Malibu, A Way Of Life | JENLISA

Capítulo 18

Olá.

A quanto tempo, não é mesmo?!O capítulo de hoje é denso, lembro que a principio, este capítulo e o próximo, eram um só. Mas como são muitas informações, fiquei apreensivo de ser confuso demais.

Boa leitura!

Jennie

Ah, por favor, a quem desejo continuar enganando? O olhar apreensivo de Minnie para mim, o de Lalisa e principalmente o sorrisinho jocoso de Roseanne, ou melhor, Park Chaeyoung, como de fato ela é conhecida por mim, foram o suficiente para que a "Antiga Jennie" acordasse do transe profundo a qual havia se enfiado, tudo graças a surfista que continuava em cima daquele palco. Sim, eu estava furiosa e completamente sã do que estava por fazer. Se um dia cogitei a possibilidade de construir uma amizade solida com Lisa, esse momento foi todo dissolvido no ar, mesmo que ela não saiba da metade do problema que a tal amiga de infância pode causar e já ocasionou na vida de pessoas as quais conheço, não vejo necessidade de explicar o porquê de meu desgosto, muito menos estender por muito mais tempo essa convivência.

Olhei em volta e escolhi a primeira oportunidade que me saltou aos olhos. Puxei um guardanapo do suporte em cima da mesa e, com um breve sorrisinho, me despedi somente da noiva da gêmea esquisita, dei as costas para as amigas de Lalisa, para o palco e todo o resto caminhando até o balcão do bar, gesticulei que gostaria de uma caneta e Shuhua prontamente me atendeu. Rabisquei o básico, nada menos, nada mais, apenas o suficiente para sair daqui sentindo que pelo menos o final da noite fora proveitoso.

O escolhido? Cabelos encaracolados, olhos escuros, sorriso gentil, um típico morador da costa oeste, aproveitando uma noite quente com amigos e conhecidos. Ele chegou até mim antes de Lalisa, que fora parada pela multidão de pessoas se movimentando pelo pub, que agora estava mais lotado do que estivera antes. Como sempre fiz, não precisei olhar para trás, muito menos deixar qualquer pré-aviso. Duas palavras, o inglês misturado com o sotaque espanhol do escolhido e já estávamos saindo com enormes sorrisos, sentindo a brisa suave da noite, aliviando todo o calor corporal que sentimos anteriormente dentro do local.

O trajeto até minha casa em Malibu seria longo e preferindo pela ocasionalidade, pedi ao taxista para nos levar ao hotel mais próximo, aproveitaríamos o que me restou da noite com mais alguns drinques e quem sabe um bom sexo para esquecer todas as escolhas duvidosas que havia feito nos últimos dias, mas sem jamais me arrepender de aproveitar da única parte boa de ser adulto: Beber e transar.

Você pode ter pensado em: Liberdade, independência, mas para mim, o que é independência quando não se possui liberdade? Nada!

Quando penso na quantidade de oportunidades que deixei de viver, por sempre ser perseguida, sempre ser exposta ou tratada como um modelo a se seguir, volto a ter pensamentos focados apenas na minha carreira, em aproveitar momentos como este, momentos antes da descoberta, que considerando a quantidade de chamadas recusadas por mim, vindos do gabinete do meu pai, e o meu encontro com Park Chaeyoung nesta noite, está por acontecer muito em breve.

Pedro, um nome latino-americano, estava sendo uma boa companhia, me entretendo com seu charme e autenticidade, o hotel escolhido pelo taxista nos serviu ao proposito esperado com um bom serviço de quarto, discrição e uma suíte digna para passar a noite e quando as horas já alçavam e precediam o nascer do sol, com minha companhia adormecida, coberto apenas pelo fino lençol da cama, voltei a dar atenção para o meu telefone celular, que continha duas mensagens da garota que abandonei.

"Queria que pudéssemos ter conversado sobre o que aconteceu"

"Volte em segurança para casa quando amanhecer. Obrigada, Jennie"