Capítulo 53 :

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Me detenho de braços cruzados na soleira da porta do quarto de Isabella, que agora está mais colorido e alegre, quando encontro Arthur e Isabella vestidos com asas de fadas, ele sentado de cabeça baixa, sendo coroado por ela, e não contenho o riso por um homem grande como ele, de regata, estar de chuquinha nos cabelos como o dela, e de asas cheias de glitter.



Bella: Agora, papai, você é a fada do reino! E eu, a rainha das fadas!



Arthur: Eu virei uma fada, Bella? — ele indaga, num tom confuso e brincalhão.




Bella: É, pai, aqui é um mundo de fadas, não é, mamãe? — Ela se dá conta da minha presença antes que ele e eu apenas ponho as mãos na cintura, não evitando de rir e achar tudo bonitinho.




Carla: Sim, só existem fadas e ela é a rainha, Arthur. — Prendo meu riso e Isabella é nova demais para entender ironia, pois sorri satisfeita. — E eu amei a sua roupa!




Bella: Viu, papai? Mas você é uma fada menino. — Ela beija o rosto dele de forma carinhosa e ele sorri, aceitando.




Estou adorando a interação deles, me sinto encantada por esse novo Arthur que surgiu em meio à necessidade, desde que voltamos a morar aqui, Arthur tem sido mais presente. Bem mais disposto a fazer a nossa família dar certo. Se tornou ainda mais protetor do que já era, comigo principalmente, tenho que ficar lembrando que gravidez não é doença. Sempre revezamos para pôr Isabella para dormir, em vez de ir checar apenas, como fazia antes, quando chegava tarde da empresa. Aos poucos, está conseguindo dividir a atenção igualmente entre as suas necessidades e a empresa. Mas sempre disposto a fazer as pequenas vontades de Isabella.





Durante o dia ou a semana inteira, ele pode ser o homem da casa ou o chefe carrasco da sua empresa, mas se Isabella falar que ele é uma fada, ele é e vai com um sorriso no rosto! E agora, vendo juntos, tão felizes e dançando, ele desengonçado de tão grande, tentando aprender o passo só para vê-la gargalhar, sinto o peito explodir e sorrio extasiada, percebendo que eu viveria aqui com eles mais uns bons tempos de tão bem que me fazem. Não imagino mais a vida sem esses pequenos momentos. Agradeço por ele não ter desistido da nossa família!




Depois do jantar e ter colocado Isabella para dormir, entramos para o quarto, Arthur me intercepta, negando ao ver minha intenção de me jogar na cama.





Arthur: Não, não. Vamos viajar!




Carla: Para onde? — ronrono manhosa. — É fim de semana!




Arthur: Não é para trabalho. Que tal passar o fim de semana em uma praia paradisíaca, só nós três!? — Põe as mãos no bolso, sorrindo charmoso, recostado na parede, até que vem em minha direção.




Carla: Onde seria essa praia paradisíaca? — Sorrio me interessando.




Arthur: Talvez em Fernando de Noronha, onde tudo começou. — Ele sorri cafajeste. — Não precisa de muita roupa, porque iremos ficar sem ela a maior parte do tempo — sussurra com a voz carinhosa ao pé do ouvido, me arrepiando.




Carla: Gostei da proposta! — anuo com a facilidade dele de simplesmente viajar. Do nada, ir para um lugar paradisíaco, lógico que não deixaria passar a oportunidade!





Arthur: Ainda estamos em Lua de mel, faz uma semana que casamos. — ele sorri lembrando do nosso casamento no depósito celebrado por nossa filha. Me animo, concordando em passar um final de semana longe de tudo e de todos, para comemorar nossa lua de mel. — O nosso jatinho sai daqui a uma hora. — Olha o próprio pulso.




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