinha até uma das portas. Quando conseguirem sair seguiram para o norte, entenderam?
Elas assentiram antes de jennie abrir a pequena porta e todas nós sairmos. Jisoo passou o dia nas aulas de literatura, e artesanato. Eu passava por ela as vezes e só dava um pequeno sorriso quando me olhava, o dia lentamente escureceu, e eu não sabia ao certo o que sentir ou pensar sobre a sua partida.
"É apenas para o bem dela, nada além disso"
Era isso que eu pensava o tempo todo.
Quando a noite caiu e todos se recolheram, caminhei sem intenção nenhuma até o seu quarto, a última vez que eu iria fazer aquilo, a última vez que eu colocaria a minha vida em risco por ela, era a última vez que eu a defenderia, era a última... vez...
Jisoo terminava de arrumar as suas poucas coisas, sorridente que me machucava, mas eu tinha que demonstrar que estava tudo bem, que tudo ficaria bem em alguma hora, em algum momento, ela me olhou curiosa, um olhar que me penetrou des da primeira vez. Porque eu estava tratando tudo como uma despedida? Não precisa ser exatamente uma despedida, eu poderia vê-la... de alguma forma eu poderia.
- Você já arrumou as suas coisas, rosie? - eu me sentei em sua cama, sorrindo quando Jisoo se sentou em meu colo, o meu sorriso era mais que falso, era deprimente.
- Pequena, posso te pedir algo?
- Huhum.
- Não importa o que aconteça, você nunca, nunca vai olhar para trás depois que sair daqui. Me promete
- Porque está falando assim, está me assustando.
-Me promete?
- Prometo - sorriu segurando o meu rosto entre as suas mãos pequenas assim que me apossei de sua cintura - Porque está chorando?
-Eu não vou poder ir com vocês, soo...
- Não fale bobagens, rosé .
- Não estou falando... - olhei para baixo quando percebi que aquilo seria mais difícil do que eu havia imaginado - Eu tenho que ficar, para garantir a sua segurança. Se eu for junto a vocês, eles irão nos achar-
- Não vou sem você, rosé - sussurrou.
- Sim você vai, soo. Você precisa ir, você não pode passar pelo o projeto vinte e dois, eu não vou permitir isso! Nunca irei permitir isso.
- Mas... - agora a dor que pairava sobre mim, parecia atingir nós duas, pois os seus olhos não brilhavam mais como antes, e era culpa minha - Mas então porque eu tenho que ir? Sendo que você não vai comigo? Você... você prometeu que iria me proteger.
- Eu sei... - minha voz saiu falha conforme todas as lágrimas desciam em grandes quantidades - Eu sei que prometi...
- Você vai me deixar sozinha, rosie...?
- Não! Não, eu não vou te deixar sozinha, meu amor... - falei desesperadamente, sendo a minha vez de segurar o seu rosto entre minhas mãos - Eu vou sair daqui, nós iremos ficar juntas, mas não agora, você precisa esperar até que tudo aqui se acalme depois da partida de vocês.
- Eu não quero ir sem você, rosé... - seu rosto se aninhou não curva do meu pescoço, e as suas lágrimas caíram lentamente pela a minha pele, eu sentia.
Abracei sua cintura descansando a minha testa em seu ombro deixando também a minha dor transparecer em formas de soluços profundos.
Olha pra mim - ela negou enfiando ainda mais o rosto na curva do meu pescoço - Amor, olha pra mim por favor - relutantemente ela me encarou, suas bochechas estavam vermelhas juntamente ao seu nariz e ao seus olhos - Quando vocês sairem daqui, conte sete dias certo? E me espere na entrada da vila, enquanto tudo se acalma eu irei te visitar.
- Não quero só as suas visitas, rosé... eu quero você... - sorri secando as suas lágrimas e beijando levemente a sua testa.
- Eu também quero você, Jisoo...
- Então porque não vem comigo?
A calei com um beijo, já estava cansada de tentar achar alguma resposta para a sua pergunta insistente, talvez por não ter resposta, e se tivesse, eu não acharia, não naquele momento. Seus dedos puxaram os meus fios para mais perto, e as minhas mãos fizeram o mesmo, puxando a sua cintura vindo ao meu encontro cada vez mais necessitado. Sua cabeça se inclinou um pouco quando decidi tomar o controle do beijo criando assim uma luta entre nossas línguas que aos poucos eu pegava o ritmo, minhas mãos puxando sua camiseta para cima sentindo a sua pele quente em contato com a palma da minha mão, me fazendo acender cada vez mais.
- Promete não me deixar? - ela perguntou assim que nos desgrudamos do beijo, com a respiração completamente fraca e ainda assim com a voz meio embargada.
- Prometo, soo... - a olhei - Promete me esperar?
- Eu prometo te esperar...
Assenti quando ela grudou as nossas testas, selando a nossa promessa recíproca e sincera.
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1996 - chaesoo Ver. ( g!p)
Romantieksua sexualidade não era uma doença , ela não estava louca ela apenas amava alguém