Capítulo 17

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Hey anjinhos, esse capítulo tem uma música final como tema.
E ele começa cheio de negações e termina cheio de confissões. haha
Vou deixar a música no link de capa aqui do capítulo, mas todes sabemos qual é ;D
Boa leitura a todes


Jennie

Para qualquer uma naquela mesa, Lalisa era o centro de qualquer interação e, dentro de mim era o motivo para ira, ciúmes e confusão.

Foi bom enquanto durou, Lalisa.

Yuqi conversava alegre com a prima, enquanto Alice e Chaeyoung, trocavam segredos baixinho. Minnie dialogava calorosamente com Louise enquanto a loira, natural e bronzeada, mantinha os olhos atentos em mim. Ela era a única naquela mesa, das amigas de Lisa, que sabia o que acontecia entre nós, mas ainda não havíamos tido a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente antes de hoje. Sorvi meus drinques, um, dois, três e quando o quinto chegou, resolvi levantar para ir ao banheiro, mas dessa vez, para realmente esvaziar a bexiga.

— Eu vou com você, bonitinha. — a voz irritante de Chaeyoung soou alto o suficiente para ouvirmos em meio a cantoria que havia dado início com o karaokê.

— Vai querer algo, Jennie? Vou fazer o pedido da sexta rodada. — Louise questionou e sua noiva assentiu com dois joinhas além de balançar a cabeça, deixando evidente o quanto o álcool já havia afetado sua sobriedade.

— Pode ser o mesmo. — respondo sorrindo para o casal.

— Algo pra comer também? — dessa vez é Lisa quem pergunta e atrai atenção da gêmea jornalista pra nós.

— O que pedirem será bom o suficiente. — digo.

— Vamos Jennie, deixe com que elas decidam o que pedir. Minha bexiga não vai aguentar tanta demora.

Nada mais é discutido ao que Chaeyoung agarra meu pulso e me arrasta até o toalete feminino do pub. Em silêncio, cada uma vai até uma cabine e levo um tempo a mais, considerável o suficiente para que ela saia e volte para a mesa sem mim. Não tive o desprazer de conhecê-la antes, mas conheço suas artimanhas e não foi difícil de notar na noite em que Jisoo a conheceu, suas verdadeiras intenções. Minha amiga, infelizmente, acabou caindo na conversa da mulher ardilosa que Chaeyoung se mostrou ser e então, toda a sua vida pessoal e profissional se tornou uma bagunça em nosso país natal.

É o preço que pagamos desde os primeiros passos ou palavras que dissemos. Jisoo fora quem me fizera enxergar nossa realidade. Pais que são figuras públicas, que se tornam poderosos demais, que se tornam nomes conhecidos nacionalmente e internacionalmente, que são de partidos tradicionais extremos e radicais... Nunca seriamos capaz de ter uma vida tranquila ou verdadeira, haveria sempre alguém disposto a nos atormentar, a nos destruir em troca de dinheiro, fama, poder. Infelizmente só caí na real quando separaram a mim e Jisoo, e quando toda a confusão com meu antigo segurança aconteceu. Sequer posso culpar minha mãe por se manter distante de tudo e principalmente por ter, do seu jeito, tentado me ajudar a fugir de tudo isso quando ainda era criança. Mas o resultado acabou sendo uma emissora coreana, indo até a Nova Zelândia, enfiar uma câmera na minha cara apenas para gravar a filha do novo prefeito, "desbravando" novos mundos.

Mas o quão irônico é o fato da pessoa que me abriu os olhos para o que a minha vida seria, ter caído no jogo que me ensinou a jogar?

— Está tudo bem, bonitinha. Você pode sair tranquila e relaxar perto de mim, esta noite estou de folga. — e então a voz de anúncio das portas abertas do inferno ecoa através de todo o toalete.

Malibu, A Way Of Life  | JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora